PRAZER E CATARSE DA FAMÍLIA CIBERNÉTICA


Por Levi B. Santos


São 19 horas de um dia qualquer. Lá está reunida a família da pós-modernidade. Os pais devoram seu hambúrguer + batatas fritas + coca-cola com os olhos fixos na telinha que pode ser da TV, do moderno celular, do Tablet, ou laptop. Os filhos jantam em torno de uma mesa, com o olhar fixo numa tela de LCD, jogando vídeo-game. Em outra sala se encontram a netinha ou netinho de apenas seis anos de idade com o seu sanduiche numa mesinha ao lado do computador, mergulhada absorta na cultura das imagens, na busca desenfreada das tecno-surpresas que surgem a todo momento.

Bendita e maravilhosa mídia que faz brotar em nós necessidades a todo momento. A única maneira de acompanhá-la, já que o dia só tem 24 horas, é correr, mas correr mesmo.

A velocidade é o que conta. O lema é correr depressa, ler depressa, trocar depressa de canal, enviar e receber e-mails, digitando abreviaturas de palavras (o porque ― vira “pq”). As torrentes de imagens, músicas, histórias, e textos de blogs têm que ser acessados de forma rápida. Nos blogs de confrarias, basta ler o título da postagem e arriscar um comentário: se colar colou. O importante é saciar a fome dos olhos, como faz uma criança à frente de um saco de pipocas.

Para que sair de casa e olhar o mundo lá fora, se na internet tenho tudo a um clique? Posso me encantar em minha poltrona com títulos balançando na telinha, com anúncios coloridos piscando, com palavras de cores vivas que murcham e incham para depois explodirem em bolhas flutuantes. A tecnologia virtual nos leva para fora da Terra, numa alucinante viagem que, durante a noite (que é uma criança), não nos permite perceber as horas passarem. O negócio principal não é o aprofundamento nos estudos, mas o “boiar” na superficialidade dos instantâneos textos bem delineados do Google.

Quem não deseja consumir ou produzir idéias a um leve toque, sem recorrer à velha estante de livros mofados, é tido como um otário que não quer evoluir, pois a mídia requer que o internauta escreva qualquer coisa, a cada 24 horas, para alimentar a Wikipédia e os canais de procura de assuntos. A voz que se ouve já internalizada é: obtenha acesso mais rápido, crie mais sites na rede para ser visitado, procure fazer mais listas extensas de amigos na rede, publique mais tratados e difunda de todas as maneiras mais informações para seu conforto espiritual e diversão de muitos”.

Um perfeito internauta, para a mídia, é aquele que choca, que muda sempre a definição dos seus conceitos para confundir, ainda que não saiba exatamente o que se está a sentir enquanto digita. Sentimentos são descartáveis, a efervescência é a regra. O importante é atiçar as paixões e afundar-se nas dramaticidades.

Nas tetas do mundo cibernético você pode fazer “gratuitamente” o seu lobismo popular e seu protesto social. Pode organizar sua “primavera dos jovens”, incitando a substituição de governos totalitários, por outros super-totalitários. Pode engajar-se na arte da política, da religião, adquirindo o seu diploma de Ganhador de almas em cursos relâmpagos de dois fins de semanas, com direito a registrar a sua igreja pela internet, sem sair de casa. Pode ultrapassar os limites interpostos por seus antigos pais, para de forma agressiva se auto-flagelar: ferir os outros e desfazer os elos fraternos dão a sensação momentânea de orgulho, ao reavivar o narcisismo primário. Aqui não vale o axioma freudiano de que “o nosso maior inimigo é interno e, de forma definitiva nos pertence”.

Golpear, assustar, bombardear ― é o lema das empresas do monstro midiático que agradecem a desnaturação humana.

Nas teias desse monstro midiático você pode realizar a sua catarse sem limites, e, no seu altar realizar seu ritual de limpeza. É lá que o desejo de ser único se exalta em conflito com os anseios do OUTRO. É o canal apropriado para dar vazão aos instintos mais primitivos —, aqueles afetos de destruição presentes no mito de Caim e Abel. É lá que destruímos parte do que construímos a fim de preservar o que nos parece “essencial”.

Permaneça, a maior parte do tempo com sua mão direita a repousar sobre o “mouse” e, esqueça o que escreveu Ariel Dorfman, sobre Mickey Mouse:

“Ele une poder e infantilização”. “Ele domina sobre todos enquanto seu sorriso desarma todas as críticas.”

Site da imagem: profsezimar.com

Guarabira, 21 de outubro de 2011

Comentários

Caro Levi,

Ufa!... He, he, he...

Também estou ficando viciado nesta teia de informações nem tanto cultural. Há um mês estou tentando ler "O Terceiro Chimpanzé", coisa que eu fazia num final de semana. Estou me tornando um leitor preguiçoso. O medo é desaprender o pouco da língua portuguesa.
guiomar barba disse…
Levi, "O negócio principal não é o aprofundamento nos estudos, mas o “boiar” na superficialidade dos instantâneos textos bem delineados do Google."

Este é meu medo... sei que tenho que me policiar a todo instante, tenho que bem utilizar meu tempo aqui... por que, o que boia na superfície?

Um alerta perfeito. Obrigada Levisão.
Levi B. Santos disse…
È isso aí Altamirando


A danada da internet é como um shopping: andar pelas seus atraentes meandros e se extasiar com suas belíssimas vitrines nos dá prazer, mas nada como ler um bom livro deitado em uma rede ou relaxado em uma espreguiçadeira daquelas que nossos avós usavam.

Reconheço que o mundo virtual tem atrasado um pouco as minhas leituras. Apesar da tentação da telinha, estou no momento conferindo dois livros: “Nós, Os Humanos” de Flávio Gikovate e o “Guia Politicamente Incorreto da América Latina”
Edson Moura disse…
Levi meu mestre Bronzeado, até que enfim um texto que fuja um pouco do tema religião (embora você também a tenha citado no corpo do escrito rsss).


Meu mestre, são os efeitos colaterais da globalização, isso já era esperado pela sociedade intelectual da década passada. Tento ler a maioria dos textos publicados nesta Confraria, e de alguns (desses que a gente só lê o título e arrisca um comentário para marcar presença) tento me abster, como foi o caso do último texto, escrito pelo J. Lima e publicado pelo Eduardo.

