Demônios em minha cama

Passei por uma experiência curiosa esses dias, que me demonstrou como a nossa mente nos prega peças (na relação cérebro-mente-consciência).

Estava na casa de minha namorada, e após me deitar, quase dormindo (provavelmente findando o estágio 1 do sono NREM -http://pt.wikipedia.org/wiki/Sono-), senti como que pequenos pés estivessem em minha cama. Logo minha mente associou ao chiuaua que tenho em casa. Entretanto, logo racioncionei que isto era impossível, pois não estava em casa. Percebi, mesmo naquele estágio de sonolência, que minha mente estava a me pregar uma peça.

Logo cuidei de tentar ativar meu sistema motor, já devidamente desligado desativado, colocado em modo automático, pelo meu cérebro (isto ocorre para que, ao sonharmos com movimentos, não o façamos realmente, pois isto poderia ser fatal), e houve um minuto de luta mental, em quê eu desejava me virar, mas não conseguia. Por fim, consegui despertar-me, e virar-me para convencer-me de quê nada havia ali.

Mais tarde, na mesma noite, acordei subitamente. Olhei para o meio do quarto e havia uma velha lavando roupas na mão. Antigamente isto me teria feito cagar de medo, mas novamente, imaginei ser mais uma peça de minha mente. Continuei a fitar para a velha, até que ela se transformou na cortina. Mais um mistério desvendado.

Voltando no tempo, lembro me de um dia, quando estudava pela manhã. Tenho uma grande dificuldade de despertar antes das 08:00, e neste caso, tinha que estar na faculdade às 07:30h, o quê consistia num terrível sacrifício. Com isto, eu sempre acordava, e acabava caindo no sofá da sala para tirar uma soneca. Só que, ao fazer isso, eu não conseguia adormercer profundamente, e geralmente tinha algum sonho confuso. Um dia, durante uma destas sonecas, vi um diabinho a mexer em minha cabeça. Minha mente religiosa logo interpretou a experiência como lhe convinha, ou seja, crendo aquilo ser realmente um diabo controlador de mentes.

Mas hoje vejo como isto era infantil. Nossa mente prega peças, nossos olhos vêem coisas que não existem, criamos falsas memórias. Aquele diabinho foi extirpado, não da forma religiosa, mas pela razão. Percebi como era fácil ceder às respostas simplistas, aos espíritos, às fantasias religiosas. A velha podia ser um espírito que habitava aquele apartamento, ou tão somente a cortina e um bocado de pareidolia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pareidolia). Os pezinhos podiam ser sacis brincando comigo, ou tão somente uma falsa interpretação da pulsasão pulsação das artérias da minha perna (acontece que, quando deito de lado, a pulsação de algumas artérias de forma ritimada gera semelhanças com alguém fazendo pequenas pressões na cama, já fiz o teste).

Tenho visto que a maioria das experiências religiosas é facilmente encaixada neste tipo de confusão mental. São peças que pregamos em nós mesmos, como um subproduto de nossa evolução. A pareidolia desempenha um papel importantíssimo neste processo. É por ela que tendemos a ver rostos e silhuetas humanas em formas naturais. É também pela nossa necessidade de encontrar relações de efeito, que logo buscamos respostas para eventos naturais, e muitas vezes criamos seres mágicos, mesmo que estes fujam à razão, à lógica, às evidências. É interessante notar que nas religiões animistas, não há uma distinção clara do natural e do sobrenatural. O Vento é o espírito, as fadas habitam a floresta. Não havia esta distinção, pois para estas, espíritos eram tão reais quanto eles mesmos, e podiam habitar esta mesma dimensão.

Mas à medida que nós exploramos mais a terra, menos espaço sobrou para os espíritos, as fadas, os duendes, os mágicos. Eles, afinal, não estavam em lugar algum. Ontem a fronteira eram os mares, hoje é o Universo. Outrora monstros se escondiam por trás das grandes ondas, das ilhas perdidas. Hoje se escondem atrás do Big Bang. Quero saber onde eles se esconderão, quando desvendarmos mais este mistério.

Comentários

Hubner Braz disse…
Ótimo texto bill, "só não esqueça que temos que tornarmos como crianças para entrar no reino de Deus"

Vou dormir agora bill...
Mas, voltarei para comentar...
Amanhã cedo tenho aula na facul...

