Meus “pecados” de ateu


Por: Marcio Alves

Sim! Confesso! Sou um ateu-pecador, não sou digno dos grandes nomes do ateísmo como Nietzsche, Max, Freud e Sartre. Justamente o contrário! Não mereço o rotulo de ateu, pois nem de longe represento com entusiasmo o ateísmo militante. Hoje, consciente e mais maduro de minha condição de “miserável” ateu, sei que não posso mais levantar a bandeira tremula do ateísmo, e, propagar com vigor arrogante, aos quatro cantos da terra, batendo orgulhosamente no peito, que sou um autentico e genuíno ateu.

Meus pecados de ateu são mais altos que os prédios arreia-céus de São Paulo, mais profundos que o pular de paraquedas de um avião, e mais sujos que o rio tiete. No entanto, estou satisfeito por ser um ateu diferente, ou até mesmo considerado um ateu falsificado, ou incompleto, pois abomino a ideia de qualquer perfeição, e, não quero ser exemplo pra ninguém, nem mesmo para os ateus, não quero ter que carregar este fardo pesado de ter que parecer perfeito, por ser considerado modelo.

Quero continuar assim, sendo eu mesmo, com minhas imperfeições e escolhas, de poder transitar o pensamento entre uma corrente e outra. Não saí da gaiola da religião evangélica, para ficar preso em outra, agora do ateísmo, pois para mim, mas vale a liberdade de poder escolher e voltar atrás nas escolhas, do que me petrificar congelado em uma só posição de pensamento e visão de mundo.

Sim! Continuo ateu, mas carrego dentro de mim, fagulhas de um passado glorioso, embora algumas vezes, sujo pela lama das neuroses e crendices religiosas.
Por não negar o meu passado igrejeiro, de onde nasci e vivi até a 2 anos atrás, confesso meu pecado de as vezes me pegar ouvindo um hino cristão. E não porque alguém colocou e acabei tendo de escutar forçado, mas, de propósito, por vontade, de digitar no Google um cantor (a), por exemplo, “Cassiane”, ou grupo musical como o “Voz da verdade” evangélico, para me delicia dos louvores cristãos, com suas letras belíssimas, com sua melodia suave, que faz estremecer meu coração, que faz a velha criança que ainda habita em mim, se emocionar e lembrar de muitas experiências evangélicas inesquecíveis, de amigos evangélicos que marcaram minha vida, de situações e momentos lindos vividos dentro da religião evangélica.

Não, não e não! Não deixei de ser ateu, como também me nego a jogar “fora da bacia à água suja com o neném”, reconheço que a religião muitas vezes produz neuroses, esquizofrenias – o problema não é o cara falar que conversa com Deus, até ai, normal, mas o problema começa quando ele afirma, sem duvida, que Deus fala com ele – opressão, medo, alienação, ópio e outros males, mas também é geradora de sentido e significado humano.

Ah se fosse somente este pecado, talvez eu fosse absorvido pelo julgamento ateu, mas não, e, como já que estou sendo sincero em abertamente falar o que sinto e penso independentemente de ser ou não coerente com o pensamento –  pois mais vale ser coerente com a vida vivida do que pensada, e, a vida esta para além de qualquer caixa conceitual, seja religioso ou ateu, ou qualquer tipo de pensamento, sempre a vida vem primeiro, sempre a vida é que determina o pensamento e não o pensamento determina a vida – “adoro”, isto mesmo que você leu, eu “adoro” o livro bíblico do Eclesiastes, para mim um dos livros mais existencialistas que alguém já escreveu...como me delicio em suas verdades existenciais, em seus conselhos humanistas, em seu foco nesta vida e nos prazeres, porque tudo que importa na vida são os prazeres, tudo que fazemos é para de alguma maneira alcançar o prazer. Que belas são as suas palavras conscientes e maduras de que:

“Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.
Este é o mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol; a todos sucede o mesmo; e que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade, e que há desvarios no seu coração enquanto vivem, e depois se vão aos mortos.
Ora, para aquele que está entre os vivos há esperança (porque melhor é o cão vivo do que o leão morto).
Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento.
Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.
Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com coração contente o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras” (Eclesiastes 9:2-7)
Este é o maior conselho que um livro já deu para a humanidade, independente do sujeito ser religioso ou ateu, místico ou cético, agnóstico ou sem religião, pois o viver o dia que se chama hoje é verdadeiramente um presente, seja dado por deus (religioso) ou pela natureza (ateu), o importante é que existimos, e se existimos, devemos fazer valer a pena nossa caminhada existencial pela terra.

