O Positivismo Filosófico como Religião


Por Edson Moura

Há algum tempo venho escrevendo textos sobre religiões digamos, desconhecidas, mas que de forma silenciosa, influenciou e ainda influencia muitos pensamentos. Sinto certa dificuldade em me manter imparcial frente a algumas delas. Evito também exagerar no sarcásmo e ironia, traço bem característicos dos meus escritos. Pois bem, coletei informações e resolvi trazer à baila (como diria o mestre Levi) para que pudessemos dissecar mais esta vertente religiosa, ou filosófica, para então, por meu de nosso trabalho especulativo, possamos aprender um pouco mais à medida que ensinamos.

O que é “Positivismo”?

Positivismo é um conceito que possui diferentes significados, englobando tanto perspectivas filosóficas e científicas do século desenove quanto outras do século vinte. Desde o seu início, com Augusto Comte (1798-1857) na primeira metade do século desenove, até a atualidadeI, o sentido da palavra mudou de forma absurda, incorporando diferentes sentidos, muitos deles opostos ou contraditórios entre si. Nesse sentido, existem correntes de outras disciplinas que se consideram "positivistas" sem guardar nenhuma relação com a obra de Augusto Comte.

Exemplos paradigmáticos disso são o “Positivismo Jurídico”, do austríaco Hans Kelsen, e o “Positivismo Lógico”, de Rudolph Carnap, Otto Neurath e seus associados. Para Comte, o Positivismo é uma doutrina filosófica, sociológica e política. Surgiu como desenvolvimento sociológico do Iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial (processos que tiveram como grande marco a Revolução Francesa (1789-1799). Em linhas gerais, ele propõe à existência humana valores completamente humanos, afastando radicalmente a teologia e a metafísica (embora incorporando-as em uma filosofia da história). Assim, o Positivismo associa uma interpretação das ciências e uma classificação do conhecimento a uma ética humana radical, desenvolvida na segunda fase da carreira de Comte.

O método geral do positivismo de Auguste Comte consiste na observação dos fenômenos, opondo-se ao racionalismo e ao idealismo, por meio da promoção do primado da experiência sensível, única capaz de produzir a partir dos dados concretos (positivos) a verdadeira ciência(na concepção positivista), sem qualquer atributo teológico ou metafísico, subordinando a imaginação à observação, tomando como base apenas o mundo físico ou material. O Positivismo nega à ciência qualquer possibilidade de investigar a causa dos fenômenos naturais e sociais, considerando este tipo de pesquisa inútil e inacessível, voltando-se para a descoberta e o estudo das leis (relações constantes entre os fenômenos observáveis). Em sua obra Apelo aos conservadores, Augusto Comte definiu a palavra "positivo" com sete acepções: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático.

A ideia-chave do Positivismo Comteano é a Lei dos Três Estados, de acordo com a qual o homem passou e passa por três estágios em suas concepções, isto é, na forma de conceber as suas ideias e a realidade:

1º Teológico: o ser humano busca explicar a realidade por meio de "deuses", buscando responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?"; além disso, busca-se o absoluto;

2º Metafísico: é um meio-termo entre a teologia e a positividade. No lugar dos deuses há entidades abstratas para explicar a realidade: "o Éter", "o Povo", "o Mercado financeiro", etc. Continua-se a procurar responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?" e procurando o absoluto é a busca da razão e destino das coisas. é o meio termo entre teológico e positivo.

3º Positivo: etapa final e definitiva, não se busca mais o "porquê" das coisas, mas sim o "como", por meio da descoberta e do estudo das leis naturais, ou seja, relações constantes de sucessão ou de coexistência. A imaginação subordina-se à observação e busca-se apenas pelo observável e concreto.

Auguste Comte deu vida à “Religião da Humanidade”. Após a elaboração de sua filosofia, Comte concluiu que deveria criar uma nova religião, afinal de contas, para ele, as religiões do passado eram apenas formas provisórias da única e verdadeira religião, “A religião positiva”. Segundo os positivistas, as religiões não se caracterizam pelo sobrenatural, pelos "deuses", mas sim pela busca da unidade moral humana. Daí a necessidade do surgimento de uma nova Religião que apresentasse um novo conceito do “Ser Supremo”, então surge a Religião da Humanidade.