Abraços
Valéria Gomes disse…
Olá amigo,
Nem sei o que pensar sobre o assunto. Já vivi tantas situações estranhas, mas confesso que não fiquei para esclarecê-las. rsrsrs

Beijo grande!!!
Marcio Alves disse…
BILL


Realmente a mente humana é bem mais complexa e caótica do que podemos imaginar.


Tudo é criação da mente, por isso fantasmas, demônios, anjos não existirem em um determinado viés da existencial humana, porém milhares juram já terem visto, como também há pessoas que dizem ter ouvido a voz de deus – quer dizer que deus é um ser possuidor de voz???


Mas esta mesma mente pode ser manipulada.......experimente fechar os olhos e pensar em algo que geralmente lhe de medo.....por exemplo, se você tiver pavor em viajar de avião, e imaginar dentro de uma avião, isto lhe causará arrepios, sem mesmo que você estivesse de fato em uma avião.


As mesmas sensações de medo, pavor, prazer, alegria, tristeza, e todos os outros, em determinados objetos, situações ou pessoas, podemos experimentar mesmo sem de fato estarmos na realidade vivenciando-os, apenas ao imaginarmos.


Então de fato, você foi extremamente feliz em dizer que os religiosos por serem religiosos e acreditarem nas suas crenças ou por acreditarem porque querem acreditar, ou por necessidade, por mais que sejam irracionais essas mesmas crenças, eles experimentarão sensações, visões, que atribuirão aos espíritos sobrenaturais, justamente por pensarem nisto.


Uma vez eu vi uma pessoa, para colocar medo no meu filho, para faze-lho obedecer, disse a ele que se ele não obedecesse o bicho papão iria pegar ele, eu fiquei puto da vida, e repreendi aquela pessoa dizendo para ela nunca mais criar monstros para assustar meu filho.


Mais o estrago já tinha sido feito, mesmo depois de tentar reparar dizendo a ele que isto não existia que era mentira, ao que me respondeu: “o que é a mentira papai?”, hoje ele vive falando no bicho papão.



Continua...........
Marcio Alves disse…
Continuando..............


Ou seja, tudo hoje, ou quase tudo, pode ser explicado naturalmente, mais mesmo assim existem e sempre existirão religiosos que insistirão de veicular eventos naturais, a maioria explicado, alguns ainda não, ao sobrenatural.


Em algumas situações, não fará mal, mas em outras, criará paranóias, medos, e experiências desagradáveis, como também, assim como você, aconteceu comigo....quantas e quantas vezes já não sonhei ou tive “visões” de demônios querendo me pegar?
Mas também, pensava neles o tempo todo por causa da paranóia pentecostal.


Naquele tempo, tinha surgindo uma epidemia de orar expulsando o demônio pelo nome dele, ai o resultado foi catastrófico....muita gente ficaram paranóicos procurando diabo aonde não havia diabo....me lembro de pessoas testemunhando que expulsaram demônio do gás, porque, segundo elas, o demônio tinha roubado todo gás.


O pior nisto tudo para os jovens, foi a mania de achar que as mulheres, principalmente bonitas e sensuais, que não eram crentes, tinha o demônio da pomba-gira que as levava a dar em cima dos rapazes crentes.....ai eram vários crentes burros que rejeitavam as menininhas por causa desta crença....vê se pode BILL???


Para nós vermos até aonde vai a paranóia ilusória e fantasiosa de muitos religiosos, e ainda existem pessoas que insistem em dizer que a ilusão religiosa é boa.....boa porque eles estão de fora, vendo de um lugar privilegiadas e confortável, mas para as pessoas que vivencia as muitas paranóias religiosas, isto faz um mal danado, porque faz com que essas mesmas pessoas vivam mais o tempo delas, literalmente no “mundo da lua” do que na terra, tendo assim, sua qualidade de vida diminuídas.


Portanto, a vida com suas tragédias e belezas, prazer e dor, alegrias e tristezas, por ela mesma vale a pena viver, e não numa fuga da vida através do sobrenatural criado pela mente humana.


Nós temos a capacidade criadora, por tanto, devemos criar sim, mas criar de algo já criado, ou seja, a partir do existente, porque quem não cria o que já existe, fatalmente criará o que não existe.
Marcio Alves disse…
BILL

Vou colar aqui, alguns trechos principais de um comentário meu feito no blog “outro evangelho”, que tem tudo haver com sua postagem, a qual muitos não leram.

