Não importa o que fizeram de mim...


Era uma família humilde.

Sua mãe quase não conversava ou saía à rua.

Seu pai era apenas um homem comum.

Ele por sua vez não se limitava às rotinas diárias e "mundanas".

Não se preocupava com compromissos sem sentido e que apenas o mantinham vivo.

Comia apenas o necessário para mais um dia de vida.

Não concordava com a obsessão por esta vida que não lhe trazia o principal.

Esperanças iam se desfazendo ao seu redor, ele via isto nos rostos dos amigos e familiares.

Liberdade não mais se esperava.

Certo dia se enche de tudo e propõe uma alternativa: "Deixemos de nos preocupar com nossos umbigos e passemos a nos preocupar com a comunidade". Ouvira falar de Confúcio de Sócrates, alguns pensadores de  outras culturas. Ouvira sobre a mitologia e não entendia porque o medo do Hades.

Ele não acreditava em uma vida pós morte, apenas tentava transformar esta crença em algo bom para o hoje.

Ele trabalhou no consciente de seu povo para tentar transformá-los de "guerreiros por uma vida melhor" em 

"cidadãos para uma vida melhor".

Tudo ia bem, as pessoas gostavam de ouvir suas belas frases e ensinamentos.

Até que os líderes do pedaço resolveram dar um fim em suas idéias.

Ele foi morto, mas não negou seus ideais, assim como ouvira falar de um tal de Sócrates.

Seus seguidores não aceitaram tal fato.

Sobraram meia dúzia deles entre homens e mulheres.

Eles se reuniram e decidiram transformar seu líder em um mito.

Primeiro decidiram sobre a ressurreição, discutiam entre si: 
"Não dizem os egípcios que Hórus ressuscitou?"
"Não dizem os persas que Mitra ressuscitou?"
"Muitos acreditam nestes mitos, então porque não anunciarmos que ele ressuscitou?"
"Podemos pegar um fato de cada um destes deuses e dizermos que ele também os fez."
"O que vocês acham? Baco, o deus do vinho fora venerado pelas festas, podemos dizer que nas festas que ele ia até a água era transformada em vinho, ele será um tanto superior a Baco."
"Hórus foi tentado no deserto, ele também fora."
"Eu não posso acreditar que dedicamos tudo a ele e de fato tenhamos ficado na mão."

E assim foi, começaram a espalhar pela cidade o fato da ressurreição, fato este que passou a ser crido por muitos.

A cada encontro, a cada reunião, aqueles poucos homens que começaram isto tudo contavam como fora "milagrosa" a presença daquele que foram morto.

Diziam coisas lindas, belas e incríveis que nunca aconteceram.

E assim, os olhos daqueles que esperavam pelo messias brilhavam de tal forma que dariam suas vidas por um pouco deste paraíso.

A trama estava montada, restava um tempo de sobra para registrar o que fora divulgado no meio daquele povo.

E assim os registros foram feitos não em cima de uma história real, mas em cima das histórias que foram sendo construídas sobre sua personagem.

Qual a culpa dele nisto tudo? Nenhuma. Tudo aconteceu quando ele já estava morto.

O que ele poderia dizer hoje se estivesse vivo? 

"Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim" (Sartre)

Evaldo Wolkers.

Comentários

Anônimo disse…
Pessoal,

Como eu disse estou sem tempo, então, desculpem se fui muito superficial.

Edu, espero que não tenhas o texto como sem fundamento ou infantil.

Se deixares de lado sua mente crítica e buscares o sentido do texto irás identificar muitas maravilhas ocultas e místicas neste escrito.

Se por outro lado não conseguir interpretar conforme o pensamento do escritor não o julgue porque já devem ter passado pelo menos cinquenta minutos da existência do texto, o que de fato é ruim para um leitor interpretar o que o escritor queria expressar à cinquenta minutos atrás.

Existe por trás deste texto uma mística quanto à numerologia, quantidade de vogais, consoantes, parágrafos. Sua leitura de trás pra frente também revelará muitas coisas que a mente humana não consegue alcançar sem um isolamento e alcance dos espíritos dos deuses nórdicos.

Um grande abraço,

Evaldo Wolkers.
Eduardo Medeiros disse…
Estou procurando os esquemas matemáticos mas ainda não os encontrei. Acho que fui ludibriado ou então, os esquemas estão além da minha percepção. Valha-me Thor, valha-me Odin...

hubianamente falando, volto depois por que aqui em casa está em obra e tudo está um caos. Mas como você sabe e o autor do Gênesis também sabia, a ordem só pode vir do caos...
Levi B. Santos disse…
EVALDO

“Existe por trás deste texto uma mística quanto à numerologia, quantidade de vogais, consoantes, parágrafos. Sua leitura de trás pra frente também revelará muitas coisas que a mente humana não consegue alcançar sem um isolamento e alcance dos espíritos dos deuses nórdicos”.

Antes de tecer comentários sobre o teu inspirado ensaio “evangélico” (boas novas para uns ou más notícias para outros), eu quero dizer que o trecho acima do teu comentário N° 1, foi motivo de gargalhadas de minha parte.

Não esperava rir tanto com tua veia irônica.

Mas o Eduardo vem aí para te massacrar. Espera um pouco... (rsss)

Volto mais tarde...
Guiomar Barba disse…
kkkkkkkkkkk Antes de terminar o texto eu já sabia a autoria.

O verdadeiro Messias é inconfundível. E quer você acredite ou não, os seus olhos o verão quando Ele voltar em glória, meu querido Ev.

Beijão.
Levi B. Santos disse…
EVALDO


Já que você trouxe o fenômeno RESSUREIÇÃO à baila, eu gostaria de dizer que esse é um tema muito debatido entre crentes e “hereges”. Eu não conto as vezes em que fiquei ao redor de uma mesa com crentes tomando coca-cola e eu e mais outros hereges bebendo cervejas, discutindo por horas seguidas esse fenômeno.

Num desses encontros em uma churrascaria, eu me lembro bem, a esposa de um pastor já cheia dessa discussão (você sabe que, geralmente, "mulheres crentes" não gostam desses papos bíblicos prolongados) disparou em alto e bom som:

“Já pensou se fosse tudo mentira, e Cristo não tivesse ressuscitado?!”

Meu amigo, baixou um silêncio sepulcral após a pergunta da crente. Os que tinham cargos eclesiásticos ficaram sem fala e de olhos arregalados, olhando para dita mulher com ar de reprovação.

Mas aí, para desanuviar o ambiente eu saí com essa (rsss):

Para mim, irmã fulana, não interessa saber se Cristo foi ou não foi ressuscitado, o que interessa é que a mensagem que ele deixou está fazendo efeito em mim até hoje. Por isso eu posso dizer que pra mim ele está vivo, pois sua Palavra funciona...

Meu amigo, eu não estava preparado para reação eclesiástica. Um deles disse: “Taí Deus falou pela burra de Balaão”. Outro disse: “Foi Deus que te deu essa resposta, e não poderia ser outra!”. Ainda vi um com o lenço no nariz se espremendo de emoção fazendo um “issssssssssssssssss”, mas não saiu a tal da língua estranha não (rsss).

Depois de todos ficarem mais calmos, eu disse para o irmão que me chamou de burra de Balaão:

“Se Deus falou por uma burra, é porque não tinha nem um crente aqui em condição de falar por Ele. Será que vocês não estavam em pecado e só eu fui agraciado por Deus para dizer a verdade?.

Depois de assim falar, dei uma boa gargalhada, e pedi uma bem geladinha para refrescar os neurônios (kkkkkkkkkkk)

P.S.: O certo é que a emblemática pergunta da irmã em Cristo foi providencial, nesse dia, para animar o debate sobre "ressureição".
Esdras Gregório disse…
Putz Evaldo sua “teoria” é tão simplória que você me faz acreditar de novo na ressurreição rsrs

Eu já disse era bem mais fácil ele não ter morrido de imediato naquele dia de crucificação e depois ter morrido em um deserto ou em outro lugar qualquer, e os discípulos deslumbrados e entusiasmados terem interpretado o acontecei mento como uma ressurreição.

Mas de qualquer jeito temos que assumir que qualquer teoria é ridícula para tentar des-provar algo feito com tanta convicção e empenho por parte de quem supostamente estariam enganados ou mentindo.

Recriar tal historia é muito difícil, meu coração quer crer, mas minha mente não concebe simplesmente por não creditar em nem um homem e não ver nada de nobre em caras como Pedro, Paulo e Tiago.

Acontece que eu não tenho uma visão romântica de como aconteceram as coisas, interpretando o passado com base naquilo que vejo da crendice dos crentes e astucia religiosa do lideres, ou seja os primeiros cristão eram tão crédulos como os crentes e os discípulos tão “desonestos” e burros como os melhores pastores de hoje, e por isso alguma coisa aconteceu e eu não sei o que foi, e com se na amostra de crentes que temos hoje para comparar como os cristão primitivos deduz-se que a ressurreição não aconteceu.
Hubner Braz disse…
Evaldo quer dizer que a Ressurreição é um mito... Não acredito que seja um mito...

Eu já vi o meu cachorro ressuscitar, ele era do tamanho de um Puldo, até agora não sei qual era a sua raça, mais chamavámos carinhosamente de "Tobi". E um belo dia o Carro passou por cima dele, ele ficou imóvel, vumitou sangue e chorava de dor.

Meu irmão mais novo vendo aquilo, pediu para o meu pai orar. Meu pai sabia que ele iria morrer, mais aceitando a "ignorância" do meu irmão, meu pai orou junto com ele e comigo. É isso mesmo, eu orei também.

Ele ficou estendido morto perto da maquina de lavar. Mas na manha seguinte, para a surpresa nossa, quando abrimos a porta da cozinha, estava ele lá, balançando o rabo em forma de agradecimento.

Eu pensei em meus botões, ele tem que agradecer a ignorância do meu irmão e ao Deus vivo que deu mais uma vida para ele.

"Se o meu cachorro ressuscitou, qualquer um poderá ressuscitar, dependerá da fé de cada um".

Abraços Evaldo seu atrasadinho...
Hubner Braz disse…
Ah... Dudu, já ia me esquecendo... Obrigado pelo hubiliano, vou dormir, amanha voltarei para discursar...

Abrçs
Anônimo disse…
Hubner, tu és retardado. Definitivamente...
Anônimo disse…
Edu, tenho que dormir, mas, vou te dar uma idéia do segredo oculto do texto partindo da quantidade de caracteres das três primeiras frases, existem muitas outras informações além destas que vou te passar.

Vou apenas falar da relação do texto com a vida, o universo e tudo o mais, isto se tratando dos três primeiros parágrafos apenas:

“Era uma família humilde.”
24 caracteres (contando espaços), que, ao contrário é 42, a resposta para a vida, o universo e tudo o mais.

“Sua mãe quase não conversava ou saía à rua.”
42 caracteres (com espaços, sem o ponto).

“Seu pai era apenas um homem comum.”
34 caracteres (com espaços e o ponto), invertendo vira 43, retire o ponto e temos o que? 42.


Levi, meu ensaio não é evangélico, pelo menos não era esta a intenção. Eu coloquei Jesus como um amigo da mitologia grega e um não crente em místicas como o Edu e, em seguida fiz com que todo o resto fosse uma manipulação e ainda assim pareceu crente? Bom, realmente eu escrevi meio correndo, rsrs.