O Edu ficou zangado e até citou meu nome como um dos intolerantes da Confraria, mas (e Freud explica) o desejo do capitão era mesmo que nós fugíssemos ao tema "proposto" e nos lambuzassemos na "bacia de merda" (segundo o Provocador) da religião. Ora Leví, acredito que se o Edu não quisesse que o tema descambasse para o fundamentalismo de alguns, era só não ter dito: "Antes que alguns comecem a vomitar....". Pareceu provocação, e foi mesmo, tanto que o Gabriel e o Altamirando vieram com os dois pés no peito do autor (J.L). Depois veio o tal de Provocador, seguido de Evaldo com sua lingua afiada e acabou dstruindo o trabalho do professor.

são os males da internet. Ninguém vê ninguém, na verdade, nem sabemos se os rostos que estamos acostumados a ver do lado esquerdo dos comentários são mesmo os rostos de nossos colegas virtuais. Talvez vc nem se chame Leví, vai ver é Glauber. Eu talvez nem seja Edson Moura, e o Noreda é que pode ser o verdadeiro e eu seu alter-ego.

A ideia original, assim como toda utopia, era que a internet unisse as pessoas, mas o que aconteceu foi o contrário. Hoje por exemplo, eu vou bem menos à casa do meu melhor amigo Márcio do que ia antes do evento internet. Falamos (falamos?) por e-mail, celular, blog sei lá, menos pessoalmente.

Antigamente, quando não queriamos falar com uma pessoa, precisávamos mudar de calçada a encontrá-la, ou até mesmo dizer à ela o que nos incomodava. Hoje no entanto, basta ignorar um scrap no Orkut ou Facebook, ou então deixar de seguir no Twitter, e o pior, não responder ao comentário feito em alguns de nossos blogs.

Ou seja, o que era para unir, acabou por afastar.

Quer acabar com sua família? eu tenho a receita: Dê um computador para cada um de seus filhos. Tenho certeza que eles mau se cruzarão nos corredores da casa. Falo do que vivencio Levi. Tenho quatro filhos como você bem sabe. e tudo acontece mais ou menos assim: A mais velha fica na internet "25 horas" por dia. A mais nova, quando não está na internet (porque a mais velha não deixa) está vendo clips no Multishow, enquanto o mais novo, com apena sete anos, aproveita para destruir a casa pois não pode assistir o Cartoon network nem brincar na fazendinha do Face. Enfim, são estranhos dentro da própria casa.

Parabens pelo texto Levi.

Edson Moura
Levi B. Santos disse…
Guiomar

Não sei não, mas acho que o mercado cibernético é mantido mais pelos que adoram acessar resenhas, perfis, comentários maldosos, fofocas, trivialidades, e o besteirol das celebridades e estrelas.

Isso é tão sutil que, se não tivermos cuidado, poderemos ser levado de roldão pela "ONDA EM REDE" (rsrs)

É bom vigiar, para não cair em tentação (rsrs)
Levi B. Santos disse…
“Hoje por exemplo, eu vou bem menos à casa do meu melhor amigo Márcio do que ia antes do evento internet. Falamos (falamos?) por e-mail, celular, blog sei lá, menos pessoalmente”.

Edson, o que você evidenciou é irrefutável, e está acontecendo em todos os lares e setores antes tidos como sociais. Para onde quer que olhemos há sempre alguém oferecendo uma lista, um remédio, um guia, um cardápio encontrado na internet.

Por sinal, essa menina de seis anos do começo do texto postado é a minha netinha Gabrielle, que já sabe mexer em coisas que eu nem sei para onde vai (rsrs)

Certa vez, minha esposa estava falando em fazer um curso de internet. A minha neta, respondeu a queima roupa: ” Vovó, vem que eu te ensino” (rsrs)
Caro Levi,

Li o "Guia Politicamente incorreto" História do Brasil de Leandro Marloch.
Não entendo como as escolas continuam pregando as mesmas centenárias mentiras aos alunos. O pior é descobrir que o feriado homenageia um mau caráter, ou que nosso adimirável era um "mané".
O que fez Chica da Silva entrar para a história, Quem foi Zumbi, Santos Dumont etc. Nossa história é muito chinfrin.
O Provocador disse…
"A Globalização é a melhor maneira de saber o que o outro-pessoa ou país-tem. Ou melhor, a maneira de nós sabermos o que não temos e ficarmos com raiva do outro que tem".

O Provocador
Eduardo Medeiros disse…
as revoluções da tecnologia de massas sempre trouxeram perplexidades e desconfortos. não foi assim com o rádio, o vinil, a tv, o cassete, o dvd, a internet?

mas como sabemos, a evolução tecnológica não terá fim(ou ela trará nosso fim). parece mesmo que ela se projeta para o futuro impulsionada por forças ocultas assim como na evolução biológica.


lembro que quando apareceu o video cassete alguns decretaram a morte do cinema. ledo engano. mas agora com os sites onde se paga para ver filmes e séries como o netflix, é bem provável que as locadoras de vídeo um dia acabem.

assim é a tecnologia. elas podem substituir coisas que estávamos acostumados a fazer de um jeito e então, teremos que fazer a mesma coisa de um jeito diferente.

mas será que quando surgiu o telefone alguém pensou que ninguém mais iria bater um papo cara a cara com os amigos?

ou que os e-books irão acabar com os livros de papel?

para mim as redes sociais são a evolução natural do telefone e do correio. antes falávamos muito ao telefone com um amigo ou escrevíamos cartas(eu gostava muito de escrever cartas), hoje, conversamos pelo orkut e pelo face.

mas será que ninguém que está na rede se encontra mais com os amigos fora da virtualidade para comer pizza, ir ao cinema, jogar bola?

eu creio que não.

eu adora a internet. onde mais poderíamos encontrar cultura, informação de qualidade, aquele filme antigo fora do catálogo ou aquele livro esgotado há anos num clique?

é claro que tem que saber procurar.

mas sabemos que a net não é só maravilhas, existem sempre idiotas, racistas, intolerantes, semeando louvores à violência nazista, pregando morte a judeus, nordestinos, gays, cristãos, etc.

mas não existe nada na rede que não exista primeiro fora dela, em nossas sociedades.

levi,

sua netinha nasceu num mundo conectado, para o bem ou para o mal do nosso futuro. não dá para voltarmos à idade da pedra ou ao tempo das carruagens.

só precisamos sempre, fazer o que você fez com este texto: pensar, refletir, criticar, propor caminhos.
Eduardo Medeiros disse…
edson,

vou te responder mas lá no forum, quero evitar que a postagem do levi sofra solução de continuidade argumentativa como aconteceu com o texto do JL.
Levi B. Santos disse…
Caros confrades


Segundo a empresa Pingdom, o Brasil é o quinto país em número de internautas

No IDH (índice de Desenvolvimento Humano) de 2009, o Brasil é o 73° do ranking. (Fonte: PNUD)

Será que esse contraste pode ser modificado pela tecnologia digital, sabendo-se de antemão que a internet é mais usada para lazer e bate-papos frívolos, ao invés de ser utilizada para incrementar a educação?