Eis meu comentário:


“Quanto sua fala sobre os sinais que deus tem operado na vida de muitos, é facilmente explicado como uma ponte onde o religioso fará com deus, tendo o mesmo como causa primaria.

Mas pense por um momento comigo neste exemplo que exponho agora a você:
“Se você estiver desempregado e orasse a deus com muita fé e fervor, você certamente conseguiria um emprego, mas se você não orasse também, você conseguiria da mesma forma o emprego".

A diferença esta do ponto de vista que partimos....o religioso sempre atribuirá a deus, mas o cético atribuirá a si mesmo ou a aleatoriedade os acontecimentos da vida.

...........O acreditar sempre será mais fácil do que o pensar, daí as pessoas se entregarem a religião sem o senso critico.

.............Tem muitos “milagres” que a ciência já explica, mas mesmo que não explicasse, porque a única alternativa seria o suposto milagre?

Fé é você andar pelos caminhos da fantasia e imaginação, mas para isto você terá que fechar os olhos da razão e realidade.

.......... Assim como os crentes, tenho experiências fantásticas para contar, a única, porém grande diferença é que não vivo na ilusão de que foi deus quem os realizou”.


É isto ai...........rsrsrsrsrs

Abraços
Marcio Alves disse…
Talvez muitos passem despercebidos, mas a pergunta do meu filho de apenas 3 anos é altamente filosófica e tem tudo haver com a postagem em apreço do BILL.

Portanto, quero deixar ela novamente para os confraternos, principalmente para o mestre da psicanálise LEVI.

“O que é a mentira?”.
rayssa gon disse…
ahh. passei grande parte da adolescencia "sofrendo" com um fenomeno chamado paralisia do sono. o seu "um minuto de luta mental pra voltar a se mexer" pra mim podia ser minutos inteiros.

varias culturas se referem a paralisia do sono como um acontecimento espiritual no qual doendes te amarram, demonios ficam sentados em cima de vc enquanto dão risada. só pensar que os espiritas tendem a achar que se que o seu espirito está voltando pro corpo depois de uma saidinha.

mas q é aterrorizante, cara, isso é.
Anônimo disse…
O comentário que estava antes deste foi apagado por conter spam (propaganda do blog do autor).

1. Aos visitantes: proibido spam (propaganda de seus blogs neste espaço)
Guiomar Barba disse…
Gabriel meu irmão,

Uma cortina tomar a forma de uma velha lavando roupa, é no mínimo impressionante.

Você disse: "Mas à medida que nós exploramos mais a terra, menos espaço sobrou para os espíritos, as fadas, os duendes, os mágicos. Eles, afinal, não estavam em lugar algum. Ontem a fronteira eram os mares, hoje é o Universo. Outrora monstros se escondiam por trás das grandes ondas, das ilhas perdidas. Hoje se escondem atrás do Big Bang. Quero saber onde eles se esconderão, quando desvendarmos mais este mistério"

Realmente, muita gente ainda ainda hoje, vive vendo duendes, eles não se perderam com a exploração do homem, embora sei que eles não passam de espíritos malignos; sim, aqueles que foram expulsos dos céus junto com o diabo.

Com certeza, eles tiram proveito quando as pessoas não acreditam neles, assim eles agem com liberdade contra aqueles que só acreditam no que pode provar a ciência, a grande deusa do século.

Parece que o intolerante Freud dispensou seu grande amigo Young porque ele era mistíco, no entanto não desprezava as viagens com seus coloridos enganosos.

São muitos os mistérios entre o céu e a terra, não podemos desprezá-los. Amanhã pode ser outro dia...

Abraço.
Guiomar Barba disse…
Marcio,

Eu tenho percebido que algums pessoas tiveram experiências terriveis em igrejas pentecostais e por este fato ficaram com ogerisa ao espiritual.

As minhas experiências tenebrosas com a igreja pentecostal, só me serviram para procurar discernir o espiritual do fanático, do paranóico. A entender o que é não ser crianças na fé.

Sei que existe o mal e o bem e a mim cabe escolher.

Eu também fiquei com raiva de que seu filho tenha sido vítima de uma pessoa mal educada, inconsequente.
Já fizeram uma brincadeira com um dos meus filhos, não nesses termos, mas também que o deichou com medo, graças a Deus passou.