Guiomar, Meus olhos não o verão quando ele voltar em glória, uma porque meus olhos não são eternos, os mesmos irão apodrecer embaixo da terra, duas que ele não vai voltar em glória porque Hórus virá antes e me levará para os paraísos Egípcios, ou então Alá me levará para transar com virgens eternamente onde meu órgão genital ficará para sempre ereto (já escrevi isto antes em outro post, rsrs).

Gresder, muitas pessoas negam sua pobreza mesmo sendo pobre, porque não aceitam a realidade, assim, os poucos discípulos tinham que bolar um plano para não passarem por trouxas, eles não queriam assumir a morte de seu mestre, então deu no que deu. Meia dúzia de malucos que mudaram o mundo não com a história de um homem como você mesmo já disse em outro comentário, mas com um conteúdo mesclado de histórias.

Não existem palavras de Jesus como Levi mencionara, na realidade existem palavras de diversos outros personagens que, na época atribuíram a Jesus criando uma enciclopédia.

Hubner, primeiro seu carro anda sem gasolina, depois seu cachorro ressuscitou. Fala sério. Ele não ressuscitou porque ele não morreu. Provavelmente ele ficou desacordado. E tem mais, a ressurreição do teu cachorro não valeu porque no dia seguinte ele estava de pé e não em 3 dias. Cuidado Hubner porque depois de tantos milagres pode ser que você engravide do Espírito Santo, nada é impossível para Jeová, ele pode criar um útero em você e te engravidar porque não há servo como tu neste mundão de Zeus.

Evaldo Wolkers.
Hubner Braz disse…
Evaldo essa é a pura verdade... Ele estava cuspindo sangue, talvez ele tenha perfurado o pulmão ou coisa assim...

E outra coisa... Foi o pedido de uma criança... E quando uma criança manifesta a sua pureza, temos que admira-las... pois dos tais é o reino de Deus.

E mais uma... Coloquei pela "Ignorância" Platão falou um dia o que seu mestre ensinou... "Só sei que nada sei"

Então... Meu cachorro pode até não ter demorado 3 dias, mais sei que houve um milagre, ou seja, uma manifestação de maravilhas.

Ele ressuscitou.
Hubner Braz disse…
ISA,

Talvez você nunca passou por essa experiência, mas eu passei por várias que tu não passaste e concerteza tu passou por outras experiências que eu não passei.

Então, estamos empatados. E outra coisa.... Essa história foi real, pode perguntar ao meu irmão e ao meu pai...

Sei que no fundo o Evaldo crê em mim... rsrs.

Tenham bons sonhos angelicas.
Anônimo disse…
Hubner,

A morte de um animalzinho de estimação é benéfica para uma criança porque a prepara para lidar com mortes de parentes próximos como pais e irmãos.

Aqui em casa tínhamos dois cachorrinhos, meus filhos nunca tiveram, eu peguei dois, em dois meses eles morreram. Um deles tinha uma bactéria que passou para o outro, ambos tiveram lesões cerebrais e ficaram vegetando. Ao contrário de pedir uma ressurreição eu paguei uma eutanásia. Foi triste, nossa casa ficou em prantos, mas, percebi que meus filhos aprenderam a lidar com a morte e, inclusive se eu morrer eles vão lembrar do que conversamos neste dia.

Creio que seu irmãozinho passou a noite chorando, ou seja, ele sofreu pela morte que não aconteceu e vai chorar novamente quando acontecer.

Do jeito que Jeová é sarcástico eu posso até acreditar que ele ressuscitou teu cachorrinho só pelo prazer de ver seu irmãozinho chorando duas vezes pela morte do mesmo animal.

Tem outra explicação, seu cachorrinho pode ser filho do cão, afinal de contas, o cão não morre.

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Levi B. Santos disse…
Aqui pra nós, já vi muitas histórias de milagres extravagantes na blogosfera gospel, mas essa da ressurreição do cachorro bateu todos os recordes.(rsss)

Tenho pra mim, que o Hubner, usou a sua veia humorística, de propósito, para fazer todo mundo rir.
Levi B. Santos disse…
EVALDO

Sobre seu texto, eu escrevi que era "evangélico" entre aspas, apesar de ver nele " umas boas novas" que eu não sabia (rsss)

Mas você me surpreendeu no comentário que fez para o Hubner, dizendo que o cão (capeta) não morre.

Ou você foi traído por seu inconsciente, que de uma forma indireta profetizou que no fundo, no fundo, você acredita na vida eterna?!

Lembre-se de que nos evangelhos, Cristo, de forma figurada, disse que não é lícito dar o pão dos filhos aos cachorrinhos (os humildes e pobres de espírito)

Como a linguagem do inconsciente é metafórica, ele pode, por um descuido na sua fala anterior, ter externado uma verdade: a de que os cachorrinhos(gente humilde e sem posses)têm a vida eterna, e não entrarão mais em condenação.(rsss)
Anônimo disse…
Levi,

Quando me referi a "cão" na verdade me referi a "capeta", "diabo", "carcará", "coisa ruim", esse bichinho que não morre nem a pau.
Ele está presente mais do que nunca no inconsciente daqueles que se dizem religiosos.

Na verdade o cão reina supremo e poderoso até o dia que será destruído por aquele que o criou.

Aí voltamos ao começo de tudo, criou para destruir, rsrs.

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Hubner Braz disse…
EVALDO,

Você cometeu um erro #FAIL em dizer: "Creio que seu irmãozinho passou a noite chorando, ou seja, ele sofreu pela morte que não aconteceu e vai chorar novamente quando acontecer."

O meu irmãozinho já tem 20 anos e sabe muito bem definir o que é morte. E olhe que eu sempre tenho falado pra ele que existe três tipos de morte. Que das quais são, morte fisica, morte espiritual e morte eterna.

Mesmo sabendo que nós nunca iremos morrer, nem o "CÃO" ira morrer, mais morará no caldeirão de fogo e enxofre onde é o verdadeiro inferno. Ele não está lá porque o inferno não foi inaugurado.

Mais no grande dia saberemos...

Hung's
Hubner Braz disse…
LEVi,

Poderia até usar o humorismo para que o EVALDO provasse do próprio veneno. Mas não usei... Isso aconteceu mesmo. Eu vi... Quando acordei da cama, lavei meu rosto, escovei os dentes... Vi ele pulando.

Mas uma coisa posso afirmar, depois daquele episódio, o cachorrinho melhorou o seu comportamento em 100%.

See you later Mestre Levi.
Eduardo Medeiros disse…
PRONTO EVALDO, teu texto foi às favas, pois a partir de agora o que importa é a ressurreição do cachorrinho do Hubinho...kkkkkkkkk

Ainda assim, obrigado por esclarecer os códigos numerológicos-geométricos-aritiméticos do seu texto. Fiquei extasiado com tamanho talento literário para esconder números atrás de letras!!!!!!!!

Mas voltemos ao que de fato importa: o cachorrinho do hubner. Não que o Hub seja um cachorrinho, vocês entenderam, né...?

Hub, um dia minha cadelinha loirinha Coker Speniel estava no cio e fugiu prá rua e um cachorrão negão de rua a pegou sem dó nem piedade. Mas ela, a safada, gostou, eu pude ver a carinha dela de satisfação...

Depois do ato amoroso profano eu orei, supliquei a deus para que ela não ficasse prenhe daquele coisa. Fiz a oração de fé e levei-a ao veterinário.

Mas o veterinário, em concluio com o Cão(hoje posso discernir )disse que não tinha jeito, ela iria ter filhotes enormes, feios e talvez morresse no parto.

Conclusão: mandei o veterinário castrá-la de vez impedindo assim que a abominação da mistura entre a cadelinha da linhagem sagrada e o Cão da linhagem ímpia nascessem e se tornassem tal como os Nephilins...

Mas Hubinho, depois que o Tiririca foi eleito o mais votado deputado do país, eu acredito em qualquer coisa, até em ressurreição de bichinhos...

Ev, teu texto é sobre o quê mesmo...???????
Eduardo Medeiros disse…
ISA, PRIMO MEU, ONDE ESTÁS? POR QUE ESSA DISTÂNCIA TODA DESTA CONFRARIA QUE VOCÊ AJUDOU A CRIAR? VOLTE, VOLTE PARA O SEIO DA SUA OUTRORA AMADA CONFRARIA, ELA ESTÁ TE ESPERANDO, DEPENDENTE DOS TEUS RICOS E SÁBIOS COMENTÁRIOS.

Se você não ouviu, vou falar com eco:

PRIMO...PRIMO, IMO, IMO, MO...ONDE ESTÁS...ONDETÁS...ESTÁSS....TÁSS...VOLTA...VOLTA...OLTA...LTAA...NÓS TE AMAMOS...OSTEMAMOS...TEAMAMOS..MAMOS...MAMOS...
Eduardo Medeiros disse…
EV, mas você acredita na historicidade de Jesus de Nazaré?
Hubner Braz disse…
DUDU, fiquei de olhos esbugalhados igual na foto do NOREDSON sobre está tamanha atrocidade cometida pelo cão negro.

Como pode, ele pegou ela de jeito e mesmo assim ela gostou... isso só é explicado por uma linhagem de pensamento, pensamento esse de das atitudes e instintos são de natureza animal e é quase inevitavel impedir que essa natureza venha a tona.

Mas como você pediu para castrar a cachorrinha, ela nunca mais sentirá o prazer de dá. Pelo menos ela provou uma vez.

Agora sobre a parte dos Nephitns, eles nasceram mesmo??? fiquei curioso...

AbrXs
Unknown disse…
Esse Jeová, sempre de brinks com a galera. Veja só, milhares de crianças morrem todos os anos de doenças terríveis, suplicando por misericórdia, mas Ele nada faz. Só que ele não aguentou ver o cachorrinho lá chorando, e teve que ressucitá-lo! Oh, como é misericordioso!

Talvez deles seja o Reino, não?
Hubner Braz disse…
É mesmo ISA, volta logo!!!

Iniciarei a Campanha "ISA volte a comentar".

Queremos os seus comentários aqui e de todos os confraternos. Tudo bem que, aquele que tem o poder de cobrar um comentário é o DUDU, pois ele está em todas as postagens e cheios de comentários.

Esperarei you (Você em inglês) Até...
Hubner Braz disse…
BiLL para de ser tramatico, parece que você mora na africa.

Sempre vem com o mesmo comentário, que tem uma profunda coincidência com os comentários do MARCITTO. Só pensa nos milhares... e pelo jeito não faz nada para melhorar...

Recomendo que você ligue a televisão e assista o TeleTon, doe alguns valores... pois pelo menos lá nós sabemos que o dinheiro será bem investido.

E por último, acredite na Ressurreição, porque se um cachorro foi ressuscitado, ainda mais um homo sapiens. Jesus é Deus, ele tem o poder de tirar a vida e o poder de dá a vida. Ele ressuscitou.

Acredite por fé, e não por vista, mesmo porque você não tem 2000 anos.

Abraços
Hubner Braz disse…
Confesso que a última frase é de tamanha relevância discutiva... irei descorrer dela ainda.

"Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim" (Sartre)

Vou indo pessoal, tenho que trabalhar, depois voltarei lá do serviço...

Abraços
Unknown disse…
Hubner, existe sim ressurreição. Os médicos fazem esse procecimento constantemente, e acontece vez ou outra em hospitais. Não há nada mágico, apenas é interessante que um corpo pare de funcionar, ou aparente, mas consiga retornar à vida, às vezes sozinho, outras com a ajuda de aparelhos.

Segundo. Suponhamos que Jesus tenha existido mesmo, fisicamente, o quê duvido, mas vamos supor. Daí que ele morreu na cruz, e ressucitou depois. Ok, já vi casos assim, de pessoas ressucitarem já no necrotério, acontece.