Quando se tem a um clique, empresas que se dispõem a vender monografias para currículo escolar, trabalhos científicos sobre tudo que é assunto, resumos ou sinopses sobre todo tipo de tema —, isso não vai automaticamente levar o estudante ao vício da “copiomania”, castrando a sua capacidade criativa (coisa que não se consegue com um clique, e que requer tempo, domínio da língua e muitas horas de dedicação, queimando as pestanas)?
Edson Moura disse…
Edu, vide Tópico Permanente. Levi, aproveitando que está por aí, um abarço mestre.
Edson Moura disse…
Errata: Abraço, pois abarço nem sei o que é!
Eduardo Medeiros disse…
levi,

pode acontecer sim. a net tem essas facilidades. olha, mas antes da net, já havia aquele amigo cdf que fazia os trabalhos para você(muitas vezes em troca de uns trocados ou de um lanche na hora do recreio). ou vai dizer que nunca deu uma mãozinha a um amigo "mentalmente preguiçoso" na escola? rsss

mas creio que os problemas que você aponta se minimizam com educação de qualidade(coisa que o brasil deve ao seus cidadãos).

como é possível você passar por uma faculdade e não ter nunca lido pelo menos um dos clássicos da literatura mundial?

a tal da educação voltada exclusivamente para o mercado de trabalho está tirando a capacidade de um aluno ler qualquer coisa que não tenha a ver com o aquilo que ele quer fazer profissionalmente.
Edson Moura disse…
"...a tal da educação voltada exclusivamente para o mercado de trabalho está tirando a capacidade de um aluno ler qualquer coisa que não tenha a ver com o aquilo que ele quer fazer profissionalmente..."

Eduardo, não tenho nada mais a acrescentar a esta sua frase. Está absolutamente perfeita, irretocável. Claro, ainda existem aqueles que, como eu, tentam introduzir literatura classica no mundo dos filhos, para citar exemplos, existem muitas versões infantis de classicos como Dom Quixote, A Divina Comédia, O Principe e outros, publicados pela editora escala. Vale à pena investir alguns trocados nisso pois se dependermos das escolas, o máximo que lerão é Érico Veríssimo e Cecília Meireles.
Eduardo Medeiros disse…
edson,

e só lerão érico ou cecília(que aliás, gosto muito)por obrigação, "valendo ponto". é uma leitura chata, sem prazer. a escola não ensina o aluno a ler por prazer e não por obrigação.

graças a deus (ops, ato falho rs)minha mãe, que só tinha o primário, lia muito, e foi o exemplo dela que me levou a ler com prazer.

na escola, enquanto a maioria dos alunos reclamavam quando a professa passava um livro para ser lido, eu vibrava. mas confesso que não gostava de fazer aqueles questionários que vinham com os livros da série vaga-lume(ainda existem?)exatamente por que a obrigação de fazer lições sobre o livro, para mim não combinava com o prazer que eu tinha tido na leitura.

te respondi lá.
Eduardo Medeiros disse…
edson,

a propósito, você deu um jeito nas mensagens de vírus que estavam aparecendo quando se abria o "outro evangelho"?
Edson Moura disse…
Série Vaga-lume, por favor Edu, um dos primeiros livros que lí foi "A Ilha Perdida" aos 8 anos. Também gosto do Érico e seu sarcásmo, cecília e sua subjetividade, mas acredite, tenho filhos em fase escolar, nem esses são mais "obrigados" a ler, fazer o resumo e ganhar pontos.

Agora é assim: Atenção crianças, pesquisesm na internet sobre sistema feudal no Brasil.
_Pode imprimir fêssora?

_Pode sim noredinha!

_Blz fêssora!
Hubner Braz disse…
Levi,

Eu assisti um desenho no cinema, que as pessoas eram gordas por causa de tanta facilidade de vida. Viviam comendo hamburguer. Eles não andavam, só ficavam sentado e voando com as poltronas voadoras.

Tudo isso por causa da globalização entre eles, acho que tinha um robo no filme também... Em fim... Essa tal da internet com tanta facilidades que traz, as interatividades, aulas e os trabalhos serão feitos em casa. Ninguém precisará sair de suas casas, afinal sair de casa é perigoso! rsrs

Belo texto Levi... COnfraternos desculpe meu sumiço... Estou passando por uma transição e ficando mais crente ainda.

Sabe como é... A escritura revela que temos que pedir que aum,ente nossa fé... e a minha está aumentando drasticamente.

Dudu, muda o endereço do meu site no rodapé... pois não tenho acesso. Agora é www.pecadorconfesso.com

Abraços a todos e bjs ao Edson Noreda. rsrsrs

Fui
Eduardo Medeiros disse…
edson, assim fica difícil...ou fácil demais...rsssss
Levi B. Santos disse…
Mas aí Eduardo

A minha neta já quer ensinar a vó a navegar na maquininha cibernética.

O Edson já falou das experiências de seus filhos na internet. Falta você contar como vai o Eduardinho no teclado e no mouse.(rsrs)
Levi B. Santos disse…
“Agora é assim: Atenção crianças: pesquisem na internet sobre sistema feudal no Brasil.

_Pode imprimir fêssora?

_Pode sim noredinha!

_Blz fêssora!”
(Edson)


Noreda

Essa é a realidade nua e crua, tanto no ensino fundamental como no superior. No meu tempo a grande preocupação dos meus pais era com os livros que deviam ser comprados a cada início de ano, sempre de autores os mais renomados. Já hoje... o computador resolve tudo.

Lembro que no meu tempo, tínhamos no curso ginasial, um jornalzinho em que os artigos publicados já continham pensamentos bem elaborados.

Já hoje, a indústria de concursos dá mais valor à marcação do “X” na questão correta. Para os tempos atuais em que a pressa é a tônica, a apreciação de uma redação é tarefa totalmente impossível. Até porque não tem cabeças sérias e descansadas para fazer tal avaliação.