Abraço querido.
Eduardo Medeiros disse…
"Tenho visto que a maioria das experiências religiosas é facilmente encaixada neste tipo de confusão mental. "

Como assim tem visto??? você por acaso analisou profundamente quantos destes crentes com confusão mental? Quantos você entrevistou, investigou a sua sanidade mental, fez eletroencefalograma, etc, etc? Você tem conteúdo científicos e psicológicos para afirmar o que você afirma? Quantas pessoas de quantas religiões você analisou?

Bill, procure ler a revista Cult, número 147 que publicou um dossiê sobre novas abordagens do pensamento freudiano onde a religião está sendo reabilitada não como "neuroses" ou "ilusão", mas como processo subjetivo válido para a vida "real".

um abraço
Eduardo Medeiros disse…
Isa, sobre propagandas de blog. Eu sou da opinião de se alguém vem aqui e faz um comentário da postagem e deixa o seu blog, não vejo nenhum problema. Agora, aqueles que só deixam o seu link devem mesmo ser deletados.
Eduardo Medeiros disse…
Marcio, quanto ao teu infeliz comentário


"Para nós vermos até aonde vai a paranóia ilusória e fantasiosa de muitos religiosos, e ainda existem pessoas que insistem em dizer que a ilusão religiosa é boa..."

recomendo a leitura que sugeri ao Bill.

Você precisa parar de universalisar a sua experiência individual...
Unknown disse…
Ed, como eu disse: Pareidolia, falsas memórias, traumas. Não entrevistei ninguém, estou falando de estudos, de explicações científicas.

Não é preciso estar insano para ser confundido, todos nós podemos ser. A questão é a interpretação que damos ao evento, como exemplo este da paralisia do sono, ou a epilepsia, que antigamente era possessão demoníaca, hoje sabemos que não é.

Li algo recente que aponta a religião, mais precisamente, o pensamento religioso, como sendo um sub-produto da evolução, um efeito colateral do desenvolvimento de nossa inteligência e linguística.

E que revista é essa? Passe algum link mais preciso.
Eduardo Medeiros disse…
Bill, eu não estou discordando da sua análise quanto ao problema que os religiosos (principalmente cristãos) fazem em colocar nos ombros do diabo, dos demônios ou de qualquer ser eventos que a ciência já explicou.

Mas eu estou no meio evangélico há muito tempo e já vi coisas do arco da velha que a ciência não explica. Aliás, fenômenos aparentemente para-normais acontecem em todas as religiões, principalmente orientais.

Não reputo a deuses ou a demônios tais eventos, mas não se pode resumir tudo simplesmente a ilusão, paranóia ou neuroses.

Você sabe que acontecem coisas por aí para o qual não há explicação científica (ainda).

Um exemplo. Uma amiga da minha esposa tinha cistos grandes em um ovário e no útero. Um dos ovários foi retirado e os médicos estudavam a possibilidade de tirar o útero. Os médicos disseram a ela que era impossível ela engravidar. Mas um belo dia, ela descobriu que estava grávida. Ligou para o médico, deu a notícia, e o médico lhe respondeu, claro, com a cabeça de um cientista: "mas você não pode estar grávida". Mas ela estava e deu a luz a seu filho para a admiração do médico que não sabe explicar como foi possível. ainda outro coisa impossível: simplesmente o cisto, que era bem grande no seu útero, simplesmente sumiu.

Até hoje os médicos não sabem o que aconteceu.

O pior, Bill, e que nem "crente" ela é. rsssss

Isso acontece toda hora no meio dos religiosos neuróticos.

Agora que a ciência está começando a estudar esses fenômenos até então, inexplicáveis. Não digo que é "a mão de Deus", mas não posso tapar o sol com peneira e fazer de conta que tudo isso é ilusão.

Pensei que você conhecesse a revista Cult, já que ela é muito conhecida no meio acadêmico. O site da revista é http://revistacult.uol.com.br/home/

Agora, dizer que a religião é um efeito colateral da evolução só pode ser piada. O que não é "efeito colateral" na evolução? Nós somos o maior efeito colateral da evolução...
Esdras Gregório disse…
Eu fico impressionado com a tamanha covardia e medo que vocês tem de que o demônio realmente exista!

