A Poderosa Dilma na FORBES


Por Levi B. Santos


 A revista americana, Forbes, internacionalmente conhecida pelas publicações periódicas de listas que incluem as personalidades mais poderosas e influentes do mundo, acaba de eleger Dilma Rousseff como a segunda mulher mais poderosa do mundo, perdendo apenas para Ângela Merkel ― primeira ministra da Alemanha. Michelle, esposa do presidente dos EUA ficou com o quarto posto: a imprensa diz ter sido fruto da inabilidade do Obama que, ultimamente, tem passado os pés pelas mãos.


É praticamente impossível, quando se fala em poder, esquecer o escritor político, Maquiavel (1469 ― 1527) que, no seu best seller, “O Príncipe”, dissecou melhor do que ninguém, os meandros desse sedutor fenômeno humano. Tornaram-se tão diabólicos os conceitos desse renomado mestre, que o adjetivo “maquiavélico” ficou gramaticalmente definido como coisa altamente pejorativa.

Maquiavel, foi quem primeiro na política, ensinou como o governante deveria reger os seus súditos, para que seu poder perdurasse por longos dias ― publicando enfim um manual contendo regras para que os reis ou príncipes pudessem manter indefinidamente seu poder, ampliando suas conquistas; para isso era imprescindível manipular as massas, deixando-as, ao máximo, desinformadas.

Por coincidência, lendo um artigo na revista Veja desta semana, sobre a situação dos governadores e prefeitos do nosso extenso país, com o título ― Com a Corda no Pescoço ―, pude aquilatar o quanto o poder é capaz de realizar “milagres”.

A reportagem faz alusão aos governadores de 27 unidades da Federação, que estão de pires nas mãos. Com o orçamento anual estourado e entrando em rota de colisão com a lei de responsabilidade fiscal, até mesmo os governadores da oposição vêm se dobrando aos caprichos da presidenta e, para angariar recursos não titubeiam em tomar atitudes contrárias à direção de seus próprios partidos. A governadora do Rio Grande Norte, para não criticar o governo federal na televisão e receber suas benesses, abdicou de aparecer no programa eleitoral de seu partido, segundo o editor da matéria, na Veja.

Para a poderosa Dilma, 2014, se apresenta como o ano milenar de que fala São João em seu evangelho: “...tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.” (João 10 : 16)

Se Deus é brasileiro, certamente, o Papa Francisco I, que estará aqui no Brasil em julho desse ano, deverá ratificar as boas ações presidenciais, dizendo, em alto e bom som, a máxima da oração de São Francisco de Assis: “...Pois é dando que se recebe”



Site da Imagem: bahianoticias.com.br

Comentários

A presidenta é uma mulher inteligente. Ela é capaz de deixar o Lula no chinelo.

Mas por qual motivo a Forbes estaria elogiando-a tanto?

Sinceramente, eu desconfio da imparcialidade da imprensa, mesmo no exterior. Afinal, Dilma tem privatizado portos e aeroportos. Recentemente, o Brasil fez mais um grande leilão na exploração dos combustíveis fósseis em áreas submarinas e, no quadro geopolítico da América Latina, tudo isso reflete sobre as tendências do continente, afastando muitos países dos ideais de Hugo Chávez. Pois o que acontece aqui reflete nos nossos vizinhos.

Com o Chávez no outro plano da existência, agora Dilma tem a chance de liderar os pastores e as ovelhas dos outros apriscos. E, dificilmente, a mulher perde as eleições do ano que vem. Os tucanos já não representam uma ameaça pois não são vistos como uma alternativa de desenvolvimento pelo eleitor e, acima de tudo, falta um motivo forte para o brasileiro querer mudar.