Olha, há muita gente por aí com seu diploma de curso superior, que não sabe fazer uma simples redação, mas é sábio e ágil no teclado, com a vantagem de não precisar forçar os neurônios (rsrs)
Unknown disse…
excelente texto Levi, de fato resume bem a sociedade atual e seu vício na imagem, na informação rápida, na superficialidade.

existe um video onde o Issac Asimov (http://www.youtube.com/watch?v=bgn_aArCWeA), sem saber, previa a internet. só que ele mostra uma visão romantizada dela. para ele, todos teriam acesso a informação facilmente, a internet seria uma grande ferramenta para o crescimento humano, principalmente na educação.

mas ele não previu as redes sociais, os jogos online, os sites de putaria, sites de piadas, os memes...

só que ele acertou no ponto da difusão da informação. hoje sabemos instantâneamente, e podemos opinar e falar sobre para todo o mundo, sobre qualquer acontecimento, por mais remoto que seja. podemos encontrar qualquer livro, temos este acesso fácil à informação.

o problema surge quando sucumbimos à tentação da superficialidade, que, como você bem disse, as mídias trataram de domar e utilizar em seu favor.

eu notei isto comigo mesmo, antes lia livros grandes avidamente, mas fiquei alguns meses sem ler nada e já estava ficando preguiçoso mentalmente (o que estava inclusive me atrapalhando nos estudos). não conseguia ler nada muito longo, tudo tinha que ser rápido.

minha cura veio com Kafka, Sagan e mais recentemente George R.R Martin. relembrei como é bom ler um livro de 500 páginas, como é bom se aprofundar num assunto.

infelizmente muitos pais vão deixar a desejar na educação dos seus filhos. se antes dizíamos que a criança ia aprender "na rua" coisas que não devia, hoje temos a porta do inferno e do paraíso escancaradas diante delas, e muitos pais, por pura preguiça, deixam seus filhos grudados em um computador por quanto tempo quiserem.
Eduardo Medeiros disse…
levi,

não tem como ser diferente, as crianças já nascem hoje conectadas!!!!!! o eduardinho, agora com 10 meses, já pega o controle da tv para mudar o canal...é mole?? kkkkkkkkkkkk

a internet é uma ferramenta maravilhosa para a educação e também maldita para a preguiça mental(aliás, nome do novo site do nosso confraterno isa...rss). não que uma preguiça mental seja ruim, as vezes é preciso apenas relaxar.

mas a net é um lugar onde se pode encontrar bens culturais incríveis. eu mesmo sou um viciado (confesso) em garimpar filmes, livros, quadrinhos, dos anos 50, 60, 70...coisas que não existem mais no mundo "real".

creio que para nós, que tivemos uma forma mais "trabalhosa" de escrever uma redação, por exemplo, a net pode ser um paraíso. o problema é ficarmos viciados em coisas realmente inúteis que nem para curtir uma boa preguiça mental servem; e são exatamente essas coisas que nos viciam e nos deixam com a síndrome do tuiter: tudo tem que ser dito em 15 palavras. não é de se admirar que muitos jovens hoje tenham exatamente essa quantidade de palavras em seu vocabulário.

e quero confessar que muitas vezes, "forças ocultas" me prendem por horas em coisas realmente inúteis na net.
Eduardo Medeiros disse…
bill,

você está certo. há pouco tempo a babá eletrônica dos filhos era a xuxa na tv, hoje são as redes sociais com todos os seus perigos ocultos.

admiro muito o tiago, que sempre aparece por aqui, por ser bem jovem e já ter uma capacidade de articulação que muitos garotos da sua idade não têm.

espero ter capacidade de ensinar bem ao eduardinho como escapara das armadilhas da síndrome do tuite.
Levi B. Santos disse…
“mas ele (Isaac Asimov) não previu as redes sociais, os jogos online, os sites de putaria, sites de piadas, os memes...” (Bill)

Taí uma coisa boa que você pescou na internet, Bill! (rsrs).

Foi bom. Eu não sabia da existência desse vaticínio do notável Asimov.
Levi B. Santos disse…
Mas, vamos aos “prós” e aos “contras”:


Perda de tempo com trânsito barulhento e engarrafado, enfrentamento de filas enormes em supermercados e shoppings para se comprar produtos para uso pessoal e da família, somados a insegurança do indivíduo com o aumento da violência ― tudo isso concorre para que o indivíduo se isole, numa tentativa de viver mais tranqüilo. (a velha FUGA - rsrs)

O problema é que a pessoa ao recorrer à internet constantemente, termina por construir outro mundo particular que vai atrapalhar, com certeza, o convívio com os seus no próprio lar.

Não é à-toa que muitas esposas estão reclamando dos maridos, por eles viverem horas e horas no teclado diante da tela sem dedicar atenção a elas e aos filhos (e vice versa – rsrs)

Ao recorrer às salas de bate-papos, chats, msn, entre outros, o internauta pode acabar trocando os laços afetivos familiares por um contato afetivo virtual à distância.

Segundo a psicanálise, o internauta no seu mundo virtual, inconscientemente, termina por criar em sua imaginação a figura de um amigo “ideal”, substituto dos seus, reais — , e isso, não deixa de ser uma maneira de se escapar do nosso duro mundo real.

A realidade é que muitas pessoas que estão se envolvendo em relacionamentos virtuais, estão tendo, ao mesmo tempo, problemas na vida real em conseqüência desse tipo de interação rápida prazerosa e que nos fornece a tal da CATARSE (Título do ensaio postado)
Levi B. Santos disse…
São 13 horas, e a esposa e os filhos estão gritando lá fora:

A comida vai esfriar. Deixe esse vício, pelo menos na hora das refeições!!! e venha almoçar com a gente

Tchau, saí desse mundo para o outro (rsrs)
Eduardo Medeiros disse…
levi,

de fato, todos esses problemas podem acontecer e estão acontecendo. mas também não é verdade que sempre existiram entraves e obstáculos para atrapalhar as relações familiares ou de amizade?

parece que o mundo virtual é só mais uma pedra no sapato das convivências reais...

por outro lado, como eu poderia ter a oportunidade de conhecer a pessoa e os textos de um médico cabra arretado paraibano, filósofo, teólogo e psicanalista bronzeado?
O Provocador disse…
Internet carregui em si mesmo um poder ambivalente, assim como o ser humano. Pderíamos ficar a tarde inteira discutindo os prós e contras da internet no convívio social, mas não chegaríamos a um consenso. Todos sabemos dos males que o alcool, arma de fogo, cigarros, drogas sintéticas, no que posso afirmar que a culpa não está enraizada no objeto, mas sim na pessoa que faz uso dele.

Desde muito tempo o homem vem buscando uma forma de entorpecer-se, nos promórdios foram as ervas, vinhos, cerveja (nove mil anos atrás), depois, de forma gradual passou a ser a crenças (desculpem pela citação, mas foi necessária), mais adiante o homem se entregou às artes, aos jogos, à tecnica e tecnologia, culminando assim na atual conecção técnológica e virtual que temos hoje.