Os positivistas diziam que a Teologia e a Metafísica, nunca inspiraram uma religião verdadeiramente racional, cuja instituição estaria reservada ao advento do espírito positivo. Estabelecendo a unidade espiritual por meio da ciência, a Religião da Humanidade possui como principal objetivo a Regeneração Social e Moral. A Religião da Humanidade possui como Ser Supremo a Humanidade. Ela representa o conjunto de seres convergente de todas as gerações, passadas, futuras e presentes convergentes, isto é, que contribuíram, que contribuem e que contribuirão para o desenvolvimento e aperfeiçoamento humano.

O dogma da Religião da Humanidade é a ciência. Também foram construídos templos e capelas onde são celebrados cultos elaborados à Humanidade. A religião positivista caracteriza-se pelo uso de símbolos, sinais, estandartes, vestes litúrgicas, dias de santos (grandes figuras humanas), sacramentos, comemorações cívicas e pelo uso de um calendário próprio, o Calendário Positivista (um calendário solar composto por 13 meses de 28 dias). O lema da religião positivista é : "O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim" (sôa familiar?)

Augusto Comte foi o criador da palavra "altruísmo", palavra que segundo o fundador, resume o ideal de sua nova religião. A idéia de uma unidade humana (moral, intelectual e prática) considera que o ser humano só poderá ser harmônico, coerente e, portanto, feliz, se puder manter uma unidade mental individual e, ao mesmo tempo, puder relacionar-se bem com seu meio. Para isso, precisa cultivar o altruísmo e manter idéias sintéticas; com isso, terá sentimentos e noções gerais que permitirão uma conduta generosa e esclarecida em suas atividades cotidianas, que tendem a ser egoístas e dispersivas.

A influência positivista no Brasil ocorreu de diferentes formas e lugares, desde a década de 1870 até meados do século vinte, mas estendendo-se até o século vinte e um. Entretanto, foi no Rio de Janeiro, entre o final do Império e a I República que o Positivismo foi mais notável no Brasil, desempenhando um papel central tanto no processo de Abolição da Escravatura quanto no de Proclamação da República. Além disso, a laicização do Estado e das instituições públicas foi uma das grandes preocupações dos positivistas, além da realização da justiça social e do progresso social. Nessas ações, os nomes mais conhecidos são os de Benjamin Constant Botelho de Magalhães (o "Proclamador da República") e o de Raimundo Teixeira Mendes, autor da bandeira nacional.

O modelo atual da bandeira Brasileira é um reflexo dessa influência na política nacional. Na bandeira lê-se a máxima política positivista “Ordem e Progresso”, surgida a partir do lema comteano: “O Amor por princípio e a Ordem por base, o Progresso por meta, representando as aspirações a uma sociedade justa, fraterna e progressista. Como não poderia faltar, fica a pergunta:

Alguém aqui é positivista?

Noreda Somu Tossan

Fontes: Discurso sobre o Espírito Positivo/Sistema de Política Positiva/Wikipedia

Comentários

Edson Moura disse…
Madonna! Confraternos, acatando a uma "ordem de nosso capitão Eduardo, tomei a liberdade de postar um novo artigo. Talvez não seja novidade para muitos de nós, mas procuro trazer à tona uma das Pseudo-religiões que mais esteve presente em nosso País. Desculpem-me pela extensão do texto, mas me vi obrigado a tentar trazer uma síntese não tão sintética do tema.

Abraços!
Levi B. Santos disse…
Caro Noreda

Tenho vagas lembranças de minhas leituras antigas sobre o Positivismo de Comte.

Já li sobre o que ele fala: uma fase ou período em que o homem passa pelo “fetichismo” (onde tudo que se passa na psique ele atribui a seres naturais), que se segue a uma fase Politeísta, onde o que se percebe no imaginário é atribuído a seres invisíveis de um mundo superior. Por fim vem a fase Monoteísta, onde o homem engloba todas as divindades em uma só.

Não sei, mas acho que Freud deve ter apreciado bem o pensamento de Comte, uma vez que foi ele quem prenunciou a presença de um estágio humano em que o “poder espiritual” iria ser melhor dissecado pelos estudiosos e cientistas. (rsrs)
Levi B. Santos disse…
Noreda


Gostaria de tecer ligeiras considerações sobre a influência de Auguste Comte em Freud:

Em Comte já existia a semente da psicanálise que seria mais tarde criada por Freud. Veja alguns conceitos da teoria de Comte e suas correspondências na psicanálise:

Instinto Nutritivo (de Comte) – Instinto de Conservação (Freud).