Assim como para quem quer que o sobrenatural exista, fica interpretando tudo como fenômeno espiritual, também para quem não quer que ele exista , fica interpretando tudo materialmente.

Isso não é descrença, não é coragem, antes alem de ser ridícula a racionalização de tudo, isso não passa de uma demonstração de medo de que realmente seja verdade, é uma auto-afirmação para se convencer as si mesmo.

O que realmente o demônio ou a idéia do demônio merece é o completo desprezo, lutar por negá-lo é confirmar o medo de que ele exista.

Milhares de médicos, doutores, ricos e artistas buscam interpretações e ajudas para suas vidas nas mãos dos que invocam espíritos, gente fina, gente inteligente e gente estudada acredita nisso, não se trata de mera superstição de pobre e burro, mas de um profundo medo humano dos que afirmam ou negam.

Experiências como as suas eu já tive várias, o que eu fiz? Nada horas!Não dei bola! Não disse que era humano e nem espiritual, mas simplesmente normal, simplesmente irrelevante!

Não nego, não afirmo, não sei, sei que tudo se processa na mente humana, mas mesmo assim a mente é apenas processador, que trabalha com elementos externos que a impressiona.

O fato de tudo se dar como Atuação da psique não invalida em si as possibilidades de poderosas sugestões externas que não seja as idéias preconcebidas, mas fruições não concebíveis ainda pela analise humana.

Agora tudo também pode ser uma traição da mente, mas de qualquer jeito estas manifestações apareceram para o homem Jesus a muito tempo e Ele por sua própria coragem os enfrentou, quer por serem espíritos ou doenças mentais que necessitavam de uma voz de comando poderosa para os suprimir.

ou seja fosse o que fosse Ele não temeu afrontou de frente
Levi B. Santos disse…
Já que o assunto é “demônio”, vejamos o que Freud tem a dizer sobre o Capeta maligno que assusta a muita gente:

“Com respeito ao demônio maligno, sabemos que ele é considerado como a antítese de Deus, e, contudo, está muito próximo Dele em sua natureza. Sua história não foi bem estudada como a de Deus; nem todas as religiões adotaram o espírito maligno como oponente de Deus. Uma coisa, porém, é certa: os deuses podem transformar-se em demônios maus quando novos deuses os expulsam.
O Diabo da Idade Média foi, de acordo com a mitologia cristã, ele próprio um anjo caído e de natureza semelhante a de Deus.Nas épocas primitivas da religião, o próprio Deus ainda possuía todos os aspectos terrificantes que mais tarde se combinariam para formar uma contraparte Dele. Não é preciso muita perspicácia para adivinhar que Deus e o Demônio eram originalmente idênticos — uma figura única posteriormente cindida em duas figuras com atributos opostos”.

O trecho acima foi retirado de “O Demônio como Substituto Paterno” — (Freud – 1922)

Freud queria chegar a um denominador comum para poder explicar a nossa AMBIVALÊNCIA. As contradições da natureza original de Deus, ele achava que constituíam um reflexo que governava a atitude do indivíduo para com seu pai pessoal. Nesse caso, o pai benevolente e ao mesmo tempo castigador era um protótipo tanto de Deus quanto do Diabo.

Os sonhos “divinos” e “demoníacos” que povoam as nossas noites mal dormidas trazem em sua linguagem simbólica ( inconsciente), reminiscências do nosso imaginário infantil-igrejeiro.
Eduardo Medeiros disse…
bom, eu nunca sonhei com o capeta, mas já tive pesadelos no qual Jesus voltava e eu ficava...rssss

medos inconscientes vindo à tona.
Anônimo disse…
Complicado... Para populações isoladas da civilização branca, se falarmos de átomos, bactérias, células e coisas do tipo, como elas as compreenderiam? Não fariam ressignificações em dados científicos para encaixá-los à sua cultura, ou seja, ao conjunto material e principalmente imaterial de elementos que os permite visualizar uma (parte da) realidade?

"Pois é, pois é, pois é"... Fenômenos científicos para uns são manifestações espirituais para outros. É necessário analisarmos quem está recebendo a mensagem, para então compreendermos as razões que a leva a interpretá-la desta ou daquela forma.
Marcio Alves disse…
DUZINHO

Eu fiz quatro comentários, e você cortou e colou apenas um trecho deles, dando assim margem a outras interpretações tendenciosas, tanto isto é verdade que vou colar aqui, um outro trecho que responde sua critica:

“Em algumas situações, não fará mal, mas em outras, criará paranóias, medos, e experiências desagradáveis....”