Perdeu-se - em alguns - a capacidade de identificar o limite de salubridade para o uso de todas as formas de intretenimento. NOvamente afirmmo, a culpa não é das "máquinas" e sim de quem as usa de forma irresponsável. Portanto não podemos - e sei que o Leví não pretendeu isso com o artigo escrito - dizer que a internet é um mal. Cabe aqui a velha frase: "Armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas"

Era inevitável que uma parcela da população caisse nas garras da informática, sobretudo os de menor instrução. De certo um homem - estou falando genericamente - como Eduardo, Levi, Altamirando, ou Eu, não vamos nos ver trancafiados em salas de bate papo, ou sites de relacionamento. Usamos a internet a nosso favor, vez ou outra estrapolamos, mas aí é que está a grande diferença, temos consciência de que escorregamos e procuramos nos policiar. Já os jovens nao têm esta visão panorâmica que nós temos, e acabam, como disse o Gabriel, sucumbindo.

Sem querer ser reducionista, até porque sei que algumas situações são realmente patológicas, exemplo, um filho de pai alcoolista que se isola dentro de casa simplesmente para não presenciar o estado vergonhoso do pai, mas acredito e defenderei este tese em meu doutorado, que nada tudo não passa, como deixei a entender no primeiro parágrafo, de mais um dos muitos VÍCIOS que a humanidade terá de aprender a lidar.

O Provocador.

Em tempo: Eduardo e Leví, quero desculpar-me peos comentários no outro artigo, e até gostaria, como sugeriu o Leví, que deletásse-os, mas também não quero ser injusto com o Evaldo, eu o provoquei e ele acabou entrando na minha armadilha, portanto, alguns comentários do Evaldo devem ser deixados, até porque não são de inteiro ruins.
Eduardo Medeiros disse…
caro provocador,

que bom saber que você é capaz de escrever um comentário articulado e não apenas disparar metralhadoras verbais de baixo calão para todos os lados. continue assim.

ah, mas tenho que lhe dizer que o forum do blog é exclusivo para os membros da confraria, ok. sem querer ser indelicado ou chato.
Eduardo Medeiros disse…
a menos, é claro, que você já seja membro...
O Provocador disse…
Desculpe Eduardo, mas apenas fui naquele "artigo" porue ele estava cotado como o mais debatido. Não havia, e se havia eu não ví, indicação alguma de que era proibida a "entrada" de não membros. Você está me dizendo isso agora, portanto, nesta questão eu posso dizer que sou inocente.

A menos que eu seja membro? Não entendi.


Outra coisa, palavras de baixo calão. Eduardo, membros deste site. Escritores digamos, renomados, usam palavras tão ou mais baixas do que as minhas. "panaca" "idiota", "trouxa" nem de longe são piores do que as palavras que o Evaldo escreve.

O Provocador
Levi B. Santos disse…
Mas que baita de texto o Provocador acaba de deixar registrado na seção de comentários?! Não é rasgação de seda: está mais claro e objetivo que o do autor (rsrs)

Mas, mas, mas, o trecho abaixo deixou-me meio encabulado:

“Desde muito tempo o homem vem buscando uma forma de entorpecer-se, nos primórdios foram as ervas, vinhos, cerveja (nove mil anos atrás), depois, de forma gradual passou a ser as crenças

O que o Provocador pensou, ao falar no trecho acima sobre o entorpecimento.

As palavras chaves vinho, cerveja e crença me fez lembrar que tanto em torno da mesa com o VINHO, e a CERVEJA há um grupo tentando estabelecer elos sentimentais, e, que assim como as CRENÇAS (que ele citou como isca), talvez tenham um mesmo componente inconsciente: as pessoas que estão a bebericar e a realizar o seu ritual de crença não estarão, porventura se fundindo (e não fudido – rsrs) umas com as outras para aliviar seu desamparo ou seu sofrimento existencial.?

Vejam que não é à-toa que os nossos blogs tem uma mensagem liminar parecida com a dos igrejeiros: Lá no topo há um gadget — o de SEGUIDORES, como se o blog fosse um tipo de agrupamento religioso. (Ihhhh ― vai sobrar para o Eduardo – rsrsrs)

O Provocador é inteligente, e, talvez esteja querendo aprontar mais uma: levar o texto que postei para a vala comum da religião.

Vai que é tua, Eduardo... (rsrs)
Eduardo Medeiros disse…
provocador,

não é que seja proibido. tinha um aviso antes mas parece que um dos antigos administradores a retirou. realmente não sei. mas enfim, não é que seja proibido, mas lá começou como um lugar onde os membros discutiam sobre a blog.

mas sem problemas.

quanto às palavras de baixo calão, não é que elas sejam proibidas aqui, eu mesmo já as escrevi e no comentário do levi, ele escreveu "fudido"; só não vale fazer o que você e o evaldo fizeram. ou seja, usar tais palavras para ofender membros ou comentadores.
Eduardo Medeiros disse…
levi,

o provocador mandou bem mesmo. mas a ação de "entorpecer-se" pode também ter uma conotação positiva, lúdica, onírica e epifânico.

fico entorpecido quando contemplo um céu pontilhados de estrelas. fico entorpecido quando leio um livro que mexeu com minhas certezas ou que me fez sonhar. fico entorpecido também na conversa regada a cerveja com bons amigos.

é de certa forma, entorpecedor, quando uma crença religiosa faz do devoto uma pessoa melhor. aliás, eu só concebo como autêntica o resultado de crenças religiosas que melhorem pessoas. pessoas também podem melhorar sem nenhuma crença religiosa, e isso, é entorpecedor.

a "fundição" promovida pelo compartilhar de crenças que dá mais calor e aconchego a quem dela partilha, é de fato, entorpecedor.
Levi B. Santos disse…
Edu


Peqando um gancho no que você falou abaixo:

fico entorpecido quando contemplo um céu pontilhados de estrelas. fico entorpecido quando leio um livro que mexeu com minhas certezas ou que me fez sonhar. fico entorpecido também na conversa regada a cerveja com bons amigos.”

Esse “sentimento oceânico” (entorpercedor) não está presente também na interação cibernética, em consonância com o título do ensaio que postei, a ser mais explorado, que fala de PRAZER e CATARSE?

Você acha que as novas formas de refletir e gerar novas idéias, através da internet, podem abrir possibilidades para substituição das crenças que já não dão conta de explicar a nova realidade trazida pelas nuvens da era digital?
Levi B. Santos disse…
Eduardo


Mas onde se meteram os pensadores Edson, Márcio, Herrera e o Rodrigão, que poderiam dar inestimável contribuição nesse empolgante campo?
guiomar barba disse…
Não queria falar de igreja, mas já que falaram de crença... kkkkkkkkkk Hoje é sábado, vinte e uma hora, eu fico feliz da vida de saber que meus dois filhos de 22 e 17 anos estão tomando banho em uma piscina com um grupão de jovens da igreja, pela passagem de aniversário de uma membro do grupo.

Gosto que eles sempre se reúnem uma vez na semana para discutirem temas atuais e depois brincarem e comer os salgados que cada um participa levando.