Mas, onde está Jesus agora, fisicamente? Ah, ele não está aqui, né? Ora, se uma pessoa não existe mais fisicamente, ou seja, se seu CORPO feito de carne não está mais entre nós, significa que ele MORREU de novo.

Ou seja, mesmo que um personagem chamado Jesus tenha morrido e ressucitado a 2000 anos atrás, isso não quer dizer nada, pois ele morreu de novo, como todo ser humano. Se ele tivesse vivo até hoje, aí sim a coisa seria diferente.

E não venha com o papo de que ele está "vivo em espírito", pois isso não existe. Primeiro tem-se que provar que existem espíritos, segundo que VIDA para nós é um conceito especificamente biológico, e não metafísico.

E sobre as crianças, eu não fui à Africa. Aqui no Brasil mesmo, crianças morrem de câncer, pessoas inocentes morrem atropeladas, gente fica soterrada e clama por misericórdia, mas nada têm.

E outra, mesmo na mitologia cristã, não está claro que Jesus seja Deus, pois ele ora afirma que é, ora afirma que não é.
Eduardo Medeiros disse…
Hubinho, a Juju(minha cadelinha tarada)não pariu nenhum descendente misturado, graças a deus. Mas ele já tinha posto no mundo até aquele momento uns 15 filhotinhos fofinhos no mundo...
Eduardo Medeiros disse…
corrigindo: "mas ela já tinha posto no mundo..." e não "ele", assim deu a entender que foi deus quem pariu os cachorrinhos...misericórdia, que blasfêmia!
Eduardo Medeiros disse…
BILL, arcanjo do mal, até parece que antes de você cair nas garras do ceticismo radical você não foi um bom cristão. Não leu o catecismo não?

Jesus ressuscitou em um corpo glorificado com o qual subiu aos céus onde assentou-se a destra de Deus e de lá virá julgar os vivos e os mortos.

Prepara-te Bill para encontrares com teu Deus!!!!!!
Esdras Gregório disse…
Evaldo sua teoria de invenção de uma historia é muito fraca, preste atenção, repense sem vaidade de reconhecer que é difícil de saber o que aconteceu.

Da ultima vez eu disse que os cristão modernos são a amostragem para a gente saber como aconteceu.
Por exemplo, o cachorro do Hubner tinha um cachorro que “morreu” e que foi ressuscitado naturalmente, preste atenção que eu disse: foi ressuscitado e não que ressuscitou, é bem diferente, mas como hubner e toda família Saura acredita em ressurreição, logo eles não inventaram uma historia enganosa de ressurreição, mas se alto enganaram por causa do ressucitamento do cachorro.

O que eu quero dizer é que realmente Jesus foi ressuscitado e não que ele ressuscitou, e isto foi a base de alto engano dos discípulos que depois de Jesus ter se retirado para morrer longe dos seus, eles apenas interpretaram os fatos como milagrosos e não como acontecimentos perfeitamente possíveis, já que Jesus foi dado por morto muito cedo e possivelmente ele tenha recobrado seu animo no outro dia, mas muito fraco e ferido morreu alguns dias depois. Sem contar que Pilatos não queriam matar Jesus, e que por isso não deixou que os caras quebrassem seu ossos etc , facilitando assim um possível ressucitamento.

Oras para quem quer crer, uma nuvem do tamanho da mão de um homem é uma tempestade a caminho. Ainda mais interpretar m ressucitamento natural como ressurreição espiritual.

Se o Hubner quis acreditar em uma ressurreição do cachorro sem averiguar o que realmente aconteceu, para não “duvidar do senhor no seu coração” ajunte o entusiasmo dos discípulos como o temor de serem tidos por Deus como incrédulos e temos uma ressurreição.

Ta vendo como sua interpretação é bem mais maliciosa e a minha mais próxima da realidade, tão próxima como a distância insignificante que internet te separa do Huber (a amostragem dos cristãos primitivos).
Esdras Gregório disse…
Entendeu agora?

Ajunte quinhentos Hubner com acontecimentos incomuns (mas naturais) e temos facilmente uma ascensão aos céus.

Agora ajunte mais “dois milhões” de hubner que para o mar se abrir é fácil fácil.

Tudo é possível ao que crê! Essa é semente lembre-se que a fé traz s a realidade coisas que não são. Todos os mundos são possíveis na mente humana de forma que os homens nem sempre precisam inventar Historias, mas simplesmente interpretar fatos, para criar religiões poderosas.
Unknown disse…
Eduardo, a "explicação" da bíblia eu conheço, mas ela é tão real quanto dizer que as renas do papai noel são especiais, por isso conseguem viajar quase à velocidade da luz.
Esdras Gregório disse…
Bill Bilsinho, Bilusinho, bilu bilu vou te fazer um desafio, você consegue argumentar sem falar em papais Noeis, bicho papão, fadas, duendes, Zeus e a trupe toda?

Ou você acha que comparar e debochar falando de papai Noel, você derruba o papai do céu.
Anônimo disse…
Hubner,

Por favor, defina morte física, morte espiritual e morte eterna.

Você diz "Mesmo sabendo que nós nunca iremos morrer, nem o cão...", sendo assim, por favor, nos dê alguma evidência do que dizes.

E para finalizar o que você queria dizer com "Poderia até usar o humorismo para que o EVALDO provasse do própri veneno."? Quer dizer que irás me envenenar com uma piada?
Sendo assim creio que és um péssimo comediante.


Edu,

É foda viu. Crente adora mudar de assunto para não responder as questões que lhe são propostas. Já debateu com crente?
Adorei a história da cadelinha com o cão, rsrs.
Sobre acreditar na historicidade de Jesus de Nazaré? Eu posso até crer que vários messias "malucos" fizeram suas histórias em Jerusalém (assim como temos o Enri e o José Maria hoje). Porém, o Jesus da Bíblia e do Cristianismo é apenas uma "suruba" de conceitos, costumes, desejos e deuses.

Hubner (denovo),
Você realmente não é normal, escreve uma frase "multi-idioma" com três palavras, uma delas em inglês e ainda escreve a tradução de tal palavra entre parênteses, francamente.


Gresder,
(comment 17:55)
Em momento algum eu disse que escrevi um texto "forte". Conforme primeiro comentário ele foi "abortado" no meio da correria, gastei 10 minutos no máximo para escrever com pausa de pelo menos 3 minutos.
Na boa, você não disse nada com nada e ainda tem coragem de fazer comparações entre nossas interpretações. Sinceramente, você "merece".

(comment 18:05)
Você diz que um grupo de crentes fanáticos pode interpretar acontecimentos comuns como sobrenaturais, isto eu entendi, mas, se colocam isto no papel, sinceramente transformam em que? "historinhas de acontecimentos falsos".

Bill,
Dizer que Jeová é apenas uma criação hebraica e que Jesus fora fruto do desejo de gestação de uma divindade eu aceito.
Agora negar que as renas conseguem no dia 25 entregar presentes em todas casas de crianças da classe média (>=) eu não concordo porque até hoje recebo os presentes do Pai Natal. Sempre acordamos e vemos três presentes, os dos meus filhos e o meu.
Se você não acredita é porque foi um menino ruim e saiu da lista do Pai Natal, então, pelo fato de você não receber os presentes você acha que ele não existe.
Mas ele existe, e eu posso crer no amanhã!!!!

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Unknown disse…
Gresder, o Edu invocou mágica, então eu posso também. Se ele argumentar cientificamente, eu prometo não falar em papai noel.
Anônimo disse…
Gresder,

*Estou me metendo na conversa, rsrs.

Para teu conhecimento, Zeus, Bicho Papão, Papai Noel, Duendes, fadas, Deuses, Jeová, Jesus, todos eles partem do mesmo princípio de necessidade comum do homem primitivo, sendo assim, falando de um, falas dos outros também. Todos estão no mesmo nível da psiquê humana.

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Esdras Gregório disse…
“Na boa, você não disse nada com nada” como assim não disse nada?! prove que eu não disse nada, argumente mostrando que eu não disse nada, ta pior do que o Edu, ta cansado? Eu espero ate terça.
Esdras Gregório disse…
Se colocam no papel, colocam como verdade para eles já que eles crêem.
Anônimo disse…
Gresder,

Vamos lá.
Não há nenhuma novidade em você dizer que as loucuras dos cristãos atuais podem tipificar comportamentos loucos dos caras do primeiro século, para mim é fato que são tudo "porra-loca".
Ainda mais olhando para o Hubner, peraê, vou ali fora olhar uma coisa.
Caralho o pitbull do vizinho ressuscitou depois de eu dar 8 tiros nele, (huahauahu), totalmente foda, isso só porque a merda do vizinho é crente.

Você não disse nada com nada quando diz que "Jesus não ressuscitou mas ressuscitaram ele", sabe porque? Porque se saíram afirmando que ele ressuscitara mesmo não tendo acontecido, mesmo assim, muitos acreditaram na tal ressurreição, logo, para os crentes, Jesus realmente ressuscitou (de posse destes pensamentos podemos divagar a noite toda sem falar nada com nada, indo e vindo no assunto ressuscitado/ressuscitou).

Você não disse nada com nada ao comparar nossas interpretações, colocando a sua como mais próxima da realidade (de realidade estás a falar?).

Evaldo Wolkers.
Esdras Gregório disse…
Assim tá melhor!

Agora é mesmo que o cachorro ressuscitou ou você tá mentindo

kkkkkkkkk
Anônimo disse…
Pegadinha do malandro.

Aprendi com o Hubner,

rsrs.
Eduardo Medeiros disse…
Gente, vamos parar de falar de coisas chatas como deus, papai noel, fadas, ciência e vamos falar de cachorros...
Eduardo Medeiros disse…
Eu tenho cinco deles e todos são devidamente batizados e fizeram primeira comunhão. Teve dois filhotinhos da Juju que morreram e eu, como bom cristão, os enterrei num funeral cheio de cerimônias.

REzei a ave-maria, fiz o sinal da cruz e cravei uma cruz no quintal no lugar do seu sepulcro. Meu sobrinho foi testemunha do ritual mas ele não levou muito a sério e ficava só rindo mas eu o disciplinei exemplarmente.

Pena que o sepulcro canino depois foi violado pela minha sogra que disse que aquilo era blasfêmia e arrancou a cruz. Tudo bem, perdoei sua ignorância por que ela não sabe que todos os cães merecem o céu.
Anônimo disse…
Putz Edu,

Meu texto já fora esquecido.

Mas puta que pariu. Javé não ressuscitou os seus cachorrinhos?

Javé é um fanfarrão da porra mesmo.

Evaldo Wolkers.
Eduardo Medeiros disse…
Não Evaldo, ele não ressuscitou por que eu não tenho a fé que o Hubinho tem...e olha essa boca, alemão, cuidado que a tua língua vai queimar no mármore do inferno...ops, isto é dos islãmicos...deixa eu ver...tua língua vai queimar no lago de fogo!! Se preferir a corrente aniquilacionista, a tua língua vai virar o nada absoluto..se preferir uma corrente mais oriental, a tua língua vai ter que reencarnar muito ainda para purgar todos os males que ela disse contra as divindades...
Eduardo Medeiros disse…
Bem, para não dizer que eu não falei de flores...

Primeiro tem-se que descartar a ideia cética ultrapassada de que Jesus de Nazaré foi apenas uma invenção de uns loucos judeus sofrendo de síndrome-angustiante-messiânica-libertadora.