E por ultimo, o maior pecado de todos: minha paixão e reverencia por Jesus Cristo...isto mesmo que você “ouviu”...repito mais uma vez em alto e bom som: minha paixão e reverencia por Jesus, tenho grande admiração por ele, independentemente de ele ser ou não um personagem histórico criado a partir da mistura de alguns mitos, ou de realmente ter existido e vivido nesta terra, ele é o cara, e para mim, esta entre os maiores homens que esta terra já conheceu ou ouviu falar um dia.

Foi através de Jesus que eu me tornei evangélico, e foi através dele que entrei no processo de descrença, por anular o deus sanguinário e bárbaro do velho testamento, e ficar com a imagem de um deus pai amoroso construída em Jesus, me tornando um cristão humanista, depois cristão deísta, e finalmente cristão ateu, até chegar no somente ateu que simpatiza e admira Jesus.
Perdoem-me os ateus, mas tem muita coisa bonita nas religiões – como feia também, mas toda a vida é como uma moeda que tem os seus dois lados, ficando ao nosso critério escolher qual lado da moeda que vamos valorizar e priorizar.

Aos evangélicos meu mais sincero tributo por suas belas musica, e toda expressão humana que preenche a vida com significado, e, aos ateus, minhas sinceras “desculpas” pelas minhas fraquezas e pecados cometidos, mas esta é minha historia, minha vida, sendo que a religião foi tudo para mim um dia, e não são 2 anos de descrenças que vão anular excluindo este meu passado que me levou a ser que sou hoje.

Se pudesse voltar atrás no tempo e escolher, escolheria viver tudo que vivi, pois hoje mais do que nunca, eu posso dizer que vivi, experimentei e não apenas estudei a religião como o ateísmo, por isso, sou mais forte, e tenho autoridade para transitar entre estes dois mundos distintos mas que no final se completam, pois são humano; o mundo do misticismo, da religiosidade, e o mundo do ceticismo, do ateísmo, tudo isto me completaram, e me fizeram ser o que fui, o que sou e o que ainda serei.

Comentários

Eduardo Medeiros disse…
Belíssimas confissões!!!!!

Meu amigo virtual Márcio que eu amo sem nunca ter visto pessoalmente e nunca ter dado um caloroso abraço: Sinto lhe informar que o ateísmo militante não lhe perdoará. Serás tachado de pusilâmine; de ateu falso; de "inimigo da causa".

Não se turbe o vosso coração. Não se deixe aprisionar por nenhum "ismo". Você é tão ateu quanto eu...

Por ora, fique com uma frase do ateu Conte-Sponville:

"a espiritualidade é importante demais para que a abandonemos aos fundamentalistas"

volto ainda.

Levi B. Santos disse…
Degustei com bastante calma suas sinceras Confissões, nobre confrade Márcio

Seu emocionante texto, me fez lembrar as nossas primeiras interações na blogosfera, lá pelos idos de 2008, se não me engano.
Naquele tempo, da antiga “Sala do Pensamento”,do amigo Eduardo de Jesus, de uma hora para outra, falou-se numa teologia “pé no chão”, para depois, alguns se deslumbrarem com o ateísmo.

Eu, particularmente, não sou adepto do reducionismo dos “ISMOS” com que o outro deseja incessantemente nos enquadrar. Caminho de um pólo ao outro, sem me fixar em nenhum curral pensamental.

O nobre amigo Marcio deve está lembrado que abusei de falar num tal de sentimento religioso ― que sempre defini como um anseio ou desejo de se RE-LIGAR a algo perdido na nossa gênese ou nossas origens.
Não sou membro de nenhuma instituição religiosa, que muitos consideram uma droga porque deixa o sujeito dependente. Lembro de que certa feita retruquei a um de nossos entusiastas do ateísmo que, “a dependência psicológica não só se refletia naquele que não pode viver sem a prática de seus rituais religiosos” . Disse ao meu amigo “X”, (por ora não lembro exatamente qual deles): “Ás vezes, as pessoas procuram a independência e acabam caindo em uma outra forma de dependência”

Nobre amigo, Marcio, você como acadêmico de psicologia, sabe muito bem que não somos, e sim estamos. Navegamos ao sabor das ondas do “ser” e “não ser” e, quando idealizamos ser àquilo que desejamos, já estamos em outra. (rsrs)

Por acaso, podemos apagar a nostalgia que nos invade ao escutarmos um belo e suave hino, do nosso passado longínquo ou recente, como este, que na voz de Cassiane, fez vibrar as cordas do seu coração?