Gosto que eles também promovem viagens em lugares mais perto, com muita natureza, fazem acampamentos e quase todos são universitários. As vezes saímos eu e meu marido com eles. Eles gostam porque dizem que sou animada, vamos para orla conversar, comer e contar piada e rimos a valer.

Meu filho mais novo gosta muito de conversar comigo e com o pai, ele troca a net para está conosco. O mais velho já vive mais com um celular no ouvido conversando com a namorada ou falando de banda ou trabalho.
Como disse o Provocador, depende de cada um e não da máquina. Não posso negar que eu trabalhei e ainda trabalho muito, em cima de estarmos juntos. E creio que os pais tem que lutar contra a preguiça, como disse Gabi, e trabalhar com os filhos para que eles valorizem o que realmente é importante.

Parabéns Levi valeu muito o que rendeu seu texto. Beijão.
O Provocador disse…
Ponto para o Eduardo, captou minha intenção perfeitamente.
Levi,

Não tenho muito a adicionar na discução,mas...
A internet hoje é um meio de entretenimento "socialmente individual", as pessoas estão ficando cada vez mais perto e mais longe ao mesmo tempo, o velho uso dos encontros pela internet mudou, antes se marcava (com namoradas, amigos e familiares) para se encontrarem em algum lugar no nosso mundo real, mas hoje o encontro se dá em uma sala de bate-papo as vezes sem um ver o outro(nem por uma Webcan).

A criação de um novo mundo está tão na moda no Brasil, que algumas pesquisas indicam que o Brasil é o País mais conectado nas Redes Sociais e nos MMORPG(jogo de interpretação de personagens online), sendo este um verdadeiro 'mundo alternativo', eu mesmo jogo um MMO chamado Digimon World (não Riam kkkk) e a propria historia deste mostra a expansão do 'mundo digital' na vida 'real'.

Essa sensação de escape é algo nescessario para a saúde mental de uma pessoa, a valvula de escape está em todos os cantos como já citaram, a bebida, drogas, internet, misticismos em geral, e até um romance a moda antiga, basta a pessoa escolher o que lhe proporciona mais prazer. A internet é mais popular destes já que, por si mesma, oferece milhares de opções.
Em um trecho do filme 'A origem', vemos uma semelhança do mundo dos sonhos(retratado no filme) com a nossa internet; os frequentadores do mundo dos sonhos já estavam tão viciados no novo mundo, que achavam que aquele era o real, e o nosso apenas um lugar onde ficamos por um periodo esperando a hora de voltar a realidade(virtual). E este é o problema de ficar entorpecido, gostamos tanto, que queremos que seja para sempre.
Acaba sendo nossa função o policiamento dos nossos vicios, pois eles nos atrapalham mas não viveriamos sem eles.


Edu,
Agradeço o elogio ^-^'
É que para saciar a minha curiosidade eu tive que aprender a filosofar e refletir(alias, ainda estou aprendendo), coisa que para os jovens soa como 'coisa pra velho' 'mó anos 90'(?) 'Nerdice Aguda'(todas com sentido pejorativo como já devem imaginar). Felizmente eu consigo ter uma boa vida social mesmo com pensamentos desse tipo sobre a minha pessoa.

Sintam-se virtualmente Araços.
Errata,

Era para ser "virtualmente abraçados"

O pessoal da confraria está tendo problemas com a palavra abraço.Será um efeito do infinito mundo limitado da internet? Já estamos tão desacostumados a esta pratica social que não nos lembramos mais nem como se escreve?

hahahaha, desculpem pela divagação
Noreda Somu disse…
Tiago, eu sou mais um desses que lhe parabeniza pela incrível capacidade de formular argumentos tão concisos à respeito de temas tão complexos. Seu comentário é digno de reconhecimento e particularmente eu não sei o que o Leví e o Edu estão esperando para convidá-lo para fazer parte desta Confraria.

A palavra abarço (ops, abraço rsss) parce mesmo que está em conflito com o mundo virtual, adorei seu trocadilho, reflexo de uma mente arguta e cheia de criatividade.

abraços do Tio Noreda Somu Tossan
Hubner Braz disse…
Bom Dia a todos...

Hoje voltei... mais para ler o seu texto novamente Levi, também li a do Rodrigo sobre o Wellington e a do Dudu sobre Homofobia....

Toda essa leitura repetitiva é para se preparar para redação que logo mais estarei a escrever no Enem... Obrigado confraternes pelos conteúdos excelentes.

Hugs
Levi B. Santos disse…
Tiago

Há algum tempo venho observando o conteúdo bem abalizado dos seus comentários.

Agradeço a sua contribuição valiosa, aqui nesta sala. Que venha mais vezes. (rsrs)

Você começou dizendo em seu último comentário “Não tenho muito a adicionar na discussão”.

Permita-me discordar da sua frase acima registrada, pois, o seu relato com fatos colhidos em sua experiência de internauta, deu mais substância ao texto postado. Nisso é que reside a beleza de nossa interação


Abraços,
Levi B. Santos disse…
Prezado confrade Hubner

Vou torcer para que o tema da redação do ENEM seja sobre INTERNET (rsrs)

Abraços, e boa sorte na prova
Eduardo Medeiros disse…
levi,

sobre sua indagação

Esse “sentimento oceânico” (entorpercedor) não está presente também na interação cibernética, em consonância com o título do ensaio que postei, a ser mais explorado, que fala de PRAZER e CATARSE?

Você acha que as novas formas de refletir e gerar novas idéias, através da internet, podem abrir possibilidades para substituição das crenças que já não dão conta de explicar a nova realidade trazida pelas nuvens da era digital?


levi, não sou assim tão apto a falar sobre catarses mas já de prazer, dá para enrolar...

alguém duvida que dá muito prazer essa inter-relação cibernética de troca de ideias e por que não os "afetos" e até os "desafetos"?

tenho afeto por todos vocês, desde nossos primeiros contatos que veio a se estabelecer aqui na confraria. a confraria mudou e não poderia ser diferente, já que o mundo é movimento e transformação. e os afetos se renovam.

não é perfeitamente catártico esse exercício de argumentar, discordar, confirmar, concordar e até mesmo, deletar...?

sobre a "substituição de crenças" provocada pelo mundo virtual parece ser isso mesmo. não é verificável que nossa maneira de ver e interpretar o mundo vem se modificando por causa do mundo virtual em "nuvens"? o filme "matrix" não nos lembrou como a realidade pode ser manipulável no mundo virtual?

mas o que virá daí?

qual será a síntese proposta?

devolvo a palavra e as questões para quem tem mais capacidade analítica do que eu? rsss
Elídia :) disse…
E a gente já não se aprofunda msis em nada..pra que abraçar alguém, se posso trocar atualizações no facebook? Pra que conversar com alguem e tomar uma cerveja ou água se tuitar é bem mais interessante que aquele ser-humano que está a minha frente? Pra que ler , se posso resenhar com uma outra resenha do santo google? Pra que namorar, beijar, abraçar, se os emoticons substituem aos poucos nossas emoções...que texto brilhante dr . Levi, obrigada.
É, mas não dá para comprar uma Brooks Shields inflável e imaginar ser um Chris Henchy todos os dias, né. Temos que engulir cuspe de alguém de vez em quando. Neste sentido as opções oferecidas pela internet deixam a desejar.
Levi B. Santos disse…
Edu

Quando eu postei o título do ensaio ressaltando o “Prazer e a Catarse” da Familia Cibernética, pensei no “Princípio do prazer" de que Freud fala, que não deve ultrapassar os limites da realidade, que ele denomina de “princípio de realidade”.