Lembrando mais uma vez das citações bíblicas eu diria que quem com a presidenta não se ajuntar, "se espalha". (rsrsrs)

Abraços.
Nobre Levi Bronzeado,

Estamos caminhando a longos passos para uma catástrofe politica jamais vista. Um escalada repentina ao topo do sucesso, seguida de uma queda inevitável e desastrosa. Infelizmente, muitos, ainda não perceberam o projeto petista que visa monopolizar o "poder" por aqui, e os que viram, em sua grande maioria dizem, "não é bem assim". E com certeza, a Dilma é muito inteligente (como em comentário citou o Rodrigo Ancora da Luz), e engana-se quem pensa que o Lula é burro, ele é na verdade iletrado, mas sabe bem como fazer a coisa andar, sabe como ninguém ludibriar o sistema e assim aparentar e sustentar uma suposta forma de governo louvável. Estamos definitivamente nas mãos de monstros, o problema, é saber quando eles irão de fato retirar as máscaras.

Fraterno abraço.
guiomar barba disse…
O ano passado eu li o Príncipe e realmente fiquei impressionada, fascinada com o livro. Entendi um pouquinho sobre a maldade da política. Aqui vai uma frase dele: "Pelo que se nota que os homens ou são aliciados ou aniquilados".
As ovelhas terão escolha?
Nobres Amigos Confrades,

O Príncipe, do amigo "Lalau" (forma carinhosa como trato Maquiavel)é o mais perfeito manual para prática da corrupção. Um tratado que estabelece como conduzir a massa, tendo seus ideais e objetivos alcançados independente do que seja de fato algo de "bem comum". E esta questão, onde o Nobre Amigo Levi retrata as ovelhas dos demais apriscos, remonta e relembra uma máxima maquiavélica, "se não pode com eles, una-se a eles".

Eduardo Medeiros disse…
A Forbes está dizendo o que de fato a Dilma é: uma mulher poderosa. O PT faz a lição direitinho, e está a um passo de se tornar imbatível nas próximas eleições(2014, 2018 ...) se nenhuma outra liderança nacional aparecer. A Dilma(e o PT) será, como diz o Levi, a grande pastora que reunirá os rebanhos diversos no seu aprisco, usando o método mais eficaz que existe em política: é dando que recebe, ou então, no caso dos prefeitos pedintes, é não dando que se consegue acabar com as críticas.

Por outro lado, não sei o que os demais pensadores acham, mas o PT sem Dilma e Lula é bem menor, não? a não ser, claro, que eles consigam construir novas figuras para as futuras eleições. A Dilma vai com quase certeza, se reeleger, mas depois, virá quem? Um Lula já velho e sem muita disposição?
Eu acho que o PT teve um pouco mais de poder no governo Lula, época quando ele nomeou o ministro o Dias Toffoli para compor o STF. Mas, com a Dilma, tenho observado indicações mais imparciais como na semana passado em relação ao advogado Dr. Luiz Roberto Barroso. De qualquer modo, a maioria dos ministros lá é gente indicada pelo PT, inclusive o atual presidente, o que não significa que Suas Excelências aprovariam uma mexida na Constituição a ponto de, por exemplo, termos reeleições indefinidas. Para tanto seria preciso promulgar uma nova Carta Política, o que não existe condição de apoio no Legislativo liderado pelo fisiológico PMDB, um aliado eventual do governo.

Verdade é que o PT não tem tanta força como imaginamos e ainda continua sendo um partido dividido. A diferença é que possui dois nomes e também um projeto de desenvolvimento econômico em curso. Esta é a condicionante eleitoral que garantiu a vitória de Dilma em 2010 quando ela era apenas a sugestão de Lula para o eleitorado.

As condicionantes eleitorais são situações que induzem o eleitor ao continuísmo. Isto aconteceu na eleições para o Legislativo e governadores em 1987 quando o PMDB fez maioria devido ao breve período de êxito do Plano Cruzado, nas eleições de 1994 e 1998 em relação a FHC por causa da estabilização monetária do real e, em 2010, com a Dilma. Lula ganhou em 2002 porque o povo já havia se acostumado com a estabilização monetária e o desemprego tinha aumentado. O mesmo, porém, pode ocorrer com o PT caso, futuramente, haja uma crise capaz de afetar a sociedade brasileira. Hoje, porém, estamos lidando bem com a economia com vagas de emprego sobrando por aí. Um profissional com curso superior ganha, em média, mas de 4 contos e quem tem só curso técnico consegue mais de R$ 1.000,00.