A pesquisa histórica hoje sabe que na palestina sob o julgo romano centenas de homens inspirados pelas antigas profecias tomaram para si a alcunha de "Ungidos" (messias em hebraico e Cristo em grego), Jesus de Nazaré foi apenas o mais famoso de todos eles pela sua personalidade, ideias, carisma e autoridade, um outro que vocês já devem ter ouvido falar foi Bar Kobah que se me meteu numa luta inglória contra os romanos tendo como resultado a destruição do Templo de Jerusalém (outra vez...) no ano 70 E.C.
Eduardo Medeiros disse…
Ficando claro que Jesus de Nazaré foi um desses messias judaicos, temos agora que tentar fazer uma leitura crítica dos Evangelhos e também das epístolas paulinas para tentar separar o que pode ser fato histórico e o que é teologia, ou seja, aquelas ideias religiosas que levaram Jesus a ser o salvador do mundo sendo antes o salvador dos judeus.

Evidente que não dá prá discorrer aqui detalhadamente sobre o assunto pois demandaria muito espaço e também pesquisa bibliográfica já que o que eu sei de cabeça é desprezível.

Então, sintetizando, podemos ir estabelecendo certas fatos:

- Jesus foi uma personalidade histórica que arrebanhou discípulos com uma pregação da vinda do Reino de Deus.

- Os seus discípulos mais chegados o viram e o aceitaram como o messias prometido pelos grandes profetas de outrora. Perceba-se que aqui ainda não havia nada escrito sobre ele, já que antes dos evangelhos escritos, o que circulou de boca em boca foi uma tradição oral sobre os feitos de Jesus. O primeiro provável evangelho a ser escrito, o de Marcos, foi redigido e editado somente depois dos anos 50. Ou seja, mais ou menos 20 anos após os eventos que mudariam para sempre a cara do ocidente.

- Os seus discípulos foram tocados e convencidos pela sua pregação que era diferente das de todos os outros messias, como um deles deixou registrado, "porque ele não falava como os fariseus mas como quem tem autoridade".

Essa ideia da autoridade messianica de Jesus é muito importante para a compreensão da psicologia dos seus discípulos. Ou seja, toda a tradição oral que se formou e que anos depois cristalizou-se em forma escrita, vinha com a chancela da "autoridade" - Jesus teve autoridade para reinvidicar quem ele era: O Messias, o Filho de Deus, o autor do kerigma das boas notícias.

Então, os discípulos de Jesus continuaram a missão do seu messias - anunciar o Reino de Deus.

Falando agora especificamente sobre a ressurreição.
Levi B. Santos disse…
EVALDO

"Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim" (Sartre)

Com relação ao cachorro de Hubner, veja bem como ficou o aforismo sartriano do desfecho do seu texto:

“NÃO IMPORTA O QUE FIZERAM DO CÃO, O QUE IMPORTA É O QUE O SEU DONO FEZ OU IMAGINOU A RESPEITO DELE”.

Ó MILAGRE! Ó imaginário fértil! Ó poder “fálico” do espírito que tantas proezas pode realizar, ao emitir representações sensoriais. Por mais que se diga que tudo é um engodo, o homem de fé não se abala porque ele tem como REAL o que o inconsciente lhe mostrou.
Aos que vivem a literalidade do inconsciente, a sociedade os chama de LOUCOS.

Mas houve Um que disse uma grande verdade: “Nem os Loucos Erram”.

Pensemos mais nisto!
Eduardo Medeiros disse…
A morte era o destino final e já sabido de Jesus. Ele buscou a cruz, ele precisava da cruz. A morte sob o peso da intolerância e da incredulidade do seu povo e a eliminação de um agitador que trazia pertubações para aqueles rincões esquecidos do império romano, era vital pra que a ordem se restabelecesse.

Então, vejo a morte de Jesus sob dois prismas: o religioso e o político. O religioso sem dúvida, por que Jesus tomou para si a personalidade do Servo sofredor de Isaías que dá sua vida em prol do seu povo. Sua morte traria enfim, um nova época da relação do povo com seu Deus. "O REino de Deus está dentro de vós", ele decretara. Isso era revolucionário para a religião judaica. O prisma político se dá no momento em que a palestina era um lugar árido para as autoridades romanas manter a relativa paz. Roma crucificou milhares de rebeldes que ousaram desafiar o império, então, Jesus foi mais um deles.

Nesse sentido, a morte de Jesus tem um simbolismo poderoso: Jesus disse que ninguém lhe tiraria a vida pois ele mesmo estava se entregando a morte. Era o sacríficio do herói que morre dianta da opressão dos poderosos mas que com esse gesto diz muito mais do que uma rebelião armada. Os mártires das grandes causas sempre entram para a história...

O fato é que ele more crucificado. O brado que ele deu na cruz e que ficou na memória de algum dos discípulos anos depois ficaria registrado como uma possibilidade histórica real: "Eloi eloi lama sabactani..." Era o grito do messias que dava sua vida em prol do Reino do seu Deus mas que não vê o seu Deus agir como ele pensara que agiria.

Depois que ele é posto no sepulcro toda a narração complica-se para quem quer extrair um pouco de historicidade. Duas narrativas paralelas sobrevivem no texto dos evangelhos. Narrativas diversas sobre como tudo aconteceu também estão registradas nos evangelhos.

Mas uma coisa é aceita pelos pesquisadores: desde o início a mensagem que se espalhou entre os seus discípulos foi que ele ressuscitara. Diante disso não restam muitas alternativas:

1 - ou os discípulos mais chegados realmente o viram ressuscitado;

2 - ou os discípulos acharam que a morte não poderia ser o ponto final da história do seu messias e inventaram que ele tinha ressuscitado - e essa é a afirmação da maioria dos céticos - mas aí tem-se que lidar com o fato de que todos os 11 apóstolos morreram por pregarem isso e fica uma pergunta: Alguém morreria por uma mentira?

Eu não morreira...

3 - resta ainda a opção de que eles se enganaram, ou que tiveram alucinações devido ao stress psicológico ao qual eles estavam sendo vitimados. Mas fica a pergunta: será que todos eles continuaram sendo vítimas de alucinações pelo resto da vida? será que nenhum deles de repente acorda e diz: "gente, fomos vítimas de alucinações temos que aceitar que Jesus morreu e pronto."? Eu acho difícil acreditar nisso.

já disseram que alguém morreria pela verdade ou por aquilo que ele creia ser a verdade mas ninguém morreria por uma mentira.

ou os discípulos tinham a verdade ou eles criam que tinham. Mas a opção que eles pregaram mentiras e morreram por isso é totalmente absurdo.
Eduardo Medeiros disse…
Então, eu como sou bem racional, acredito que eles pregaram e morreram por aquilo que eles tinham como verdade, por aquilo que acreditavam ser verdade. E era de fato? para eles era e isso é o que importa na questão sobre a ressurreição.

Essa mensagem foi tão poderosa que em poucos anos conquistou o coração dos povos dominados por Roma já que as antigas religiões pagãs estavam desgastadas pelo tempo e já não satisfaziam o anseio espiritual do povo.

O cristianismo chegou como uma religião dos pobres e dos oprimidos, da igualdade social "em Cristo não ha judeu, nem grego, nem romano, em homem nem mulher, nem servo nem escravo, mas todos são um em Cristo" - essa mensagem revolucionário acabou por conquistar todo o império romano e Constantino a usou como plataforma política para ficar bem na foto diante do povo.

Aliás, governantes que buscam ficar bem na foto com a religião do povo não é de agora, vem de longe.

Bem, amigo, Alemão, espero de ter contribuído um pouco com a discussão do seu texto, por que não só de zoeira, espetadas, alfinetadas, desprezos e ironias, vivem os membros desta confraria.
Unknown disse…
Ed, ed. De novo? Cara, você parte de falsa premissa e chega a uma falsa dicotomia.

Veja, você diz que é FATO que Jesus existiu, historicamente, e depois que seus discípulos existiram. Mas há muito mais por trás disto. Há muitas semelhanças nas histórias com personagens míticos, tanto Mateus, Marcos, Pedro como João, fazem referência a deuses pagãos, e sua existência histórica também é dúbia.

Você chega ao final dizendo que ou os discípulos inventaram a história, ou se enganaram, ou o fato realmente aconteceu, e depois diz que eles não morreriam por uma mentira. Como se não houvessem inúmeros exemplos na história de gente morrendo por mentiras!

Você superestima a capacidade humana de se auto-avaliar. Um bando de rebeldes ignorantes endeusa seu lider, e é capaz de matar e morrer facilmente por ele. Supondo que Jesus existiu, e que houve uma crucificação (o quê também é posto em cheque historicamente), e como ele NÃO foi, de acordo com a própria história, tratado como os outros (ossos quebrados), e foi resgatado por um amigo (arimatéia), é bem capaz dele nem ter morrido.

Daí para virar deus foi um passo só. E logo o cara já era mais poderoso que Odin. Não percebe o poder político do injustiçado que ressucita? a revolução PRECISAVA disso.

Agora imagina que esses caras, quase 50 anos depois da morte do seu mestre, não inventariam? Como mostra a enorme discrepância entre os vários evangelhos (não digo apenas dos 4), cada um queria contar a história a seu modo, e dizer "meu jesus é mais foda que o seu".

Mesmo comparando os 4 evangelhos oficiais (aqueles possivelmente adulterados pela igreja), nota-se que um tenta contar a mesma história que o outro, muitas vezes apenas dobrando os números (meu jesus curou 4 pessoas, o seu só 2 haha).

Não importava mais se a história era real, pois agora os pobres e rejeitados tinham algum trunfo na mão, tinham um deus só seu. Era isso que importava, eles queriam subir ao poder, ter seus direitos também.

Pela leitura de alguns pais da Igreja, vê-se que no início a própria existência física de Jesus era muito duvidosa. Alguns ligaram os cristãos com o culto ao deus-sol egípicio, a Horus etc. Alguns se referiam a Jesus como apenas o Logos, mas nunca encarnado. Isso logo no primeiro século. O próprio Paulo em algumas cartas não se refere a um Jesus encarnado.

Foi depois que a figura encarnada e real de Jesus, assim como todo o seu endeusamento foram concretizados pelos pais da igreja...
Levi B. Santos disse…
Caros confrades


O meu ser racional, não vou negar, se inquieta com esse tal Homem paradoxal feito Deus das narrativas dos evangelistas, mas a sua “imago”, também não nego, se aninha no meu coração tomando formas diversas, de acordo com o meu estado emocional e minhas crises.

Ao mesmo tempo, esse Deus com sua verdade abstrata carregada de ambigüidades, às vezes, não me apetece nem me entusiasma. Entretanto, fazendo uma autoanálise chego à conclusão de que a minha resistência em aceitar um deus contraditório, carrasco, amoroso e fisiológico é moldado pelos meus recalques (em que o meu discurso geralmente contradiz a FALA)

A verdade científica, às vezes me deixa mais frio, cru e alheio às forças do passado que ainda me regem inconscientemente.

Não nego, há muito tempo venho tentando dissecar esse Cristo dos evangelistas, mas o que deduzi de minhas reações foi tão somente um mecanismo de defesa mental que em mim próprio me ilude, fazendo-me não aceitar que esse Homem represente a minha ambigüidade escondida a sete chaves.

Mas esse meu “eu” racional é perseguido, incansavelmente, com unhas e dentes pelo ideal de minha cultura. Tento em vão rechaçar como um lixo a ser jogado fora, aquilo que me surpreende em meu imaginário. Por outro lado, vejo que o RESÍDUO dos sentimentos primitivos “amputados” não me deixa em paz, e é fruto da influência dos mitos internalizados no mais profundo do meu ser, que a física, a matemática e outras ciências exatas não a apazigua.
Anônimo disse…
Edu,

Nada tenho a declarar após a resposta do Gabriel, resposta esta digna de um prêmio.