Instinto Sexual (de Comte) — a Libido. Essa força ou instinto sexual, não se apresenta consciente devido à "repressão" que a torna inconsciente ( Freud)

Instinto Militar ou Destruidor (de Comte) — Pulsão de Morte ou “Tânathos”(em Freud)

Instinto Construtor (de Comte) ― Pulsão de Vida ou “Eros” (em Freud)
Noreda Somu disse…
Muito bem observado Levi meu mestre Bronzeado. Desconfiava que havia uma semelhança dos pensamentos de Comte com os de alguns outros grandes homens, só não pude traçar este pararalelo que você, logo de cara traçou, nem poderia, pois, quando eu nasci você já era um expert em Freud, Jung e Lacan.

Interessa-me muito deslizar este tema para o mundo psicanalítico, talvez seja uma maneira interessante de fugir do viés religioso que, "inconscientemente" acabei dando ao artigo.

Estou de saída agora, para assistir a um filminho no cinema, mas ainda hoje pretendo voltar a esta sala para ver o que os demais confraternos têm a dizer sobre a temática proposta.

Ps. Eduardo, ainda hoje vou responder ao seu comentário lá no "Outro Evanhgelho".

Abraços à todos
Ótimo tema que você levantou, amigo!

Meu falecido avô paterno, oficial de artilharia e ex-aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro e da antiga Escola Militar de Realengo (posteriormente transformou-se na AMAN de Rezende), foi adepto do positivismo e recebeu influência de professores positivistas. E um de seus mestres foi o general Góis Monteiro.


"Entretanto, foi no Rio de Janeiro, entre o final do Império e a I República que o Positivismo foi mais notável no Brasil, desempenhando um papel central tanto no processo de Abolição da Escravatura quanto no de Proclamação da República."

E devemos acrescentar também a era Vargas. Aliás, foi com o varguismo que o positivismo terial alcançado o seu ponto mais alto dentro da história brasileira a meu ver. Ali, muitos deles estavam no poder, sem tê-lo que dividir com a emburrecida aristocracia rural. Porém, apesar da forte presença do positivismo no meio militar e dentro do governo de Getúlio, acho que seria injusto culpá-los pelo golpe do Estado Novo em 1937.

Em geral, os positivistas não chegaram a assumir que eram seguidores de uma nova religião. Eles, na prática, não se interessavam muito por ir à missa. E fizeram mais progresso no campo das ciências, completando o trabalho de separá-la da religião. Mas, com o tempo, foram se tornando limitados já que a Realidade não pode ficar restrita ao que pode ser tocado ou percebido pelos sentidos humanos.

Penso que o positivismo acabou sendo atacado não só pela religião cristã, mas também pelas forças de esquerda, sobretudo de orientação marxista e pelos liberais. Isto porque o positivismo tem uma visão conservadora voltada para a moral. Logo, os grupos que propunham profundas mudanças sociais viam no positivismo um impedimento à concretização de seus objetivos.

Embora vovô tenha sido um admirador do positivismo, papai foi um marxista ateu e eu um crente amante da Teologia...
No campo das ciências jurídicas, vejo hoje o positivismo como um impecilho e que tende a se tornar ultrapassado.

Na pirâmide de Kelsen, a Constituição ficava no topo, estando acima das leis e estas das demais normas. E, assim, as decisões judiciais passaram a depender bascimente do direito positivo, da legislação escrita. Ou seja, o juiz tornou-se um mero aplicador das normas positivadas e não daquilo que podemos chamar de Direito.

Contudo, o Direito atual segue uma nova visão que muitos questionam. Busca-se hoje a concepção de um ordenamento jurídico de cláusulas abertas. Logo, a aplicação do Direito tornou-se dependente de uma busca principiológica do intérprete. A letra não mais determina a soculção para o caso concreto. Dispositivos constitucionais são alargados e reinterpretados à luz da realidade. As constituições deixam de ser leis rígidas para se tornarem Cartas vivas, expressando um Direito que eu considero metafísico.