Pra que o eleitor vai querer mudar em 2014?

Porém, minha indagação é se, em 2018, o povo continuará satisfeito e aí eu diria que o PSDB já não deverá ser mais um concorrente forte para o PT pela perda de referência política dos tucanos. Meu temor é que possa surgir um novo Collor ou quem sabe a reacionária elite brasileira não vai apostar no conservadorismo dos fundamentalistas da bancada evangélica tornando o PSC uma oposição forte ao governo?

Já pensaram no Feliciano presidente depois da Dilma? (rsrsrs)
Levi B. Santos disse…
Que é que isso, Rodrigo?

Quem em sã consciência deseja voltar aos tempos das cruzadas? (rsrs)

Acho que seria um desastre, o Brasil com um presidente evangélico. O trecho abaixo, de Ricardo Gondim, pinçado de um de um ensaio seu, sob o título: Deus nos livre de um Brasil evangélico nos dá´uma pequena amostra do que poderia acontecer: Seria o fim da picada (rsrs)

"Uma história minimamente parecida com a dos puritanos calvinistas provocaria, estou certo, um cerco aos boêmios. Novos Torquemadas seriam implacáveis e perderíamos todo o acervo do Vinicius de Moraes. Quem, entre puritanos, carimbaria a poesia de um ateu como Carlos Drummond de Andrade?"
Caro Levi,

Um presidente evangélico com o perfil mais aberto da Marina Silva não seria ruim. Mas um Marco Feliciano já seria um desastre.

No entanto, como a oposição tucana está em evidente decadência, sem apresentar uma proposta capaz de satisfazer a sociedade brasileira (sem falar que muitos atos impopulares de FHC queimaram o filme do PSDB até hoje), as forças reacionárias precisarão construir uma nova alternativa para elas no cenário político. E aí o Feliciano ou a invenção de um novo Collor seriam opções dessa trama.

Seja como for, acho pouco provável o PT sair do poder enquanto a economia estiver bem.
Levi B. Santos disse…
Caros confrades


Para quem acha que um dia vai haver ética em política, passo a transcrever aqui, um trecho da fala de Noberto Bobbio, considerado um dos cientistas que mais se aprofundaram nas relações entre ética e política. Diz ele, em seu livro “Elogio da Serenidade” (página 50):

“o problema das relações entre ética e política é mais grave porque a experiência histórica mostrou, que o político pode se comportar de modo diferente da moral comum, que um ato ilícito em moral pode ser considerado e apreciado como lícito em política, em suma, que a política obedece a um código de regras ou sistema normativo que não se coaduna, e em parte é incompatível com o código de regras ou sistema normativo de conduta moral”.

Mais isto, o inteligentíssimo Maquiavel já afirmava, quase seis séculos atrás. Veja o que, traduzido para hoje, encontra-se em “O Príncipe”:

“o objetivo principal de um governante, não é apenas conquistar o poder político do Estado, mas se manter lá, a qualquer custo, não importa o que ele tenha que fazer para se manter lá no poder”.
Em tempo! Lembremos que, em 2010, Dilma quase ganhou no primeiro turno das eleições. O que tirou votos dela forçando uma segunda disputa com José Serra foi o ataque do conservadorismo. Começaram a atacá-la de ser favorável ao aborto e ao casamento entre homossexuais. Aí, no segundo turno, o PT tratou logo de fazer um trabalho de marketing para que sua candidata desfizesse a imagem. Veja:

"Nesta quinta, em Brasília, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que a cúpula petista vai propor aos partidos que integram a campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República a divulgação de um manifesto contra o que classificou de “guerra suja” nas eleições. Entre os temas, segundo ele, estão questões religiosas colocadas em debate na campanha."
(Dilma se diz contra aborto, mas afirma que, se eleita, terá de 'encarar' tema
http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/10/dilma-se-diz-contra-aborto-mas-afirma-que-se-eleita-tera-de-encarar-tema.html em 07/10/2010)


Em tempo 2!