Evaldo Wolkers.
guiomar barba disse…
Evaldo,

Que você queira ou não, você o verá, porque você vai ressuscitar. Todo olho O verá e toda boca confessará que Ele é o Senhor!Claro que você é quem escolhe aonde quer passar a eternidade.

Pobre amigo, que problemão com este órgão genital. Não se preocupe, os grandes machos também descansam seus órgãos...

Abraço.
guiomar barba disse…
Hubner,
você é tão retardado quanto eu. Ou você acha que só Edu se preocupa com os animais?
O problema é que as pessoas não aceitam um Deus que se relacione com os homens como amigo.

Eu creio que o melhor de Deus para nós, é Sua paternidade.

Abraço e seja feliz com seu animalzinho.
Eduardo Medeiros disse…
Bill, Bill, de novo?
Evaldo, a resposta do Bill é digna de pena...ele é melhor defendendo a evolução cega do que religião antiga.

só prá começar ele tem que me provar que as minhas premissas são falsas e as deles, verdadeiras.

Minhas premissas pela historicidade de Jesus são baseadas em leituras de obras tantos de biblistas quanto de historiadores da religião. Baseado em quem se prova que historicamente Jesus não existiu? Cite um historiador respeitado academicamente na área de história antiga que prove que Jesus não existiu. Qual obra antiga diz que Jesus nunca existiu? Pelo contrário, temos vários textos que ainda que não sejam biografias como entendida modernamente, afirmam que ele existiu. A pesquisa histórica atual parte dos evangelhos como documentos historicamente possíveis de serem estudados pela ciência histórica.

Partindo da sua existência histórica, meus argumentos não são religiosos nem de apologista cristão, são questões óbvias e racionais. E olhe que eu nem disse que acredito que ele ressuscitou...

Bill, lembre-se de uma coisa: Primeiro vem o fato, depois vem a impossibilidade de se explicar o fato pela racionalidade antiga e só depois vem o mito, o simbólico.

você diz que "Como se não houvessem inúmeros exemplos na história de gente morrendo por mentiras!"

Por favor, refesque a minha memória. Qual personagem histórico morreu por uma causa que tinha certeza ser mentira?

"Pela leitura de alguns pais da Igreja, vê-se que no início a própria existência física de Jesus era muito duvidosa."

Qual pai da igreja negou a existência física de Jesus? Talvez você esteja se referindo aos gnósticos cristãos que viam no corpo de Jesus apenas uma aparência de humano mas que na verdade era um ser espiritual. Os tais chamavam-se Docetas e a sua compreensão da humanidade de Jesus foi refutada posteriormente. E ainda que as suas crenças fossem certas, elas também confirmam que de fato Jesus existiu, apenas que seu corpo era uma "aparência", mas parece óbvio que Jesus teve um corpo humano como qualquer um de nós.

O fato de que nas narrativas dos evangelhos e nos escritos dos gnósticos, haver narrações conflitantes sobre Jesus só reforça que ele de fato existiu e foi um ser humano tão complexo que a partir da sua vida e pregação inúmeras interpretações do que ele era e fez foram cunhadas. Assim como a sua de que ele nunca existiu.

Jamais Paulo negou a humanidade de Jesus. E é verdade que o cristianismo sofreu influências do culto de Mitra e das religiões de mistério, o que também é totalmente explicável já que o cristianismo existiu desde o princípio não nos ares, mas na história, no caldeirão de culturas que era o mundo romanano.

Nada disso é problema para o fato mais importante: Jesus de Nazaré foi um personagem histórico. Se ele ressuscitou, se ele era Deus é totalmente inútil discutir, já que isso é matéria de fé, de quem acredita. Chego a conclusão que a sua negativa quanto a existência de Jesus também não passa disso: crença.

Levi,perfeita a sua análise dessa interação nem sempre pacífica entre o logos(razão) e a imago(símbolo).
Esdras Gregório disse…
Levi por que voce gastou uma perola desta a nós os porcos da confraria?

Por que nao gardou para postar em teu recanto?
Eduardo Medeiros disse…
Bill, uma questão

se a história de Jesus não passa de uma invenção, quem foi seu original inventor? Por que ele foi criado? Será que esse tal gênio da imaginação também criou a história dos judeus? o Templo de Jerusalém era um mito? Os romanos nunca crucificaram ninguém? os romanos não anexaram a palestina ao seu império? as cidades e lugares citadas na história como Carfarnaum, Belém, Nazaré, rio jordão, sicários,Galiléia, judeia, samaria são mitológicas? Aliás, o apóstolo Paulo existiu? Suas cartas existiram?

Então tudo pode ser histórico ao redor de Jesus mas somente ele e seus discípulos são ficção?
Unknown disse…
Ed, provar que algo não existiu? Isso não existe! O que falta é a PROVA de que EXISTIU. Há falta de evidências, esse é o problema. Os evangelhos não são provas confiáveis, principalmente por quê não se sabe quem realmente os escreveu, nem quando, apenas especula-se.

Os Evangelhos dizem apenas o quê o público precisa saber, apenas um suposto cumprimento das profecias do VT.

O problema é que quem dizia que Jesus era outra coisa, que não era real, e todas as outras correntes de pensamento são DA MESMA ÉPOCA dos evangelhos oficiais. ALGUÉM escolheu quais seriam, mas antes disso, varios eram usados.

Posso citar Irineu, que disse que os quatro evangelhos foram escolhidos tão somente por causa da força política de alguns. Não há como saber também qual é a autoria destes evangelhos, visto que ela foi dada já tardiamente, mais de 100, 200 anos após terem sido supostamente escritos.

Não há também os originais, e dada a corrupção da igreja naquela época (basta olhar a vida destes ditos pais da igreja), e dos jogos políticos que ocorriam nos concílios, é quase impossível saber quais partes foram omitidas, adicionadas ou adulteradas.

É muito difícil saber quem foi Paulo. E também indifere se ele existiu ou não, suas cartas são claramente uma adulteração, uma tentativa de reexplicar o que estava faltando aos evangelhos. Também há muita divergência de quem era a autoria das cartas. Nem todas são tidas como sendo efetivamente de Paulo.

Interessante é que aceita-se por exemplo o livro de Hebreus, sem saber sua origem, como sendo inspirado, o quê demonstra a inocência intelectual dos cristãos. Basta alguém dizer que é inspirado, e todo mundo acredita.

Afirmo, onde estão as provas da existência histórica de Jesus? Alguma prova externa aos Evangelhos, estes sim comprovadamente utilizados com motivos políticos, e além de tudo, livros com conteúdos mágicos, o quê tira sua credibilidade como históricos (ou então vamos passar a acreditar nos Vedas como históricos)?

Se houve um messias sob o qual a história foi construída, ele em nada se parece com o quê foi pintado, ao menos não fez nenhum daqueles ditos milagres. No máximo convenceu um gato pingado ali ou lá, nada suficiente para se sobressair sobre os outros que haviam na mesma época. O diferencial foi que, pelo momento histórico, criou-se o mito, e este foi usado como poder político.

Sobre as cidades, Nazaré não existia como cidade na época de Jesus, foi o que li por aí. E sobre o VT, muito ali é mitologia pura e simples, como o Êxodo, o dilúvio, alguns reis etc. Faltam evidências, muitas.
Marcio Alves disse…
EVALDO

Como estou meio sem tempo, li apenas o seu texto, não dando para ler os comentários, portanto, vou apenas comentar a postagem em si, até porque, se eu for comentar os comentários, terei que ler todos para não ficar boiando no assunto.

Mas a questão principal que eu vejo no seu texto é que você parte dos supostos mitos produzidos por outras culturas para dizer que Jesus é um mito sintetizado das mesmas, mas fato é que existe um longo debate bastante polemico que já alcançou níveis mundiais de que na verdade esse argumento de que Jesus foi uma mistura de outros mitos não é confiável, de que não existem fontes e documentos comprobatórios, sendo isto apenas uma falácia que anda por ai.

Enfim, vejam todos vocês os dois lados desse debate, e tirem suas próprias conclusões:


Primeiro, a tese que esta rodando por ai, de Jesus ser apenas uma copia dos mitos que o antecederam:
http://www.youtube.com/watch?v=LbiO_fBeg3I


Segundo, a antítese argumentativa de que o vídeo acima não passa de uma invenção de ateus e céticos para tentar acabar com o cristianismo:
http://www.youtube.com/watch?v=a-2HBSfPZpU&feature=related
Unknown disse…
Marcio, esse filme do Zeitestgest e uma porcaria de documentario mal feito, e qualquer cetico e ateu bem informado não o usa como referencia.

Mas a ligação de Jesus com os Mitos da época existe sim, não dessa forma como foi colocada no video. Existem as referências de alguns pais da igreja que associam os cristãos com seguidores de cultos egípcios, adoração a deus sol etc.
Eduardo Medeiros disse…
Bill, todos os livros do NT afirmam que ele existiu, e pelo menos, existem dez fontes não cristãs até 150 dC que citam Jesus.

Josefo que viveu em 37-100 dC e que foi um importante historiador do império romano, cita Jesus. não levando em conta um trecho em que ele diz que Jesus era o messias e que bem provavelmente foi um acréscimo posterior. O texto de uma versão árabe diz assim:

"nesta época, havia um homem sábio chamado Jesus. Sua conduta foi boa e era conhecido por ser virtuoso. Muitos tornaram seus discípulos. Pilatos condenou-o à crucificação e à morte. Mas aqueles que se tornaram seus discípulos não abandonaram seu discipulado, antes relataram que Jesus havia reaparecido três dias depois de sua crucificação..."

Além de Josefo, outros autores que citam Jesus:

Tácito, historiador romano; Plínio, o Jovem, político romano; Flegon, escravo liberto que escrevia histórias; Talo, historiador do século I; Suetônio, historiador romano; Luciano, satirista grego; Celso, filósofo romano; o Talmude(este, uma obra judaica escrito por rabinos).

Então, Bill, cabe a quem nega a historicidade de Jesus refutar cada uma dessas fontes.

E parace óbvio, mas a maior prova da existência de Jesus é o cristianismo. Mas você se atém muito na época tardia da formação do Cristianismo como religião do Estado romano e as corrupções dessa época são bem conhecidas mas de forma alguma nega a historicidade de Jesus, ao contrário, demonstra que no seu início, houve um Jesus antes do Cristianismo oficial do império.

você diz que "é quase impossível saber quais partes foram omitidas, adicionadas ou adulteradas". você está certo, é QUASE impossível. Mas é possível chegar a algumas conclusões históricas a partir dos próprios evangelhos. E do jeito que você diz dá a entender que os bispos pegaram todas as cópias que existiam dos evangelhos (e já existiam centenas na época da igreja imperial) e distorceram, adulteraram todas as cópias existentes o que é uma inocência intelectual da sua parte.

A coisa mais "brutal" que os concilios fizeram com os vários livros do NT foi decidir quais entrariam ou não entrariam no Cânon. E muitos que não entraram estão por aí publicados hoje e podem ser lidos e estudados. Aliás, os ditos apócrifos são uma fonte importante para os estudantes do cristianismo primitivo.

Outra "brutalidade" dos bispos no concílio de nicéia foi condenar o bispo Ário que entendia que Jesus não era eterno mas que tinha sido criado por Deus em um momento específico do tempo.