Por acaso, podemos deletar do nosso cérebro, as ressonâncias produzidas por algo indelével que nos marcou profundamente. Somos religiosos, se se entender por “religião” esse sentimento instintual de se RE-LIGAR a um estado de gozo primitivo, que inconscientemente perdura em nós, mesmo que a consciência defensivamente queira o refutar?

Flertamos com o que se deu o nome de ateísmo, na ilusão de sermos senhor de nossos sentimentos

Como afirmar que somos o que pensamos ser, se toda nossa ação é fruto dos afetos que habitam às profundezas obscuras de uma área da psique, da qual temos um tênue memória. Como dizer que somos ISSO ou AQUILO, se na verdade, antes de pensarmos, algo, lá no nosso mais íntimo recanto, determinou ou influenciou o nosso discurso?

Uma vez que você falou “numa paixão e reverência pelo personagem descrito pelos evangelhos – Jesus Cristo. , não custa nada lembrar a grande afirmação bíblica “Vós não Me escolhestes, eu escolhi a vós!”, que se aplica magistralmente, a linguagem do inconsciente, que diz: “não sabemos por que somos o que somos”.
Gabriel Correia disse…
Marcio Alves,
Está difícil acrescentar a seu post e aos comentários aqui algo que não seja somente elogios. A coisa agora foi a um nível muito legal.
Gostaria apenas de lembrar a todos que somos criaturas insignificantes, capazes de ser um pouco mais do que somos, mas seremos sempre insignificantes diante do universo e do conhecimento. Essa é a nossa condição, descrita na bíblia e confirmada cientificamente com principio da incerteza. Isso significa dizer que sempre haverá algo alem da nossa compreensão. Essa certeza de algo além é a "fé em algo que não se vê". Como cada um de nós lida com esse questão, será sempre algo estritamente pessoal, apesar dos fundamentalista não entenderem isso.
Eduardo Medeiros disse…
Por outro lado, os teístas fundamentalistas também em nada aplaudirão suas confissões. Para eles, talvez, você esteja "sinceramente errado" ao tentar equilibrar seus afetos(termo que vocês, psicólogos, gostam de usar).
LEVI citou uma verdade difícil: NÃO SOMOS, ESTAMOS.
Mas se enquanto "ser" não somos, estando num infinito processo de virmos-a-ser, haverá aquele que É?
O inconsciente seria aquele que é?
Ou esperamos outro...? rs
Marcio Alves disse…
Mestre LEVI

Na verdade quando estava escrevendo esta postagem, também me recordei de nossos primeiros diálogos e debates...que fase maravilhosa que a blogosfera nos concedeu! Sem falar nas experiências que tínhamos ao discutirmos os assuntos, e mais ainda, pela amizade que se consolidou. (O Esdras já dormiu em casa umas três vezes, e, eu já dormi na casa dele uma vez, pra você ver até onde pode chegar uma amizade construída pelas redes sociais....só não foi na sua casa ainda Levi, e nem na do Duzinho, porque vocês moram em outro estado, se não, já tinha “pegado” o ônibus e indo até vocês, para pessoalmente lhes abraçar)

Na verdade Levi, o sentimento religioso, nada mais é do que o “caminhar pra frente em busca de retornar para trás”, e, o que fica no ser humano é uma sensação de “buraco” que todos nós experimentamos diante da primeira ruptura que foi o nosso nascimento, que trouxe consigo esse sentimento/sensação de desamparo, por isso, a busca humana sempre será incessante, pois esse “buraco” nunca se poderá tampar por completo, daí buscarmos feitos loucos, saciar-nos em todo tipo de coisas, as mais diversas, para tentarmos aplacar, nem que seja por um breve momento, toda essa sensação de falta, de perda, que a raça humana compartilha.