Em abril de 2009, já candidata oficiosa, Dilma defendeu a legalização do aborto. Não é boato! O futuro do pretérito, a depender do caso, pode ser só o tempo verbal da história reescrita.

Trecho da revista:

MC: Uma das bandeiras da Marie Claire é defender a legalização do aborto. Fizemos uma pesquisa com leitoras e 60% delas se posicionaram favoravelmente, mesmo o aborto não sendo uma escolha fácil. O que a senhora pensa sobre isso?

DR: Abortar não é fácil pra mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização. O aborto é uma questão de saúde pública. Há uma quantidade enorme de mulheres brasileiras que morre porque tenta abortar em condições precárias. Se a gente tratar o assunto de forma séria e respeitosa, evitará toda sorte de preconceitos. Essa é uma questão grave que causa muitos mal-entendidos.

No dia 16 de outubro de 2010, a então candidata a Presidente da República, Dilma Rousseff, assinou uma carta de compromisso na qual afirmava:

"Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto. Eleita Presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família”.

Como se vê, a presidenta mudou a sua posição sobre o tema por causa da influência do conservadorismo religioso nas eleições. Olha como o discurso de líderes como o Marco Feliciano tem peso!
Levi B. Santos disse…
EDU


Sobre LULA (o Criador) e Dilma (a Criatura). É bom que o Criador ponha a sua barba de molho. Não custa nada relembrar o Mito da Criação no livro de Gêneses, onde a criatura mais famosa foi levada por seu desejo de glória a fazer o maior fuzuê, revoltando-se contra seu Criador. (kkkkkkkk)

Não sei se você está lembrado do que disse Dilma em um discurso recente aqui na capital da Paraiba. Na empolgação, ela soltou essa:

“...nós podemos brigar na eleição, nós podemos fazer o diabo quando é a hora da eleição”.

Todo cuidado é pouco (rsrs)
A ética na política pode existir mesmo sem haver concordância com a moral comum. Aliás, o sistema normativo dos governantes e magistrados pode ser até superior em termos de coerência e de lógica, mas que o cidadão não suportaria compreender.

O código de regras da política, citado por Bobbio, necessariamente não significa concordância de que o governante possa alcançar o poder e/ou se manter lá a qualquer custo, "não importa o que ele tenha que fazer", segundo escreveu o Maquiavel.

No Brasil, apesar dos desvios de valores financeiros que chegam a ser comprometedores, parece existir um pacto da sociedade para que, por exemplo, sejam mantidas a democracia liberal e a economia de mercado. Os principais partidos, inclusive o PT, sujeitam-se a esse acordo com nossas elites.
Em termos de política internacional, houve uma mudança bem sensível de Lula para Dilma.

Com Lula, o Brasil enviou tropas ao Haiti e ficou se aproximando de regimes autoritários do Oriente como o Irã de Mahmoud Ahmadinejad e a Síria de Bashar al-Assad. Estivemos muito mais próximos da lha da família Castro, isto é, de Cuba. Nossas relações com Israel foram azedadas.

Com Dilma, o Brasil saiu de cena e tem se afastado cautelosamente de questões polêmicas, muito embora a presidenta não possa contrariar muito o seu partido e nem sair descumprindo acordos internacionais. Mas hoje o Brasil é um país que se concentra mais nos seus problemas internos endo certo que a agenda de Dilma tem seguido esse propósito como se observa nas suas viagens bem menos frequentes do que as de Lula.