Talvez você não acompanhe o tema mas eu estudo muito o Jesus histórico que aliás é matéria cada vez mais de atenção no meio dos historiadores da religião. O Jesus histórico é tema de vários seminários em importantes universidades públicas aqui no Rio e no mundo. Já participei de alguns desses seminários e te garanto que os preletores eram todos doutores em suas áreas nenhum deles era pastor ou padre. Estes estavam na platéia.

Só corrigindo uma coisa que você disse: a maioria das cartas de Paulo foram escritas ANTES dos quatro evangelhos. No entanto é verdade que existem cartas cuja autoria paulina são questionadas.

Então, respondendo sua pergunta: "Afirmo, onde estão as provas da existência histórica de Jesus?" estão aí uma parte dos dados.

Existe mais documentos falando de Jesus do que de Sócrates , Aristóteles , Platão , Pitágoras , Heródoto , Xenofonte, e ninguém que eu conheça nega a existência deles.

Sem dúvida quando se trata de Jesus, os pré-conceitos atrapalham enormemente a razão e o bom senso.

E digo isso com a autoridade de um cristão que não acredita que Jesus ressuscitou, que subiu aos céus e que está assentado a destra de Deus de forma literal. Mas não tenho nenhuma dúvida, não pela fé, mas pela evidências sim(ao contrário do que você diz) que esse homem existiu e que de tão carismático que foi, tornou-se mito. Tornou-se Deus. Quem puder crêr que creia. Quem puder analisar os fatos de forma imparcial que analise.

Abraços
Eduardo Medeiros disse…
Bill, 'Existem as referências de alguns pais da igreja que associam os cristãos com seguidores de cultos egípcios, adoração a deus sol etc." como eu disse, é verdade que houve uma aculturação religiosa em que ideias dos cultos de mitra e de mistérios se misturaram com crenças cristãs. Isso é absolutamente normal e não podia deixar de acontecer. Isso acontece hoje com o cristianismo recebendo influências da neurolinquistica, do pensamento positivo, do ocultismo, do materialismo, do capitalismo, etc...assim é a dinâmica social. O que você tem que também citar é que muitos dos pais da igreja, os chamados apologistas, denunciaram esse aculturação e que nas origens do homem Jesus e da sua pregação, estavam presentes temas da sua própria religião, mas especificamente do profetismo judaico e não do culto de mistérios egípcios ou gregos. Isso não é fé é história.
Unknown disse…
Tacito e Plínio são dúbeis. Não conheço todos os outros, vou procurar ler. Algum deles confirma algo da vida de Jesus, ou apenas menciona "de passagem", como essa de Josefo?

Interessante é sua confissão de "fé". Você é cristão, mas não crê nos dogmas? Jesus não é Deus, nem vai voltar e toda essa bobeirada?

Sua interpretação historico-cultural dele, no que essa imagem se tornou está correta. Sim, quem é que tenha sido o cara usado como pano de fundo, ele foi forjado como um deus pela história, seja lá quais foram os motivos para isso. Mas aí estamos discutindo apenas mitos, tal como discutiríamos qualquer outro mito de qualquer outra religião.

Dessa forma, eu vejo Jesus da mesma forma que vejo outros heróis. Vejo sabedoria e vejo tolice. Mas recuso-me a idolatrar qualquer um deles.
Hubner Braz disse…
Meu... EVALDO e BILL, me descupem, mais a explicação do DUDU é digna de prémio Nobel da revelação arqueoliterário...

Sendo assim... nem precisarei explicar a minha tese da ressurreição, aja vista que nem todos alcançaram este nível.

Boa Noite
Anônimo disse…
Lá vem o Hubner estragar o debate.

Edu,

Jesus é um nome comum, certo?
Sendo cristo apenas a denominação grega para "ungido", logo, cristo não é sobrenome, certo?

Sendo assim, todos escritos mencionando "cristo" podem não se referir à um hebreu comum e sim, a vários outros, inclusive não-hebreus.

E, escritos mencionando "Jesus" pode estar igualmente referindo-se a diversas pessoas.

Mais uma coisa, onde mesmo acharam a maioria dos escritos ditos "hebreus"? No Egito? Hum, será que não estavam se referindo a Hórus em vez do hebreu maluco?

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Fiquei até com vergonha, vou te deixar um comentário pequenininho perto desses relatos enormes! hehe...
Só pra dizer que gostei do seu espaço e seguirei, na próxima vez que voltar, deixo minha opinião!
Me visite se gostar siga também,
B-Jos.
Eduardo Medeiros disse…
Meu amigo Bill, prá quem disse que não existe nada sobre Jesus fora dos evangelhos, dizer que " Tacito e Plínio são dúbeis." já é um avanço e tanto.

Bill, ainda que eles citassem de Jesus de "passagem" já seria uma citação e o que Josefo disse sobre ele é bem significativo.

Bill, ser cristão não é crêr num corpo de doutrinas "imexíveis" (como dizia o grande Magri), as crenças cristãs sempre foram diversas e mesmo depois que o cristianismo virou religião do império romano, o que levou logo depois através dos concílios estabelecer o que era ortodoxo e o que era heresia, continuou a haver os heterodoxos. Na idade média estes foram queimados na fogueira mas existiram.

Então, quando queremos olhar para um cristianismo mais "puro" o melhor é olhar para a comunidade cristã que se formou em Jerusalém com a liderança de Tiago, irmão de Jesus, poucos anos depois da morte dele.

O interessante é que ali já havia a tensão entre os judaizantes, os helenistas e o os não judaizantes. Claro que o maior dos não judaizantes foi Paulo que rompeu de vez com a lei judaica. Tiago era o representante da ala judaica cristã, que ainda seguiam as regras da lei e frequentavam o Templo de Jerusalém. Pode-se ver a tensão entre eles em Atos 15, lembra? Os helenistas eram cristãos de cultura grega cujo principal representante é Lucas e João. Ou de onde será que João (ou o autor do evangelho que leva seu nome) foi buscar a expressão "No princípio era o Logos e o Logos estava com Deus e o Logos era Deus" senão da filosofia platônica do Logos?

Disse tudo isso Bill, para dizer que ser cristão "verdadeiro" não quer dizer que eu tenha que ser ortodoxo, liberal ou neoliberal. Sou cristão até onde minha razão e meu bom senso não são estrupados. Há os que creem sem fazer nenhuma crítica do que creem, e eles são felizes assim e não sou eu que vou dizer que eles estão iludidos.

Como o Ev disse uma vez (acho que foi ele), eu sou um "místico"...mas sou um místico que não admito dogmas eternos. Aliás, uma das caracteristicas de um místico é não dar muita bola para a doutrina; não é a toa que muitos deles foram perseguidos pela igreja oficial, como São Francisco e Teresa D'ávila...
Eduardo Medeiros disse…
sobre o que você disse aqui

"quem é que tenha sido o cara usado como pano de fundo, ele foi forjado como um deus pela história, seja lá quais foram os motivos para isso. Mas aí estamos discutindo apenas mitos, tal como discutiríamos qualquer outro mito de qualquer outra religião."

é exatamente isso que venho dizendo desde meu primeiro comentário. O mito só existe porque houve o ser histórico. O mito do "Elvis não morreu" só existe porque houve o Elvis histórico.

Mas como eu também disse, com paciência e método, podemos vislumbrar um pouco do ser histórico nas próprias páginas dos evangelhos e até nas epístolas paulinas.

Não gosto de discutir o mito Jesus-Deus, prefiro discutir o homem Jesus-divino que se tornou Deus.

e sobre tua frase

"Dessa forma, eu vejo Jesus da mesma forma que vejo outros heróis. Vejo sabedoria e vejo tolice. Mas recuso-me a idolatrar qualquer um deles."

Jesus não deixa de se parecer um pouco com o herói clássico. Para mim a única "tolice" de Jesus foi querer morrer para que Deus viesse em seu socorro e desse logo um fim na história (Para mim essa é a melhor tese sobre ele buscar a própria morte.)

Você está certo em não idolatrar Jesus, visto que ele mesmo nunca buscou ser idolatrado enquanto vivo. Tudo o que ele fazia era a vontade do seu Pai. "por que me chamas bom? bom é DEus". Alguém que tivesse pretensões a ser Deus diria isso?

Agora se ele ressuscitou, se ele morreu pelos pecados do povo, se ele vai voltar para julgar vivos e mortos, se ele é a segunda pessoa da Trindade, eu não quero saber. Mesmo por que, quem crê não sabe, mas só pode saber pela fé. Mas uma coisa eu admito: a mensagem do messias ressuscitado do cristianismo é poderosa e foi capaz de consolar, de dar esperanças, de moldar caráteres, de estimular a solidariedade como nenhuma outra tradição espiritual.

Aos que se locupretaram da mensagem do Nazareno com fins político e de poder jamais foram cristãos genuinos, e o cristianismo genuino tem pouco do genuino Jesus histórico que era judeu e não cristão.

Dois mil anos após o drama do calvário alguém tem dúvidas de que Jesus está mais vivo do que nunca? mitos nunca morrem.

abraços
Eduardo Medeiros disse…
Evaldo,

sim, Jesus era um nome comum na palestina mas você tem dúvidas de qual personagem vêm a mente quando alguém diz "Jesus"? Aliás, para ser bem técnico, o nome de Jesus era Yeshua (ou Josué), em grego soava Iesus.

"E, escritos mencionando "Jesus" pode estar igualmente referindo-se a diversas pessoas."

bem, se no escrito estiver somente dizendo "na palestina existia um homem chamado jesus", sim, você está certo, mas quando se associa ao nome Jesus, discípulos, que foi julgado por pilatos e morreu crucificado e que foi tido como ressuscitado pelos seus seguidores não deixa muitas opções.

Para ser sincero, existiu antes de Jesus um Messias que teve uma história bem parecida com a dele, inclusive, também foi considerado morto(no caso por apedrejamento) mas que também ressusctiou três dias depois...

papo para outra oportunidade, quem sabe.

De todos os messias que apareceram naqueles tempos, apenas dois entraram para a história(o que eu citei antes quase não é conhecido): Yeshua, antes da destruição do Templo judaico no ano 70 e Bar Korba, da época das guerras judaicas contra os romanos que resultou exatamente na destruição do templo. E dois dois, somente um se tornou o salvador espiritual do mundo.

A maior descoberta de livros do judaísmo foram encontrados em cavernas perto do Mar Morto e não no Egito. Ficaram conhecidos como Manuscritos do Mar Morto e trazem cópias bem antigas da maioria dos livros do AT e outros livros com as normas e crenças dos essênios.

Outros escritos foram de fato encontrados no Egito, como o Evangelho de Tomé que curiosamente, não traz as narrativas sobrenatuais dos outros evangelhos mas apenas ditos de Jesus, alguns semelhantes aos ditos canônicos, outros não.

Mas se você leu meus últimos comentários, viu que eu concordei que o cristianismo tardio no império romano foi influenciado sim pelas religiões de mistérios do Egito e grécia.

Pode ser que alguns relatos dos evangelhos sejam inspirados em mitologias não judaicas como Jesus sendo filho de Deus e de Maria, como podemos ver nos mitos egípcios. Mas como eu disse, nada de se espantar. Os relatos mitológicos não inviabilizam o ser histórico.

e é claro, você sempre pode acreditar que de fato, foi o espírito do senhor que engravidou maria...

mas isso é coisa de mateus e lucas. Marcos, o primeiro evagelho provavelmente a ser editado, não diz nada sobre essa história e nem o último, João. Por que será? mais interessante ainda, Paulo, que escreveu antes dos evangelhos, também parece desconhecer o nascimento virginal. Como uma doutrina basilar como esta ficou fora dos escritos paulinos e de mateus e joão?