Pegando um gancho no comentário de Altamirando:

“não dá para comprar uma Brooks Shields inflável e imaginar ser um Chris Henchy todos os dias, né?. “

Se não tivermos cuidado com essa grande teia ciberrnética, poderemos nos tornar neuróticos, a ponto de inverter os pólos, tornando o virtual como nossa realidade, chegando ao ponto de achar que a “boneca inflável” que estamos comprando é a Brooks Shield “de verdade”. (rsrs).

Sabemos que há uma linha muito tênue, entre ter a internet para nos servir e ser escravo dela, isto é, entre usá-la circunstancialmente e usá-la movido por desejo compulsivo.

Segundo a psicóloga norte-americana Kimberly Young as vivências experimentadas nestes ambientes eletrônicos podem favorecer uma espécie de vício, ao provocarem sensações satisfatórias que competiriam com o nosso “mundo real”. Baseado neste cenário surgiu o conceito de dependência da Internet, passível de ocorrer em qualquer camada sócio-econômica. (Site da SPPC – Sociedade Paulista de Psiquiatria Clínica)
Eduardo Medeiros disse…
levi,

sem dúvida a net vicia. e muito. o prazer sempre é viciante, né? mesmo que ele nos faça mal...sabe, levi, confesso que estou no território tênue entre o vício e o uso racional. ou talvez já seja um viciado e não me dou conta disso. não é verdade que os viciados nunca acham que são?

mas qual é o sintoma mais marcante para decretar o vício? o tempo que ficamos conectados ou a substituição radical da vida "real" pela vida virtual?

pelo sim, pelo não, vou voltar para o mundo real por que minha esposa fez um bolo cujo cheiro está vindo aqui no meu escritório.

nisso, a vida real é imbatível.

boa noite a todos e até amanhã.
Levi B. Santos disse…
Olha lá o que o Edson escreveu em um de seus primeiros comentários, talvez, percebendo que as redes sociais aplacam um pouco da solidão social, mas, em contrapartida, podem aumentar a solidão emocional:

“Hoje, por exemplo, eu vou bem menos à casa do meu melhor amigo Márcio do que ia antes do evento internet. Falamos (falamos?) por e-mail, celular, blog sei lá, menos pessoalmente.”
Olha Levi, só tenho a agradecer, assim como o Hubner, fui fazer o ENEM hoje, e, o tema da redação era...
"Viver em rede no seculo XXI: os limites entre o publico e o privado"
Não é exatamente o mesmo tema que seu texto, mas deu pra ter uma base.

hahaha eu to rindo ATOA

Até Mais, e agradeço aos elogios ^-^
Levi B. Santos disse…
E por falar no Confrade Márcio, ele não se afastou da internet, como eu de início pensei.

Ele simplesmente trocou a nossa Confraria por outro aconchegante ninho (ou útero) - o do eletrizante FACEBOOK (kkkkkkkkk)
Caro Levi,

Em tempo:
Eu não tenho a data de aniversário do "Pensamento do dia". Vale um apagador de presente ou uma borracha? He, he, he....
Hubner Braz disse…
Grande Mestre Levi,

Foi bom eu ter lido seu texto e os comentários dos confraternes, foi o que caiu na redação do Enem... Imagine só se eu não fui bem?!...

Valeu maninho!!!
Levi B. Santos disse…
Senhores confrades

Sou o mais novo profeta da REDE.(kkkkk)

Olha o que o torcedor do Fluminense desejou ao HUbner, antes dele se dirigir ao local da prova do ENEM:

Prezado confrade Hubner

Vou torcer para que o tema da redação do ENEM seja sobre INTERNET (rsrs)

Abraços, e boa sorte na prova


DEPOIS, leiam o último comentário do TIAGO. (rsrs)

Vou esperar agora, as argumentações da nossa amiga e missionária Guiomar (rsrs)
Elídia :) disse…
Não há como ignorar o papel crescente das redes...quando a gente começa ultrapassar os limites sensoriais nessa relação e perceber que as nossas emoções estão pautadas na solidão da tela e dos gadgets, é um aviso que temos de abrir uma janela. O cardápio de opções que nos é ofertado é tentador, e ao ficarmos sós isso o aumenta. A solidão compartilhada hoje é um dos grandes problemas da massa dependente dos convivios da rede.
Elídia :) disse…
Parabéns pro dr Levi e pra nós q 'catapultamos' nossos amigos no ENEM hehehe
Levi B. Santos disse…
Cara confraterna Elídia

A sala aqui estava sentindo a falta de seus lúcidos comentários

Pode se estender mais, repensandodiferente do que até agora foi debatido (rsrs)

Abraços,
Eduardo Medeiros disse…
a elídia é uma ótima fazedora de frases:

"A solidão compartilhada"

essa frase pode ser tema também do enen do ano que vem...rsssss
Anônimo disse…
Provocador,

Apenas mostrei a você que não preciso me esconder para provocar alguém e você foi minha vítima, é gostoso provocar alguém que se acha "o provocador".

Características provocativas todos tem, não é uma "virtude" sua, seu nick é um tanto sem-sentido para definir o que quer que você seja.

Pense nisso, um provocador de verdade não escreveria o comentário que escrevestes aqui.

Ou seja, você, assim como 100% dos seres humanos não possuem um única característica, muitas pessoas não entendem isto.

É uma pena que tenha alzheimer porque no último post não me provocastes em nada, eu o provoquei, veja em 20 de outubro de 2011 19:59, quem começou a provocação.

Levi,

Desde agosto estou lendo (novamente) sobre comportamento humano e estou tentando localizar algo sobre as questões tecnológicas, ou seja, as relações interpessoais "conectadas" e desconexas (rsrs). As provocações serviram bastante e seu texto veio bem a calhar.