Levi realmente você está certo em suas colocações, pois após a repressão, idéias inconscientes seguem a existir como estruturas reais em nosso sistema inconsciente, continuando a exercer pressão sobre o Pré-consciente para finalmente virem à tona ao Consciente.
Por isso que todo material excluído de nossa consciência, censurado e reprimido, desde a nossa tenra infância é guardada em nosso inconsciente, determinando e influenciando anos depois nossas atitudes, daí agente muitas vezes não saber explicar como surgiu um sentimento ou pensamento que muito nos aflige. E isto ocorre desde a nossa mais remota infância, porque o inconsciente é, segundo Freud, formado por imagens, estas que nos fazem com que se compreendam fatos que à primeira vista são considerados sem sentido ou sem ligação entre si. Nisto é que reside os principais determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica, as pulsões e os instintos.

Na verdade se partirmos das premissas Freudianas, chegaremos a conclusão de que uma musica evangélica que marcou meu passado, quando escutada novamente no presente, me liga a memórias muito antigas que quando liberadas à consciência, podem mostrar que não perderam nada de sua força emocional, e, daí eu voltar novamente, literalmente, ao meu passado igrejeira, e, me emocionar com essas musicas que definitivamente estão marcadas no meu inconsciente.

Abraços
Eduardo Medeiros disse…
Mas você disse que não era digno do ateísmo de Nietzsche. Creio que você se equivoca...

senão, vejamos o que nos diz o bigodudo:

"Eu volto atrás. Conto a autêntica história do Cristianismo...já a palavra 'Cristianismo'...é um mal entendido - no fundo houve um único cristão, e este morreu na cruz. O 'Evangelho' morreu na cruz..." (O Anticristo)

Talvez você queira aliar-se a ele e contar a "verdadeira história" do único cristão que existiu - O crucificado!
Marcio Alves disse…
DUZINHO

Você também está certo...na verdade este meu texto em nada agrada aos “gregos” e “troianos”, pois elogio como critico o pensamento teista como ateu. Rsrsrs

Mas este é meu modo de ver as coisas hoje, e não tenho um pingo de medo de expor os meus pensamentos e de ser taxado como incoerente, de fato, abro mão de ser coerente com as correntes de pensamento, que no fundo são isto mesmo; correntes que nos aprisionam, ao invés de nos libertar, para ser coerente com a vida, e, sendo coerente com a vida, os dois, teísmo e ateísmo, são duas formas humanas imperfeitas que criamos para lidar com nossa angustia e desamparo, vide meu comentário acima para o Levi.

Abraços
Marcio Alves disse…
Mano GABRIEL CORREIA,

Seja bem vindo a nossa “sala do pensamento”, fique a vontade para criticar, elogiar e dar sua opinião que será sempre bem vinda e acolhida por todos nós confrades.

Tanto minha postagem, como o seu comentário, estão equilibrados e maduros, pois damos abertura para o outro se mostra e se expressar, pois a graça do mundo reside nisto; de que somos 7 bilhões de seres humanos DIFERENTES, mais ainda sim humanos, demasiado humanos, e, toda esta diferença é a responsável por dar cor e vida ao mundo, porque se todos nós fossemos e pensássemos iguais qual seria a graça?

Abraços
Marcio Alves disse…
Pois é Duzinho, Nietzsche estava certo mais uma vez, pois o que temos do Cristo são inúmeras interpretações e pontos de vistas contaminados pela nossa subjetividade de olhar projetando nele, ao construir uma imagem do que representa o Cristo para nós...mas isto não seria o mais importante? Qual o significado e simbolismo que tem o Cristo para nós? E pra você duzinho, qual é o significado do Cristo que você confere a ele?
É o que os psicanalistas sempre faz questão de recordar nas terapias: que o importante não é se o fato é verdade no sentido se existiu, mas antes, como a pessoa enxerga e significa aquele fato contado por ela.

Abraços
Levi B. Santos disse…
“O inconsciente seria aquele que é?
Ou esperamos outro...? RS”
(Edu)

Na gênese de nossa formação, antes de adquirirmos a plena consciência vivíamos no reino do inconsciente e nos sentíamos como uma extensão de nossa própria mãe.

Depois acordamos e vimos que não estávamos sós.