Eu disse que EM ALGUMAS SITUAÇÕES NÃO FARÁ MAL, OU SEJA, NÃO DISSE EM MOMENTO ALGUM QUE TODA EXPERIENCIA RELIGIOSA FAZ MAL PARA OS INDIVIDUOS.


Agora, vou colar aqui todo o parágrafo da onde você tirou minha frase que você criticou:
“Para nós vermos até aonde vai a paranóia ilusória e fantasiosa de muitos religiosos, e ainda existem pessoas que insistem em dizer que a ilusão religiosa é boa.....boa porque eles estão de fora, vendo de um lugar privilegiadas e confortável, mas para as pessoas que vivencia as muitas paranóias religiosas, isto faz um mal danado, porque faz com que essas mesmas pessoas vivam mais o tempo delas, literalmente no “mundo da lua” do que na terra, tendo assim, sua qualidade de vida diminuídas”.


E agora DUZINHO, o que você me diz heim????
Eduardo Medeiros disse…
Márcio-desconstrutor-maníaco-obsessivo-contra-tudo-que-se-diz-Deus: heeee esta foi boa...

Eu só destaquei a frase que reflete 99 por cento das suas atuais críticas à religião e ao sentimento de transcendência humano que o Bill disse que foi uma "efeito colateral da evolução", como se todas as espécies existentes não fossem um efeito colateral.

A não ser que se diga que a evolução tinha uma direção determinada e aí houveram efeitos colaterais...

bem, mas o assunto não é esse aqui. Então, como eu ia dizendo, meu ex-protegido-que-hoje-se-vira-contra-o-mestre kkkkkkkkkkkk eu critiquei o supra sumo das suas ideias atuais.

Já que você está dizendo que em "algumas situações" a religião não faz mal, falta você escrever uma série de artigos defendendo tais situações pois até agora foi só paulada na cabeça dos neuróticos e iludidos.

E se você está dizendo que é fácil para mim defender a religião por que eu "estou de fora", vendo de um "lugar privilegiado", não é bem assim. Eu sou membro de carteirinha de uma igreja batista histórica, esqueceu? E vou aos cultos todos os domingos. Ou quase todos...
Eduardo Medeiros disse…
Marcinho, outra coisa: se você tem "experiências fantásticas para contar", bem que você poderia contar algumas e dizer por que hoje você acredita que as suas experiências não tiveram nada a ver com Deus e explicar "cientificamente" a origem delas, agora que você acordou do sonho ilusório da religião.
Unknown disse…
Ed, se os médicos disseram que era impossível ela engravidar, e ela engravidou, então os médicos estavam errados. Ela tinha um ovário e um útero, afinal.

Gresder, eu tenho tanto medo de demônios quanto tenho do saci, ou de sereias, ou mulas-sem-cabeça.

Engraçado que estou lendo um livro de Carl Sagan, recomendadíssimo, "O Mundo Assombrado pelos demônios", e nele estas questões são abordadas. Na época da caça às bruxas, a prova de que elas existiam era por quê muita gente acreditava nelas. Mais ou menos a prova que o Gresder deu "milhares de médicos, doutores, gente famosa buscam ajuda espiritual, logo, ela existe".

Sobre a religião como efeito colateral da evolução, leiam este artigo para entender o quê quero dizer: http://camilojr.blogspot.com/2009/01/por-que-acreditamos-em-deus.html
Unknown disse…
Rayssa, seja bem vinda à esta confraria. Já estou a seguir seu blog, e vejo que você tem muito a contribuir em nossos debates.
Eduardo Medeiros disse…
Isa, quero destacar tua frase " Fenômenos científicos para uns são manifestações espirituais para outros." É verdade. Um ótimo exemplo é o caso da glossolalia que o Levi levantou. A psicanálise explica de uma forma (que o Levi acima já comentou) e os pentecostais acreditam que são línguas que o Espírito Santo permitem que eles falem.

Ainda que um pentecostal mais aberto às explicações científicas possa aceitar a explicação psicanalítica, no fim das contas ele pode dizer que é exatamente o inconsciente que o Espírito Santo usa para promover tal dom...E quem pode provar que ele está iludido?