Ainda estou em busca de um livro legal que esteja voltado à estas questões, algo mais atualizado.

Se souber de algo me passe por favor, ainda não tenho nada específico, tudo que li até hoje foi escrito bem antes da teia estar tão cheia de moscas.

Freud por exemplo não tinha a visão das relações da forma como se desenrolam em nossos dias.

Evaldo Wolkers.
Isaias disse…
Levi, grande sábio da CPFG. A internet pode ser um lugar maravilhoso, mas também é terreno fértil para a proliferação de Severos e Cristãos Revoltados, como o senhor, infelizmente, soube da pior maneira possível através deste que vos fala, rsrs.

Sem falar na cultura da "adolescência eterna", onde marmanjos e barbados recusam-se a crescer, a aprender as coisas que só a idade e a vida nos ensina e a desfrutar da serenidade jamais possível nos nossos tempos de hormônios à flor da pele.

Belo ensaio. Eu teria voltado pra cá, caso meu primo mau e infiel (rsrs) tivesse de fato me enviado um convite :( Abraços.
Hubner Braz disse…
Mestre Bronzeado,

E com muito prazer que exponho meu tema no Enem para vocês...

"Vida Social Cibernética"

A última parte do título já sabe de onde saiu... Mas o inicio da redação já comecei dizendo que o leque de facilidades encontrado na internet trazem a tona um avassalador e viciante mundo virtual, onde pessoas são capazes de trocar minutos prazerosos com a família por horas dentro de um mundo virtual.

Mas também expus os prós e contras... e a solução para tudo isso.

Na solução, citei o nosso sábio Salomão quando ele disse: "A tempo para todas as coisas de baixo do sol" Ec 3.1

Ou seja, temos que se policiar para não extrapolar e morremos de overdose virtual.
Hubner Braz disse…
Levi tu és o profeta cibernético mais querido da confraria!!!
Hubner Braz disse…
Logo depois da familia põe uma vírgula... para entender melhor!!! rsrsrs
Eduardo Medeiros disse…
isa e levi

desculpe-me, eu não sabia para que e-mail mandar. agora meu blogger tá bichado. de novo. não consigo acessar a área para atualizar os blogues.

levi, por favor, mande outra vez o convite para o nosso eterno designer e mentor da confraria.
Levi B. Santos disse…
Evaldo


Ainda não li um livro especifico sobre esse tema.

Mas existem alguns sites sérios (científicos)na internet, como esse aí:

http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=104

Tem também esse livro (em pdf), com comentários de Maria Rita Kehl - uma expert nesse tema. Aí vai o link:

http://www2.fpa.org.br/uploads/Revolucao_Tecnologica_Internet_e_socialismo.pdf
Levi B. Santos disse…
Edu

O nosso eterno designer e mentor da confraria, Isaias, é de casa, rapaz!

O seu nome não foi riscado no "livro da vida" do céu da confraria. O seu cartão de membro continua intacto. Ele pode publicar os seus instigantes textos sem pedir licença (rsrs)
Anônimo disse…
Obrigado mestre Levi,

Vou ler o material informado.

Evaldo Wolkers.
Elídia :) disse…
Evaldo, sem querer intrometer mas já intrometendo, rsrs, um bom autor sobre cibercultura e relações no mundo virtual é Pierre Levy.
Abçs.
Anônimo disse…
Oxi Elidia,

Brigadao, Pierre Levy, Levy, Levi, rsrs

Abracos,

Evaldo Wolkers.
Eduardo Medeiros disse…
levi, com certeza o isa não foi posto fora do céu, mas ele mesmo se excluiu e não é mais um autor...rss é preciso de novo, convertê-lo ao caminho certo mandando-lhe um convite para retornar.
Isaias disse…
Sim, amado mestre, envia-me a mim...
poucoalem@ymail.com
guiomar barba disse…
Levi,

Eu sonhei que eu era um blog e que meu dono havia publicado um inteligente texto em mim. Vieram inúmeros comentaristas, centenas, e deixaram suas mais brilhantes idéias, enriquecendo o texto.
Um dia, o meu dono voltou ansioso para lê os comentários, mas um maldoso Cracker havia destruído o texto deixando apenas os comentários. Meu dono apesar de frustrado, tentou reconstruir o texto embasando-se nos comentários, triste, chegou a conclusão que o tempo e o vento levaram todas as palavras. Ele se agarrou então, com tudo que havia experienciado. Aquilo, ninguém jamais poderia destruir ou distorcer, lhe pertencia, estava intrínseco.

Beijo.
Levi B. Santos disse…
Isaias


Fui lá no gadget de adcionar autores

Adicionei o seu e-mail. Ai apareceu "convide novamente. Cliquei nesse item três vezes, e o "convide novamente" continuou lá aparecendo.

Veja aí como devo proceder,para reintegrá-lo (rsrs)
Levi B. Santos disse…
Guiomar

Sonhar que era um BLOG, é demais.

Cuidado, pois o Transtorno Obsessivo Compulsivo Cibernético, cuja sigla é: TOCC,, começa assim (kkkkkkkkk)
guiomar barba disse…
kkkkkkkkkkkkkkk Levi, você entendeu senhor pisque...
Anônimo disse…
Levi, já estou plenamente reintegrado à comunhão desta egrégia confraria. Todo caso, se um dia quiserem dispor dos meus talentos estéticos, aham, precisarão me tornar administrador, mas isso é outra conversa.
Levi B. Santos disse…
Isaias


Ufa!!!. Com muita dificuldade, e depois de três tentativas, consegui colocar seu nome(com seu perfil) na ordem de postagem (rsrs)
Anônimo disse…
Hehe, vivendo e aprendendo, mestre
Levi B. Santos disse…
Senhores confrades

Como Márcio é o mais novo foragido da gaiola (apesar de se encontrar em franca atividade lá no Facebook), a vez de postar é do Rodrigão (em franca atividade no seu blog - rsrs)
Eduardo Medeiros disse…
levi,

quero sugerir que o isa volte a ser administrador do blog, assim seremos perfeitos, uma trindade...kkkkkkkkkk

mesmo por que, minha conta está com problemas e não estou conseguindo acessar meus blogues. já transferi o caminhos da teologia para o wordpress.
Levi B. Santos disse…
Edu


Estou de acordo que Isaias volte a administrar o blog cuja criação foi ideia dele.

Espero que me passem as dicas técnicas para recolocá-lo como a terceira pessoa da trindade(rsrs)
Anônimo disse…
Levi, é lá no local onde vc me mandou o convite para ser autor. Deve ter uma opção do tipo "conceder privilégios de administrador", aí é só clicar.
Eduardo Medeiros disse…
o rodrigo passou a vez...o edson pode postar.