Foi quando apareceu o outro para, á maneira de um espelho, refletir os nossos anseios, que passamos então a temer o “Grande Outro” ― que comanda toda a dinâmica dos nossos segredos mais íntimos. Ele já existia lá no início do nosso universo interior. Iludimo-nos esperando outro. Ora, o inconsciente é o que é. Por não se expor totalmente é que ainda o vislumbramos como um enigma. E quando em sonho, perguntamos: Quem és?Ele responde a ladainha de sempre: “Eu sou o que Sou!
Eduardo Medeiros disse…
Márcio,

eu sou da opinião que Jesus foi um personagem histórico(opinião da grande maioria dos historiadores e pesquisadores). Mas também sou da opinião que o "Jesus construído" pela fé e pela interpretação dos que vieram depois dele acabaram por "ocultá-lo" e o que ficou à mostra foi o Jesus da fé cristã.

Tenho por válido esse Jesus da fé mas a crítica de Nietzsche era exatamente devido a que esse Jesus dos cristãos estar tão longe do Jesus original.
Algumas construções de Jesus são difíceis de engolir; são disformes demais, apresentam um Jesus que é a antítese do Jesus de alguns extratos que podemos ter por históricos nos Evangelhos nos apresentam.

Eu bebo tanto na fonte do Jesus da fé, divino e Redentor quanto do Jesus humano, profeta errante da Galileia. No fundo, no fundo, ambos são construções e ambos tem alguma coisa a nos dizer sobre a vida.

Tá rolando exatamente uma discussão sobre isso na logos e mythos.
Eduardo Medeiros disse…
Levi, eu aprendi com você a prestar mais atenção ao inconsciente. Foi devido a você que me voltei com mais atenção à Freud e a Jung(principalmente a Jung). Mas também tenho lido alguma coisa sobre a visão oriental do eu, da consciência e tudo o que tenho a dizer por enquanto sobre tudo isso é que é fascinante. Não sei se é absoluto, não sei se "é o que é", mas sem dúvida, fascinante.
Perdoe este teu discípulo tão reticente...rsss
Dizer ser ateu, estar ateu ou ser, realmente, ateu e professar paixâo e reverência a Jesus é uma verdadeira blasfêmia ateísta. É o mesmo que dizer ser evangélico e invocar o nome de Pomba gira ou Tranca rua. Algumas pessoas não podem ser ateu, asim como outras não devem ser crentes.
Levi B. Santos disse…
Miranda


UM LEMBRETE: A vez de postar é sua.

Blasfêmia Ateísta” (kkkkkkk)

Taí, gostei dessa expressão emblemática que você criou. Acho, que daria uma boa discussão aqui. (rsrs).

Deixa eu pensar. “Blasfêmia ateísta”, seria o pecado praticado contra os pressupostos “sagrados” do ateu? Ou melhor dizendo, seria uma afronta àquilo que o ateu crer?
Marcio Alves disse…
MIRADINHA

Eu ja ia perguntar de vc meu caro amigo ateu intolerante...como e que vc vai?

Cara eu nao sabia que o ateismo era uma religiao sagrada para existir blasfemia...a pergunta que fica e: pequei contra quem ou o que pra vc me apedrejar? Mas a grande questao e: vc me perdoa em nome do pai eterno Richard Dawkins? kkkkkkkkk

Concordo com o LEVI...se vira agora na explicacao miradinha kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

abracos

P.s: Desculpe pelas palavras estarem sem acento, e que eu estou escrevendo de um teclado que nao sei como se coloca os acentos. rsrsrs
Blasfemar é um ato catártico que alivia as tensões e conduz ao bem-estar. A blasfêmia está para os ateus assim como a confissão está para os beatos. Portanto, Marcio Alves, é saudável você continuar cometendo suas blasfêmias eréticas sem culpa.
Degusto, com prazer, meu "Vincent", meu sirloin, meu foie gras e sorvo, com o coração alegre, meu malbec. (Dawkins 1.1)
Eduardo Medeiros disse…
Então, viva a blasfêmia...
Marcio Alves disse…
Pelo amor de Dawkins, MIRADINHA posta alguma coisa nesta birosca logo meu, nem que seja uma blasfêmia ou heresia, tanto faz se for cristã ou ateia kkkkkkkkkkkk o negocio é se assumir e não apenas carregar um rotulo que limita e empobrece o ser humano...seja ateu miradinha mas seja vc mesmo cara rsrsrs.

Abraços por trás hehehehe
O macaco não entendeu a picardia do ateu autêntico.