Resposta provável: ela foi construída por Mateus e depois copiada por Lucas para destacar a origem divina de Jesus. Mas eles não precisavam ter feito isso, já que Jesus foi divino mesmo sendo homem nascido de homem e mulher....fique tranquilo, você também é divino... :)

recomendo a leitura de um texto acadêmico sobre as semelhanças entre Jesus e Horus. Foi o melhor que eu encontrei apesar do autor ser um pastor(um texto escrito por um cético também não seria imparcial, né?), ele fez um bom texto citando fontes. Não concordo com tudo o que ele conclui mas vale a leitura.

abraços
Eduardo Medeiros disse…
ESqueci de dar o link...

http://www.kerygma.unasp-ec.edu.br/artigo9_02.pdf
Eduardo Medeiros disse…
HUBINHO, gostei do "revelação arqueoliterário..." mas o que eu disse não tem nada de revelação sobrenatural, é só pesquisar nas fontes certas. É claro que não estou dizendo que o Bill e o Ev não pesquisam, mas que talvez não tenham lido as fontes que eu já tive acesso. A evolução para uns é mais sofrida...kkkkkakakakkaak kakakakakakakka

brincadeirinha bilzinho e evaldinho...
Eduardo Medeiros disse…
Priscila, não sou o autor do texto mas faço parte dos escritores desta confraria, portanto, quero de dar boas vindas por aqui. Pode entrar nas discussões a hora que quiser.

abraços
Unknown disse…
Interessante é que essa coisa do herói semi-deus é bem presente na mitologia grega. O hobby de Zeus e outros deuses do panteão grego era engravidar moças, virgens ou não.
Anônimo disse…
Edu,

Retirando toda "divinização", a ressurreição, os milagres, toda manipulação dos escritos sobre o mesmo, todas características de um deus que fora inserida no palestino Yeshua, temos então apenas um homem que vagava por cidades palestinas dizendo algumas vezes que deveríamos nos amar, em outras que deveríamos abandonar nossos parentes e ir atrás dele, etc e tal. Ou seja, o que sobrou do Jesus "Ungido"?

Não muita coisa eu creio, então porque dizer-se "cristão" ("ungidão?").

Sendo assim, pessoas que gostam da mensagem de Madre Teresa são "Teresãos", ou, aqueles que curtem Gandhi poderiam ser "Gandhãos"?

Pois é, tua defesa por um Jesus histórico faz com que seu título de cristão perca o sentido, pelo menos para mim.

Ou seja, se ele realmente não é o filho de Deus conforme a maioria ocidental acredita, às favas pode ser jogado o cristianismo e seu rótulo.

Não faz sentido.

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Unknown disse…
Evaldo, por incrível que pareça, "cristão" é um diminutivo. Significa "pequeno cristo", algo assim.

Ed, estive lendo agora, e as primeiras referências históricas de que Jesus fazia milagres (fora dos evangelhos) são do século II. Nelas acusam-no de utilizar truques para enganar as pessoas.

Mas o interessante é que isso só venha a ser relatado no século II. Nenhum historiador, nem os que você menciona, da época de Jesus (Sêneca, Fílon, Plínio, Josefo), fala destes milagres, que pela narrativa dos Evangelhos deveriam ser muitos (curas, terremotos, eclipses...).

O que sobra de todo o personagem? Como disse o Evaldo, remova a capa de misticismo e o que temos? Um homem revolucionário, sábio talvez. Mas toda a pregação cristã que se baseou no mito se esvai. Não há pecado a ser perdoado, não há vida eterna, não há inferno. Afinal, continuamos sem nada saber sobre Deus.

Mas eu admiro essa forma humanizada de ser tentar ver Jesus. Pode-se assim aprender o que realmente importa da mensagem dele. Pode-se parar de tentar explicar e ajustar passagens claramente imorais e irracionais. Pode-se descartar Paulo completamente rsrsrs. Pode-se afinal aprender o que há de útil naquilo tudo.

Mas aí isso perde a graça para muita gente. Sem demônios, sem recompensa, sem punição...
Anônimo disse…
Bill,

Obrigado pela informação sobre os cristãozinhos, mas em momento algum eu disse que era aumentativo, rsrs.

Edu,

Li o texto do Renato.

Entendi que o objetivo é apontar as "dessemelhanças" entre Jesus e Hórus, legal, porém, ele também assume algumas semelhanças.

Detalhe.

Existem sim algumas semelhanças e algumas diferenças entre tais personagens mitológicos.

Qualquer que se atreva a comparar Jesus x Hórus, Jesus x Mitra, Jesus x Prometeus, Jesus x Wolverine irá encontrar semelhanças e diferenças.

Foi com este intuito que criaram um Jesus utilizando pedaços de cada mito, fizeram a coisa para que realmente fosse difícil chegar a um paralelo.

Porém, se você bater no liquidificador, Zeus, Hórus, Pã, Mitra, Diana, Baal, Zios, ...(trocentos outros seres míticos)... adivinha o resultado? Tcharam JESUS CRISTH.

óhhhhhhh.

Aleluia.

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Eduardo Medeiros disse…
Bill e Ev, de certa forma vocês estão certos. Retirando o misticismo, dizer-se cristão perde muito do seu significado histórico. Mas eu continuo me designando cristão por pura afinidade espiritual com o Nazareno. Por espiritual não estou me referindo aos relatos lendários de andar sobre as águas, etc., mas à paixão que ele tinha pela justiça, pelo pobre e oprimido e pela sua visão reformadora da sua própria religião. Ele nos trouxe uma outra concepção de Deus ao enfatizar o Abba (paizinho).

Mas mesmo não podendo aceitar os relatos míticos sobre Jesus, considero que Paulo criou em termos religisos um modo de vida religiosa sem igual.

Quem ousou dizer que Deus amou tanto o homem que enviou seu filho para buscar os perdidos, para religiar os homens com ele e isso era tão importante para Deus que ele estaria disposto até a ver seu filho morrendo na cruz para que isso fosse possível.

"o castigo que nos traz a paz estava sobre ele".

Esqueçam tudo o que vocês já leram nos evangelhos sobre inferno e condenação eterna e veja por que os homens serão castigados no inferno. Leiam de novo Mateus 25 a partir do v 31

Ali diz claramente porque os homens iriam para a condenação ou para a salvação. Não por não aceitar a Jesus como salvador. Não por não ter frequentado uma igreja. Não por ter praticado alguma coisa moralmente condenável. O único critério que Jesus usa ali para salvação ou condenação é o fazer ou o deixar de fazer o bem ao próximo. Nas palavras de Jesus, "em verdade vos digo: todas as vezes que o deixastes de fazer a um desses pequeninos, foi a mim que o deixaste de fazer".

Não levem em consideração o absurdo de uma condenação eterna em um inferno literal.Percebam o que realmente para Jesus fazia diferença na vida.

Diante da força dessa mensagem, eu me sinto tranquilo em aceitar o veredito do fogo para quem não viveu em solidariedade com o próximo mesmo sabendo que um inferno literal nunca existiu.
Unknown disse…
Ed, na verdade a humanidade vai para o Inferno, e já o foi inúmeras vezes, exatamente quando deixa de olhar para o próximo e não respeita as diferenças. Quando tenta impor sua própria religião, seus dogmas, quando tenta escravizar o outro, quando um rei/ditador/governo explora seu povo... tudo isso leva ao Inferno, literal, na Terra.

Daí que seria cômico, não fosse trágico, que os cristãos, na tentativa de fugir do Inferno alegórico, imponham o Inferno literal na Terra. É o que querem os fundamentalistas, é o que fizeram os papas, os protestantes e tantos outros idiotas que já estiveram por aqui.
Eduardo Medeiros disse…
Ev, ao dizer que "Foi com este intuito que criaram um Jesus utilizando pedaços de cada mito, fizeram a coisa para que realmente fosse difícil chegar a um paralelo." você apenas diz o que você acha mas nunca poderá provar que a intenção deles era esta. Homens que morreram pelo seu messias não iriam morrer por uma mentira que eles mesmos inventaram. Pensa, homem!!!!!
Eduardo Medeiros disse…
Bill, você está absolutamente certo nessa questão. O cristianismo histórico tem muitas caras. A maioria delas é bem feia de se contemplar.

abraços. Tô indo...
Anônimo disse…
Edu,

Esse texto de Mateus fora utilizado por mim e o Bill diversas vezes em nossos últimos pensamentos cristãos.

Do tipo: "Gabriel, existe tanta diferença entre um pensamento 'Jesuisiano' e outro que, no fundo, no fundo o que importa é isso aí. Amar ao próximo e ponto final."

Agora me responda:

Porque mesmo morrem os "homem-bomba"? Por um lugar ao sol ao lado de Alá?
Por virgens? Por um céu?

Desculpa, infelizmente eles morrem por algo verdadeiro eu tinha esquecido.


Outra coisa, você diz que não tem como provar que "Jesus" fora criado com "segundas intenções"? Oras, oras, vamos começar tudo de novo?

Vou usar suas palavras:
1) Jesus não ressuscitou - Logo a ressurreição é uma mentira.
2) Jesus não veio de uma virgem - Logo o nascimento virginal é uma mentira.
3) Jesus não andou sobre as águas, não multiplicou pães, não curou leprosos - Logo, seus milagres são mentira.

Brother, me diga então porque diabos morreram os cristãos primitivos?
Vai me dizer que eles morreram em nome de um carinha legal que fora crucificado e apodreceu? Duvido muito.

Então, resumindo, sim, se alguém se matou no primeiro século em nome do "ungido" se matou por um mentirada danada.

Evaldo Wolkers.
Anônimo disse…
Edu,

Li certa vez sobre esta "inserção" nos escritos de Josefo sobre o messias, inclusive questionamentos sobre tê-lo chamado assim e sendo fariseu. Alegaram que nenhum fariseu o chamaria de Cristo. Esta "inserção" ficou clara e é contestada.

Porém, existe outra menção que não fora contestada.

Porém é um tanto estranha:

[...e trouxe diante dele o irmão de Jesus, o que era chamado Cristo, cujo nome era Tiago e alguns outros; ......por causa disso, o rei Agripa tirou o sumo sacerdócio dele, quando ele o tinha exercido por apenas três meses, e fez Jesus, filho de Damneus, sumo sacerdote."...]

Em um mesmo texto são citados duas vezes "Jesus", estaria ele falando do seu Jesus nos dois casos?

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Eduardo Medeiros disse…
Meu querido amigo alemão, os homens-bombas do islã morrem por aquilo que eles creem ser verdade. Vamos começar tudo de novo....???????

O grande problema seu é interpretar textos religiosos na base da "verdade" ou "mentira" como se textos religiosos fossem textos científicos que requer rigor metodológico de verificação e experimentação. A linguagem religiosa é simbólica e um símbolo não é verdade ou mentira.


Volto a repetir: ninguém morre por uma causa que não acredita. Você morreria pelo seu ateísmo? Digamos que você vivesse num império teocrático onde o ateísmo era punido com a morte.

"negue o seu ateismo ou morra", diria o carrasco com a espada na tua cabeça. O que você faria?

Os cristãos primitivos deixaram a espada cortar.

