Por Lacerda
Deus criou o mundo em sete dias. A semana possui sete dias que, em
diversos idiomas, estão relacionados com o sol, a lua e alguns planetas:
domingo - dia do Sol (sunday); segunda - dia da Lua (Monday, lunes);
terça - dia de Marte (tuesday, martes); quarta - dia de Mercúrio
(wednesday, miércoles); quinta - dia de Júpiter (thursday, jueves);
sexta - dia de Vênus (friday, viernes); sábado - dia de Saturno (saturday)
Sete são as notas musicais cujas denominações são uma homenagem à
letra em latim do hino de São João Batista:
Ut (dó) queant laxis - Para que possam
Resonare fibris -
ressoar as
Mira gestorum -
maravilhas de teus feitos
Famulli tuorum -
com largos cantos
Solve polluit
- apaga os erros
Labii reatum -
dos lábios manchados
Sancti Ioannis
- Ó São João
O sete é o algarismo que mais
aparece em todas as obras místicas, na magia, no ocultismo, na Bíblia e em
todos os livros sagrados. São sete os pecados
capitais (Gula, Avareza, Soberba, Luxúria, Preguiça, Ira e Inveja) e, também,
as virtudes para combater respectivamente os sete pecados (Temperança,
Generosidade, Humildade, Castidade, Disciplina, Paciência, Caridade).
São sete os sacramentos: batismo, crisma, eucaristia, penitência
(ou confissão), ordenação, matrimônio, extrema-unção.
Na Bíblia, o sete está em toda parte: Deus descansou no sétimo
dia; sete foi a quantidade de pães que Jesus multiplicou para alimentar a
multidão; sobraram sete cestos de pães.
Cristo expulsou sete demônios do corpo de Maria Madalena e disse
que não devemos perdoar apenas sete vezes, mas, sim, setenta vezes sete. Foram
sete pessoas que se salvaram na arca de Noé; foram sete as pragas do
Apocalipse, o qual está repleto de setes: sete estrelas, sete cornos, sete
selos, sete candelabros, sete anjos, sete trombetas, sete coroas, sete trovões
e sete taças.
São sete os Arcanjos:
Miguel, Jofiel, Samuel, Gabriel, Rafael, Uriel e Ezequiel.
Por que será que existem tantas citações referentes
ao sete na Bíblia?
O Menorah,
que tem sete letras, é o candelabro judaico de sete braços que representam a
luz, a justiça, a paz, a verdade, a bevolência, o amor fraterno e a harmonia. O
templo de Jerusalém levou sete anos, sete meses e sete dias para ser
construído.
Segundo os ensinamentos judaicos, o universo é composto de sete
céus: Vilon, Raki'a,
Shehaqim, Zebul, Ma'on, Machon e Araboth que
é o sétimo céu.
E pra não ficar por baixo, Maomé criou os sete céus do islamismo
que, na verdade, são oito: Firdaus (o mais alto),‘Adn, Na’iim, Na’wa,
Darussalaam, Daarul Muaqaamah, Al-Muqqamul Amin, Khuldi (o mais baixo).
A mitologia hindu cita sete
mundos superiores (sete céus) e sete mundos inferiores (sete infernos). A terra
é considerada o mais baixo dos sete mundos superiores.
A umbanda, que também tem sete letras, está igualmente repleta de
setes: em suas falanges, encruzilhadas, flechas, raças, porteiras, na estrela
de sete pontas, etc, e em suas sete Linhas (de Oxalá, de Iemanjá, de
Xangô, de Ogum, de Oxóssi, de Cosme e Damião e dos Pretos Velhos).
São sete as maravilhas do mundo antigo (a Pirâmide de Quéops, os
Jardins Suspensos da Babilônia, a Estátua de Zeus em Olímpia, o Templo de
Artemis em Éfeso, o Mausoléu de Halicarmasso, o Colosso de Rodes e o Farol de
Alexandria) e são sete as maravilhas do mundo atual. Mas, essas vivem mudando,
não adianta relacioná-las. O que não muda são as sete artes: A música, a pintura, a
escultura, a arquitetura, a literatura, a dança e o cinema.
Esta considerada como a sétima arte.
São sete os elementos que compõem tudo o que existe: neutrino,
elétron, quarks, glúons, bósons, fótons, gráviton.
São sete os anões da Branca de Neve (Dunga, Zangado, Atchim,
Soneca, Mestre, Dengoso e Feliz); são sete as vidas do gato; é o sete que a
gente pintava quando criança; e as menininhas cantavam “sete e sete são quatorze, três
vezes sete vinte e um, tenho sete namorados só posso casar com um”.