Todavia, eu tenho algumas críticas pois acho que o Brasil deveria importar-se mais com a miséria do mundo. Hoje temos uma invasão de haitianos e não podemos pensar em crescer economicamente nos esquecendo de compartilhar com as nações mais pobres.
Levi B. Santos disse…

Mas, Rodrigo, estamos em época pré-eleitoral, e a preocupação com a miséria mundial não rende votos. Para entender que os astutos políticos sempre necessitam da massa de manobra, de que o lúcido Maquiavel tanto explicitou, veja o tumulto infernal que ocorreu a semana passada, como reação aos boatos que saíram de que o programa Bolsa Família seria extinto.

Em um só dia mais de um milhão de pais invadiram as agências bancárias para receber o seu quinhão. Ocorreram inúmeros tumultos, quebra -quebra e filas intermináveis com gente passando mal. Ali estavam 50 milhões de votos cativos mantidos pelo programa. Em Brasília, diz a reportagem veiculada pela VEJA, a reação dos políticos ao invés de se concentrar na origem da confusão, a primeira coisa que fizeram foi usar a aflição alheia para tentar ganhar votos. A ministra dos Direitos Humanos acusou a oposição de ter inventado o boato, no que foi repreendida pela sagaz Dilma. A oposição, diz de pés juntos, que foi tudo coisa articulada pelo PT, pra jogar a culpa nos adversários. O Bolsa família, é certo, alivia, mas não resolve o problema da miséria.

Os matreiros políticos sabem muito bem que as massas desse programa, são o fiel da balança. O que interessa para eles são as articulações para ganhar a eleição, não dando a mínima para um episódio extremamente desumano como foi o de poucos dias atrás. Não interessa, para eles saber quantos foram parar nos hospitais, quantos morreram de infarto ou tiveram suas doenças agravadas pela fabricação da notícia falsa.

Isso prova, mais uma vez, que os conceitos de Maquiavel são irrefutáveis. Os súditos devem permanecer na ignorância, para serem fiéis na hora do sufrágio. Se assim não fosse, já teriam cortado os 150 milhões de reais destinados ao maior programa de arrecadação de votos da face da terra.
Afinal de contas, quem teria dado causa aos boatos?

Seja quem foi, cometeu uma atitude que eu consideraria como criminosa. E, certamente, que a disputa política deve ter seus limites éticos embora eu compreenda muitas outras coisas que se passam nos bastidores.

Manter o bolsa família eu sou favorável. Trata-se de um programa criado na época de FHC e que o PT soube ampliar. E esses benefícios assistenciais precisam ter prestação continuada até que tenhamos uma melhora significativa na sociedade brasileira, o que só deve acontecer daqui umas décadas. Aí, como bem ensina o professor português José Gomes Canotlho, catedrático da Faculdade de Direito de Coimbra, aplica-se o princípio do não-retrocesso social:


"os direitos sociais e econômicos (direitos dos trabalhadores, à assistência, à educação), uma vez obtido um determinado grau de realização, passam a constituir, simultaneamente, uma garantia institucional e um direito subjetivo. A proibição do retrocesso social nada pode fazer contra as recessões e crises econômicas (reversibilidade fática), mas o princípio em análise limita a reversibilidade dos direitos adquiridos (...) O princípio da proibição de retrocesso social pode formular-se assim: o núcleo essencial dos direitos sociais já realizado e efetivado através de medidas legislativas (...) deve considerar-se constitucionalmente garantido, sendo inconstitucionais quaisquer medidas estaduais que, sem a criação de outros esquemas alternativos ou compensatórios, se traduzam, na prática, numa ‘anulação’, ‘revogação’ ou ‘aniquilação’ pura a simples desse núcleo essencial" (CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 5. ed. Coimbra: Almedina, 2002, págs, 336-338)


Entretanto, como bem sabemos, o povo brasileiro não tem essa segurança jurídica em si e se apavora com qualquer boato descabido.
Eduardo Medeiros disse…
é verdade, Levi; e em eleição vale tudo, até aliança com o diabo.