A crítica a esta visão moderna é que os magistrados acabam dando as soluções que bem entendem aos conflitos, mesmo contrariando o texto normativo, o que pode gerar insegurança jurídica no meio social. Porém, o mais perigoso a meu ver é o engessamento do Direito porque nos leva a um conservadorismo emburrecedor que impede uma aplicação do Direito que se aproxime mais das necessidades sociais.

Posso dizer que não tenho hoje quase nada de positivismo, apesar do meu texto "Um manual de vida para o brasileiro do século XXI", publicado em 14/09/2011, aqui na Confraria, apontar parea a necessidade de se escrever um tipo de bíblia secular que sirva de orientação para as pessoas. Uma bússula. Com isto, eu entendo que, apesar da letra não ter que nos aprisionar, ela continua sendo importante. Ou seja, vale a pena ter leis, desde que a sociedade não se deixe escravizar pelo que está escrito.
Finalmente não posso deixar de reconhecer que os positivistas fundadores da República brasileira deixaram uma rica herança hoje esquecida pela sociedade brasileira.

Devemos a eles e também à Maçonaria o rompimento do Estado com a religião católica (até o fim da Monarquia o Brasil teve religião oficial e a presença capilarizada da Igreja através de um poder paroquial infra-municipal). E estas mudanças foram de grande avanço!

Mas o que faltou para que o sonho dos positivistas se concretizasse?

Primeiramente eles enfrentaram como adversários os antigos barões do café que se tornaram os "coroneis" da República Velha. Tão logo os militares Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto deixaram o póder, a aristocracia rural passou a comandar o regime que passou a se chamar de "república do café com leite". Logo, as ideias dos pais da República acabaram não sendo postas em prática. Faltaram escola para o povo e a assimilação de princípios. A sociedade brasileira da época era essencialmente rural e o positivismo desenvolveu-me mais nor grandes centros urbanos. Tanto no Rio, que era a capital do país, como em cidades maiores tipo Porto Alegre, São Paulo, Maceió, etc. Aliás, o próprio avô do Collor foi um influente positivista do Alagoas.

Hoje fico a pensar que, se os positivistas tivessem saído um pouco do elitismo intelectual e elaborado uma bíblia secular, talvez tivessem tornado a República algo mais real e do povo. Aliás, o próprio termo República vem do latim res publica e significa "coisa pública". Ela, em tese, deveria ser a forma de um regime vivo e construído pela participação tal como consta no nosso hino. Aliás, este é um dos trechos que mais aprecio na letra de Medeiros e Albuquerque (1867 - 1934) que é um incentivo para que o brado do Ipiranga se torne uma realidade na nossa nação pela ação dos brasileiros:

Do Ipiranga é preciso que o brado,
Seja um grito soberbo de fé,
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia pois, brasileiros, avante!
Verde louros colhamos louçãos,
Seja o nosso país triunfante,
Livre terra de livres irmãos!
O Provocador disse…
"Talvez Comte, em suas mais abusrdas divagações, sequer cogitasse o caos social que o futuro reservaria à humanidade. O mundo contempla a regressão da vida terrena, com os mais variados e intensos problemas sociais. Nem vou perder meu tempo citando-os aqui, acredito que todos neste site já sabem. O que se pode fazer é apenas refletir sobre os mesmos.

A essência positivista está embasada no empirismo, ou seja, na busca de respostas não fantasiosas às variadas indagações sociais. Séculos passaram-se e, pelo “andar da carruagem”, passarão e não acharemos o Oasis do deserto ignorante que nos cerca. De onde viemos? Por que estamos aqui? Pra onde vamos quando nossos corpos se decomporem?"

O Provocador
Eduardo Medeiros disse…
noreda, ótimo tema.

rodrigo, que rico comentário, uma aula de história.

sabemos que como sistema de pensamento(elitista, sim, pretensioso, também) que quis impor-se como o último passo da evolução do pensamento positivismo já está superado há tempos.

quanto à religião positivista cujo papa era comte, vou repetir o que disse alguém, comte oferecia ao mundo tudo do catolicismo exceto o cristianismo. comte retirou de deus seu papel como objeto de adoração metafísica e colocou no seu lugar, o deus-humanidade-imanente. mas se for para adorar alguma coisa, prefiro adorar ao mistério que fez possível a existência; ao mistério que foi capaz de gerar seres materiais conscientes com a capacidade de "se olharem de fora" e de nomear a realidade mesmo sabendo que aquilo que ele observa não é exatamente aquilo que ele vê.

creio que precisamos dar mais atenção ao monismo idealista do que ao monismo materialista. voltar-nos um pouco ao "penso, logo existo"; sem consciência, sem existência. sem mente, sem matéria. mas a partir da mente, matéria-consciente.
guiomar barba disse…
Noreda, me explique rsrs "Espírito positivo é maior e mais importante que a mera cientificidade, na medida em que esta abrange apenas questões intelectuais e aquele compreende, além da inteligência, também os sentimentos (ou, em termos contemporâneos, a subjetividade em sentido amplo) e as ações práticas."

