Diga NÃO às novas hidrelétricas na Amazônia!




Aproveitando a data de hoje, o Dia Mundial do Meio Ambiente, quero propor aqui mais uma reflexão juntamente com a postagem anterior, a qual fala sobre o consumo responsável.

Quando nossos netos abrirem os livros de História, lerão que uma das heranças malditas dos governos recentes do PT foi a construção de usinas hidrelétricas nos rios da Amazônia. E, considerando a relação carnal entre as autoridades brasileiras na mira da Justiça e as empreiteiras corruptas envolvidas nos escândalos da Operação Lava Jato, sabemos muito bem qual é a verdadeira razão para tantos danos ambientais praticados em nome da roubalheira institucionalizada no Brasil.

Em abril deste ano, a ONG ambientalista Greenpeace lançou o relatório "Hidrelétricas na Amazônia: um mau negócio para o Brasil e para o mundo" (clique AQUI para ler), o qual não só critica a construção desses empreendimentos no Norte do país como também apresenta cenários alternativos de geração de eletricidade utilizando fontes renováveis mais limpas e menos prejudiciais. Tais possibilidades mostram que, aliando investimento nessas fontes e medidas de eficiência energética, dá para garantir a energia que o Brasil precisa sem destruirmos a maior floresta tropical do planeta, citando como exemplo o que poderia ser feito no caso de São Luiz do Tapajós, cuja capacidade instalada seria de 8.040 MW: 

"(...) com uma média de energia firme esperada de 4.012 MW, é possível que uma combinação dessas novas fontes renováveis gere a mesma quantidade de energia firme prevista (4.012 MW) em um mesmo período de tempo e com um patamar similar de investimento, caso o nível atual de contratação dessas fontes por meio dos leilões aumentasse em 50%." (extraído de http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Hidreletricas-na-Amazonia-um-mau-negocio-para-o-Brasil-e-para-o-mundo/)

Essa hidrelétrica do Tapajós está projetada para ser construída num importante afluente da margem direita do Amazonas, ameaçando ocupar uma área que abrange o território ancestral do povo indígena munduruku. Será a maior usina prevista para a Amazônia depois de Belo Monte, no rio Xingu. Se a obra for executada, além de consumir bilhões dos cofres públicos, irá alagar 376 km² de floresta em uma região que é classificada pelos especialistas como de "biodiversidade excepcional até para padrões amazônicos".

Vale lembrar que, no finalzinho de abril (27/04), representantes do povo munduruku chegaram a participar da reunião anual de acionistas da General Electric, nos EUA, a fim de pedir que a empresa não participe da construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós. Foi o que disse o líder indígena Jairo Saw Munduruku:
"Saímos de nossa casa para vir até os Estados Unidos para falar com as empresas que participam da construção de hidrelétricas, fornecendo turbinas para gerar energia no Brasil. A construção de barragens causa grandes impactos e as empresas, mesmo sabendo disso, escolhem participar da destruição do meio ambiente e da vida das pessoas (...) Eu vim dizer para a General Electric que, se eles participarem da construção de São Luiz do Tapajós, serão responsáveis pela destruição desse enorme patrimônio que é a Amazônia. O pedido do povo munduruku é para que a empresa não participe de projetos que impactem povos indígenas e ribeirinhos" (http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Liderancas-Munduruku-protestam-nos-EUA-contra-hidreletricas-no-Tapajos-/)

Ao tentar impedir a repetição de mais uma tragédia ecológica na Amazônia, o Greenpeace vem solicitando o apoio de internautas para que colaborem enviando uma petição eletrônica contra a construção da nova hidrelétrica paraense. Trata-se da campanha DEIXE O TAPAJÓS VIVER (clique AQUI para assinar), tendo quase 270 mil pessoas manifestado adesão até o momento. E, para tanto, torna-se fundamental que todos nós possamos juntar a nossa voz a deles, abraçando essa causa em defesa da floresta e de sua marginalizada população tradicional.

Participe você também!


OBS: A ilustração acima refere-se à Hidrelétrica de Tucuruí, a qual é exemplo de ineficiência no Pará, sendo os créditos autorais atribuídos a Alois Indrich/Greenpeace, conforme extraído de http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Mais-hidreletricas-na-Amazonia/

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