São sete as listras vermelhas da bandeira americana. São sete as
cores do arco-íris (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil, violeta) e
foram sete os sábios da Grécia Antiga (Sólon, Pítaco, Quílon, Tales de Mileto,
Cleóbulo, Bias e Periandro).
São sete os mares na ficção árabe da idade média (o Adriático, o
Arábico, o Cáspio, o Mediterrâneo, o Negro, o Vermelho e o Golfo Pérsico).
Sete dias é a duração de cada fase da lua. É a sete chaves que
devemos guardar um segredo. Com sete letras apenas podemos escrever todos os
algarismos romanos. Sete é o número de elementos de qualquer conjunto de
pagode. Sete são os cargos políticos eletivos no Brasil. Sete é o primeiro
algarismo do código de barras de produtos brasileiros.
Sete é o número da minha casa, e até o meu e-mail do gmail tem sete letras e três setes. Além
disso, 77 é a minha idade cronológica.
E dizem que o casamento feliz tem que superar a crise dos sete
anos que é o tempo para a renovação interna por que passamos ao longo da vida.
E no final, vamos todos para sete palmos abaixo da terra, mesmo tendo pulado
sete ondas no réveillon.
Pitágoras afirmou que o sete é um número
sagrado, perfeito e poderoso, além de mágico.Tanto misticismo em torno do sete é algo inexplicável
e muito complicado.
É um bicho-de-sete-cabeças.
OBS: O texto acima foi recebido para publicação aqui na C.P.F.G. via email enviado a mim pelo seu autor (foto), o qual também atua na blogosfera administrando a página Mangaratiba. Quanto às ilustrações acima, ambas foram extraídas respectivamente extraída da internet em http://www.aquarela.poetica.nom.br/sete/sete_imagem.jpg e http://pt.wikipedia.org/wiki/Arcanjo#/media/File:Archangels.JPG (Wikipédia)
Comentários
Inicialmente venho dizer que, como busco ser democrático, não recuso a publicação de textos que as pessoas me enviam independentemente de concordar ou não com eles. Com isto, pretendo mais é pleitear o cargo de editor desta confraria virtual do que uma "cadeira de pensadores arredios fora da gaiola". Se bem que muitas vezes posso ser considerado um blogueiro arredio como pode ler neste artigo O problema das coincidências postado em minha página pessoal, o qual é de minha autoria:
http://doutorrodrigoluz.blogspot.com.br/2015/03/o-problema-das-coincidencias.html
Mas sobre esse detalhe das sete petições do Pai Nosso confesso que até então desconhecia (jamais parei ara contar) e, curiosamente, vim aprender justo com um ateu... Ou seja, conhecimento teológico não pode ser jamais exclusividade de quem é crente...
Mas olha que interessante! Se pensarmos bem essa simbologia do sete no Pai Nosso representaria uma bela integração entre céu e terra, entre Deus e o homem. Ótima comunicação para a época apostólica conforme a linguagem imagística daqueles tempos.
De qualquer modo, vejo que toda essa numerologia precisa ser entendida com cautela pelo estudioso de hoje. Por isso eu a compreendo mais como linguagem mesmo. Uma maneira de se transmitir mensagens dentro de outras dando uma significação mais profunda como também se vê no valor numérico de cada letra num determinado substantivo - a gematria. Esta seria o método hermenêutico de análise das palavras bíblicas no hebraico.
Mas qual pode ser a utilidade disso nos tempos de hoje? E será que, na atualidade, precisamos nos utilizar de uma linguagem que oculte outras mensagens dentro de palavras, frases ou textos? Penso que não e que a cultura contemporânea tem exigido cada vez mais uma clareza e uma expressão direta do pensamento a ponto de, por exemplo, os advogados e os magistrados nos tribunais estarem usando bem menos o latim.
Pelo que já li, já houve embarcações que teriam cruzado o Ártico, devido ao aquecimento global...
Um atalho no gelo
http://veja.abril.com.br/230909/um-atalho-gelo-p-106.shtml
De acordo com a Geografia, o Paralelo 85 N passa totalmente sobre o Oceano Ártico e suas plataformas de gelo, sem cruzar terra firme.
Vale lembrar que a Organização Hidrográfica Internacional (OHI) reconhece o oceano Ártico como um oceano, embora alguns oceanografistas o chamam de mar Ártico Mediterrâneo ou simplesmente mar Ártico, classificando-o como um dos mares mediterrâneos do oceano Atlântico.