“Toda a religião que manifeste preocupação pelas almas sem se preocupar com as condições econômicas e sociais que as destroem ou abafam, é apenas, como dizem os marxistas, uma espécie de “ópio do povo”. Luther King.
Levi B. Santos disse…
“Embora vovô tenha sido um admirador do positivismo, papai foi um marxista ateu e eu um crente amante da Teologia...”


Rodrigão


Refletindo sobre o trecho acima, retirado de um de seus comentários:

Entendo que a percepção do “sentimento religioso” ― O Re-ligare, varia de acordo com a subjetividade do sujeito e existe (inconscientemente) em todas as esferas do relacionamento humano: na Família, no Comunismo, no Cristianismo, no Budismo, no Marxismo e em outros ISMOS.

O sentimento utópico que invadia constantemente a sala de visita mental de Comte continua a se expressar aqui mesmo na nossa Confraria, exteriorizada através de ideais utópicos de um mundo mais justo. Senão vejamos o que os dicionários definem como Confraria:

“comunhão • comunidade • congregação • irmandade • sociedade”

É importante observar que tanto o amante da Teologia, como o amante da Filosofia, como o amante do Ateísmo e outros “ismos” têm a “Justiça social” como ponto comum de sua “crença” ou “descrença”. (rsrs)
Positivismo não passa de um conceito onde alguns protagonistas quizeram transformar em òpio.

O Levi definiu muito bem em seu últimocomentário.

"É importante observar que tanto o amante da Teologia, como o amante da Filosofia, como o amante do Ateísmo e outros “ismos” têm a “Justiça social” como ponto comum de sua “crença” ou “descrença”. (rsrs)"
Renacentismo, iluminismo, positivismo....
Caro Levi,

Realmene o "Re-ligare" não depende dos nossos ismos. E, como disse um conhecido no Facebook, mais importante do crer em Jesus é ter a fé de Jesus. E cada vez mais percebo que a fé está bem acima do que meramente acreditar em algo.


"quanto à religião positivista cujo papa era comte, vou repetir o que disse alguém, comte oferecia ao mundo tudo do catolicismo exceto o cristianismo. comte retirou de deus seu papel como objeto de adoração metafísica e colocou no seu lugar, o deus-humanidade-imanente" (Eduardo)

Apesar de não seguir o positivismo, observo que de certo modo foi positivo este foco no ser humano, dando-lhe importância, o que, historicamente, foi uma evolução em continuidade ao Iluminismo.

Abraços.
"O sentimento utópico que invadia constantemente a sala de visita mental de Comte continua a se expressar aqui mesmo na nossa Confraria, exteriorizada através de ideais utópicos de um mundo mais justo." (Levi)


Hei de considerar que a ideia de uma "religião" mais universalista e quem sabe até mais secular iria ajudar o nosso país. Na verdade, esta "religião" não precisa nem de templos ou da aparência de igreja. Ela deve ser construída dentro da realidade aberta, sem o dualismo criado pelo homem. Deve ser criada a partir da nossa vida em comunidade na busca de um bem comum e da realização de ideais elevado.

De qualquer modo, faço a indagação já abordada num outro artigo se uma "bíblia" secular não se tornaria relevante?

Um abraço a todos!
Eduardo Medeiros disse…
levi,

fiquei de lhe mandar um texto para publicação mas não consegui escrevê-lo; peço que a minha vez seja passada adiante.
Levi B. Santos disse…
O Edu não postando, a vez agora, é da confrade Elídia.
Hubner Braz disse…
Edson o positivismo não é a minha praia... na verdade, graças ao seu post soube um pouco mais sobre essa filosofia.

Levi, se ninguém postar até está noite, quando eu chegar do trabalho postarei um texto.

Regards confraternes!!!