Um bom exemplo foram os cristãos novos. Você sabe que na idade medieval judeus eram perseguidos só por serem judeus, ou os deicidas como gostavam de nominá-los. Muitos deles para não morrer se "convertiam" ao cristianismo mas continuavam judeus em suas reuniões privadas. Creio que eles optaram pela melhor solução.
Eduardo Medeiros disse…
Sobre o texto que você destaca de Josefo, precisamos ler todo o contexto anterior e posterior para termos uma ideia mais clara de quem é quem. Você poderia postar os contextos?

BILL: VOCÊ PRETENDE POSTAR ALGUM TEXTO OU NÃO? SE NÃO, SEM PROBLEMAS, VAMOS CONTINUAR NO BATE-PAPO E DEPOIS DE MAIS TRÊS DIAS O GRESDER SE TAMBÉM QUISER, POSTA UM TEXTO.
Anônimo disse…
Edu,

Sua pergunta foi: "Alguém morreria por uma mentira?" tentando justificar a existência de Jesus com base nos que morreram por ele.

Ou seja, você não consegue conceber a idéia de que pessoas se mataram por um Jesus inexistente.

A minha exemplificação foi a questão de um homem-bomba que morre acreditando de fato que existe um céu com Alá e virgens lindas e belas, porém, sua morte fora baseada em uma mentira, porque de fato não existe uma recompensa pós morte (pelo menos comprovada).

Sendo assim, permanece minha afirmação de que pessoas morrem sim por uma mentira.

O fato deles morrerem por um ideal não significa que o mesmo seja verdadeiro.

Hoje no século XXI pessoas podem até não morrer pelos seus ideais, porém, é fato que pessoas mentem para si mesmos transformando em verdade e levam até o túmulo esta mentira como se fossem fatos. Eu já vi pessoas afirmarem mentiras como verdades e brigar por elas.

Eu não morreria por meu ateísmo porque ateísmo não é um ideal, não é uma religião, não é uma classificação social. Todo mundo é ateu, pois, ateu é "sem Deus", sendo assim, mesmo que você acredite em um ser supremo, ore, ajoelhe, reze, mate cordeiros, esperneie, chore, você continuará "sem Deus", porque ele não existirá fora de sua mente, podendo inclusive ser dissolvido por outras crenças, como acontece diariamente nas conversões de desconversões entre religiões.

Sempre haverá um Deus melhor que outro, e todos continuarão "a-teus".

Evaldo Wolkers.
Eduardo Medeiros disse…
Estou entendendo o que você quer dizer. Você está dizendo: "mas que idiotas, esses mulçumanos morrem para herdar um paraíso que eu SEI E QUE ESTÁ PROVADO ALÉM DE QUALQUER DÚVIDA que não existe!"

Para mim o único problema dos mulçumanos se explodirem em busca da recompensa divina é que ele leva junto consigo aquele que ele julga "infiel", "inimigo" e que não tem nada a ver com a sua ideologia.

Mas é bom que se diga aqui que o Islã moderno não é todo ele fundamentalista.

No caso dos primeiros discípulos de Jesus, está registrado a "mentira" de que eles o viram depois de morto e que foi exatamente isso que o impulsionaram a continuar a saga do messias. Evidentemente, todos eles eram malucos pois de repente se tornaram intrépidos pregadores do messias ressuscitado (mas sabemos que ele não ressuscitou, eles estavam só fingindo que acreditavam para ludibriar o povo em busca de poder) e espalharam a mensagem aonde fossem.

Tornaram-se poderosos? Enriqueceram? obtiveram prestígio social? Não. Pagaram com a vida por pregarem uma mentira que eles mesmo inventaram e da qual não obtiveram nenhuma vantagem a não ser a morte.

faz sentido?

"você não consegue conceber a idéia de que pessoas se mataram por um Jesus inexistente."

e não consigo mesmo, volto a dizer, porque Jesus só é "inexistente" para você, para os discípulos, era bem real.

Creio que suas argumentações contra os que morrem pela sua fé está equivocada no momento em que você afirma que tal fé é falsa. Ora, é falsa para você mas não para quem crê.

Mas tenho que concordar com você que se alguém chegasse a morrer por acreditar que o sol na verdade é um ser divino que nos dá o seu calor e que é capaz de cultuá-lo e dele receber revelações, eu concordaria com você que esse cara no mínimo, precisaria de um psiquiatra.

O problema é que Jesus foi um homem de carne e osso. Talvez mais osso do que carne visto que era um andarilho, não tinha onde descansar a cabeça e sua paixão o levaria à morte.

Ora, se antes de tudo, para o crente de hoje, a religião é um sentimento, quem pode julgar o sentimento alheio?

Eu só estou disposto a criticar esse sentimento se o mesmo se materializar em ações que sejam contra a vida ou á ética ou a paz.

Mas como eu vou criticar um messias que disse "eu vim para que tenham vida em abundância", "bem-aventurados os pacificadores", "bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça"?

Se os seguidores deles atuais não materializam a fé deles de acordo com as palavras de Jesus quem está errado?
Eduardo Medeiros disse…
Evaldo, no meu entender, em relação a Jesus, o Cristo, só há duas soluções.

A primeira é a que você advoga. Ele jamais existiu. Ele foi um mito construído a partir de outros mitos. Tudo o que está escrito nos evangelhos, nos atos, e nas epístolas são invenções a partir da mentira do mito. Nunca houve um pedro ou um paulo. São personagens de um grande romance.

Bem, temos que admitir que se nunca existiu um homem Jesus, alguém de repente resolveu criá-lo. Inventou toda a história dele. Colocou em sua boca tudo o que ele disse. Todos os grandes pensamentos, parábolas, enfrentamentos com os fariseus, sua vontade de reformar a sua religião, sua morte pelos romanos, tudo isso faz parte da invenção de um autor que tenho que admitir, foi um gênio literário, pois escreveu uma história que enganou bilhões de pessoas durante 2000 anos e continuará enganando, cauculo, por mais uns 2000 anos.

Mas espantoso ainda, é que se muitos usaram a estória inventada por esse autor para fins próprios, para usá-la como cabestro de dominação da massa ignóbil, milhões e milhões dessa massa ignóbil encontraram na mentirosa estória uma fonte de alegria espiritual que claro, é uma alegria falsa pois espiritualidade não existe, muitos se tornaram homens de nobres valores por causa dessa mentira e ainda hoje, pessoas existencialmente desiludidas, encontram nessa mentira uma muleta para se tornarem pessoas melhores...
Eduardo Medeiros disse…
Essa sem dúvida, é a maior estória já escrita pela imaginação de alguém. Todas as versões que depois apareceram foram apenas construções a partir desse original. Os evangelhos que hoje conhecemos foram escritos por pessoas que resolveram mudar um pouco a estória, escrever sua própria versão, daí, a existência de tantas versões da mentira. Estes talvez pensassem que a estória fosse verdadeira. ou não.

Agora podemos pensar:

o autor original quis apenas escrever uma grande estória sem nenhuma consequência? Ele queria na verdade que as pessoas lessem aquilo sabendo que era uma estória inventada ou ele na verdade, sordidamente, queria mesmo era criar um novo culto a partir do seu escrito? Se foi isso, o que esse homem ganhou com sua estória? por que não temos nenhum registro de tal escritor? Por que nenhum historiador antigo citou tal gênio literário, digno de um Ulisses?

Bem, logicamente, esse autor também era um mito construído a partir de outros mitos. Mas quem escreveu então o mito do mito que escreveu o mito?

Bem, essa alternativa deve ser mais viável do que admitir que houve de fato um homem chamado Jesus que foi tido como messias por seus seguidores.

e aí? quer dar alguma contribuição para a minha tese?
Levi B. Santos disse…
EDUARDO

Estou acompanhando com curiosidade o substancioso diálogo entre você, o Evaldo e o Bill.

Entendo que os textos dos evangelhos foram os fundadores de nossa civilização ocidental. Uma escritura-fala que renasce a cada dia e em cada coração.

Pode-se pensar que Jesus diz o que é preciso fazer, Não!. Ele diz através dos evangelistas o que se passa no inconsciente de cada um.

Jesus não pertence aos cristãos. Ele na verdade mostra a todos o que se passa com todos. Com os prisioneiros do dinheiro,dos bens ou das propriedades, com os atormentados por uma pulsão parcial que se desvia em detrimento do equilíbrio individual ou do grupo ao qual pertencem.

Disse Françoise Dolto, psicanalista francesa da escola Lacaniana que se debruçou por toda a sua vida nos estudos dos evangelhos à luz da psicanálise:

"Mas o que é o desejo que Jesus nos ensinou?
É o que nos leva a buscar o que nos falta. Os evangelhos se reescrevem com as tintas do nosso tempo. Verdade-poeira à espera do nosso sopro criador".
Unknown disse…
Ed, o quê acha desse link: http://super.abril.com.br/religiao/quem-escreveu-biblia-447888.shtml ?

Não confio muito na Superinteressante, mas taí um resumão sobre a história da bíblia. Vou salvar o texto aqui no meu pc para procurar melhor as referências.

Eu estou com um texto na cabeça, mas realmente sem tempo de escrevê-lo.
Eduardo Medeiros disse…
LEVI, meu enfoque sobre os livros bíblicos, em especial dos evangelhos, é histórico, sociológico, religioso(simbólico) e teológico pois são as áreas que estou mais familiarizado pois gosto mais de estudar sobre elas. Uma leitura psicanalística dos evangelhos é uma tarefa que não me sinto a vontade em realizar por pura incompetência. Mas pe claro, você nos supre essa lacuna com suas intervenções sempre importante a partir desse enfoque que você domina muito bem. Essa frase desse autor que você citou é esplêndida: "Os evangelhos se reescrevem com as tintas do nosso tempo. Verdade-poeira à espera do nosso sopro criador".

Esse sempre foi o entendimento dos sábios da Torá.
Anônimo disse…
Edu,

Pode ser, pode ser, e se for...???

Em forma de ironia conseguistes especular duas possíveis fontes da origem da religião cristã.

Vou debater? Não, porque repetiria o que seu subconsciente o fez colocar para fora, ou seja, no fundo, no fundo, você apenas exportou para fora de seu "eu" o que realmente está difundido em você, ou seja, estas palavras são exatamente seu maior medo.

"E se for tudo uma farça? Mamãe, pegue minha chupeta!"

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Anônimo disse…
Edu,

Sobre o texto indicado por Bill só posso continuar lhe afirmando que "por trás" da religião, existe muito mais do que podemos imaginar.

Minhas escrituras são todas especulações sobre as especulações escriturárias, só isso, eu só sei que nada sei e tenho pena de quem diz que sabe e afirma.

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Anônimo disse…
Edu,

Já pensou se isto for "verdade"?

"Sabe aquela famosa cena em que Jesus salva uma adúltera prestes a ser apedrejada? De acordo com especialistas, esse trecho foi inserido no Evangelho de João por algum escriba, por volta do século 3."

Ooohhhh, INSERIDO? PROPOSITALMENTE?

De novo, "Ooohhhhh".

Não, não pode ser, milhões de pessoas morreram por causa deste messias. Não, não pode ser não é Edu?

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Anônimo disse…
Edu,

Gostei muito disto:

"Hoje, os principais estudiosos afirmam que a Bíblia não deve ser lida como um manual de regras literais – e sim como o relato da jornada, tortuosa e cheia de percalços, do ser humano em busca de Deus. Porque esse é, afinal, o verdadeiro sentido dessa árvore de histórias regada há 3 mil anos por centenas de mãos, cabeças e corações humanos: a crença num sentido transcendente da existência."

E completo: "Que não fora alcançado e nunca será, porque de fato não existe fora de nossa consciência e biologia".

Evaldo Wolkers.