Enfim, o que há por baixo no Polo Norte encontra-se a muitos metros de profundidade daquele mar gelado. E, com o aquecimento global, teremos ainda mais água nos oceanos...
Já ouviu esta?!
Pois bem. Segundo a "profecia", 50 anos depois do homem ter pisado na Lua, isto é, em julho de 2019, o mundo poderá passar por uma terceira guerra mundial com consequências nucleares desastrosas. Senão vejamos o que diz a cultura quase inútil desse artigo:
"Caso a humanidade encarnada decida seguir o infeliz caminho da III Guerra mundial, uma guerra nuclear de consequências imprevisíveis e desastrosas, aí então a própria mãe Terra, sob os auspícios da Vida Maior, reagirá com violência imprevista pelos nossos homens de ciência. O homem começaria a III Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da natureza, da própria Terra cansada dos desmandos humanos, e seríamos defrontados então com terremotos gigantescos; Maremotos e ondas (tsunamis) consequentes; Veríamos a explosão de vulcões há muito extintos; Enfrentaríamos degelos arrasadores que avassalariam os povos do globo com trágicos resultados para as zonas costeiras, devido à elevação dos mares; E, neste caso, as cinzas vulcânicas associadas às irradiações nucleares nefastas acabariam por tomar totalmente inabitável todo o Hemisfério Norte de nosso globo terrestre".
E as premonições não param por aí. Falam também do Brasil e da Petrobrás...
"Em todas as duas situações, o Brasil cumprirá o seu papel no grande processo de espiritualização planetária. Na melhor das hipóteses, nossa nação crescerá em importância socio-cultural, política e econômica perante a comunidade das nações. Não só seremos o celeiro alimentício e de matérias-primas para o mundo, como também a grande fonte energética com o descobrimento de enormes reservas petrolíferas que farão da Petrobrás uma das maiores empresas do mundo"
"O Brasil crescerá a passos largos e ocupará importante papel no cenário global, isso terá como consequência a elevação da cultura brasileira ao cenário internacional e, a reboque, os livros do Espiritismo Cristão, que aqui tiveram solo fértil no seu desenvolvimento, atingirão o interesse das outras nações também."
Fonte: http://www.curaeascensao.com.br/mensagens_arquivos/mensagens392.html
Como se percebe, as religiões ainda continuam sendo campos férteis para enganações sensacionalistas. E podemos muito bem imaginar quanto que determinados autores de livros não vão lucrar com essas supostas revelações do médium mineiro, as quais duvido que teriam ocorrido porque do contrário teriam sido divulgadas há mais tempo.
O Brasil já favoreceu a esta heterose falida com vários ciclos de riquezas.A começar pelo ciclo do ouro, ciclo do açucar, da borracha, da madeira, do café,, da pecuária, da agricultura, do biodiesel e do minério.Mas seu povinho medíocre continua lambendo sabão. Não vai ser na adversidade que esta escumalha humana vai despertar para o desenvolvimento.
Não acredito em profecias, milagres e, muito menos, em sonhos. Chico Xavier, Zé Arigó, Mãe Dináh são profetinhas de meia tigela. O maior deles que deixou o nome na história e prometeu voltar em breve, até hoje estão esperando o cumprimento de suas profecias. Não precisa ser profeta para afirmar que a humanidade está entrando em colapso devido a superpopulação e a degradação do meio ambiente. Provou sua incompetência para conviver harmoniosamente com a natureza. Ela, a natureza, não necessita do animal humano
Por isso é que eu apoio o Bolsa Família! Este programa assistencial, ao contribuir para a inclusão do ser humano marginalizado, faz com que ele possa se aproximar melhor da consciência de respeito para com a natureza, adquirir mais cultura e não agir de maneira tão condicionada pelas suas necessidades básicas.
É certo que as adversidades também nos ensinam e que podemos nos superar através delas. Mas não acho que seja uma regra o fato de que uma pessoa ou uma coletividade precisem sempre encontrar dificuldades para evoluir. Assim, o que mais o Brasil precisa na minha visão racional é de escolas que forneçam um ensino de qualidade.
A reflexão sobre esta arte ou ciência é muito importante para reger a Ordem e Progresso num país (...) Os avanços e consequentemente maior qualidade de vida de uma sociedade não vêm com ações paliativas, como doações de cestas básicas, promessas de cargos públicos (alíás este último, é crime) e /ou criações de bolsas assistenciais. Eles vêm através de investimentos financeiros principalmente em educação, gerando uma sociedade pensante, não manipulada onde a assistência social não precisa ser tão atuante como acontece em países desenvolvidos que a miséria é mínima e o sistema público funciona. - Raquel Valeriano