Já vi casos em que pessoas falaram línguas humanas que nunca aprenderam em determinadas situações, e classificaram isso como dom espiritual. Vai o inconsciente explicar como alguém pode falar fluentemente uma língua humana (não "estranha") que ele nunca estudou?

Há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia (ou ciência, eu diria). Quem foi mesmo quem disse isto? Acho que foi o autor do "ser ou não ser, eis a questão".
Hubner Braz disse…
Gostaria de desfrutar as EXPERIÊNCIAS vivida por grandes homens na rua Azuza.

O profeta Joel estava passando apuros com as pragas dos gafanhotos que acabou com as prantações na sua epoca e para renovar as esperanças ele profetizou...

"E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o SENHOR prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar.
Joel 2:28-32"

Isto não era fruto de imaginação humana, não era fruência da cortina em forma de mulher, da veia que fez pesar na cama sentindo uma pseudopresença de outro corpo. É real.

Tudo é real.
Hubner Braz disse…
Uma experiência que passei, foi quando eu madornei a tarde, morava sozinho já fazia uns 5 anos e percebi que tinha alguém no meu quarto, era um ser diferente, maior que todos que já vi e tinha uma aparência do mal.

Minha reação foi repreender este ser, e ele sumiu, a paz em casa voltou.

Isso aconteceu duas vezes, e quando aconteceu fui arrebatado em sentido e tive experiências que no momento não contarei.

Vou indo, tenho que trabalhar... Só uma coisa, fantasmas não existe. O que existe são hostes espirituais do mal pairando por todos os lugares do submundo existencial.

Abraços e até breve...
Esdras Gregório disse…
Poxa Gabriel você adulterou minha frase, eu não disse isso: "milhares de médicos, doutores, gente famosa buscam ajuda espiritual, logo, ela existe".

Mas isso: “Milhares de médicos, doutores, ricos e artistas buscam interpretações e ajudas para suas vidas nas mãos dos que invocam espíritos, gente fina, gente inteligente e gente estudada acredita nisso, não se trata de mera superstição de pobre e burro, mas de um profundo medo humano dos que afirmam ou negam.”

E isso: “Não nego, não afirmo, não sei, sei que tudo se processa na mente humana, mas mesmo assim a mente é apenas processador, que trabalha com elementos externos que a impressiona”

Pois pra mim: “A verdade é subjetividade, cada um tem a sua, no seu tempo, na sua capacidade de entender, suportar e digerir.”

Portanto não coloque na minha boca o que eu disse e vê se larga de ser moleque saído fora das questões com suas ridículas comparações de demônios com saci, ou de sereias, e mulas-sem-cabeça. Isso não te livra da profunda e simples questão psicológica de que cremos no que queremos crer e não acreditamos no que não queremos que exista.

“Verdade é como umbigo, cada um tem o seu, conforme quer crer, conforme quer ver, conforme se recusa em saber, conforme deseja, ou não desejar saber, que não quer querer saber”
Unknown disse…
Gresder, você crê ou não na existência de demônios como seres fora de nossa mente, com substância própria e auto-consciência?

Se coloquei palavras em sua boca, foi por não enteder o quê você quis dizer, pois me parecia defender a existência real dos demônios.

Pois pelo seu chilique ali em cima, a gente tem medo de que eles existam, e a melhor forma de tratar a idéia dos demônios é desprezá-los. Você me sugere que não os considere nem espirituais nem materiais, e que dar explicação para eles é tolice. Ora, tolice é esta posição em cima do muro, de quem quer parecer sábio mas é apenas um covarde intelectualmente.

Os religiosos adoram dar suas "explicações" para fenômenos psíquicos, sem qualquer base além de seus achismos. Prefiro sim mil vezes explicações científicas, pois tenho convicção que elas existem para tudo que ocorre, mesmo que por incopetência nossa, não as saibamos ainda.

Agir com desdém para o conhecimento é uma atitude fraca e perigosa. Dar de ombros para a questão das doenças mentais, dizendo que elas são "normais", e que tanto faz se são causadas por demônios fantasiosos ou problemas fisiológicos é uma atitude de tolos. Estes problemas existem e devem ser tratados com seriedade. Se você não tem nada a acrescentar ao debate, poupe-nos.

Mas se tem algo realmente interessante, mesmo que seja uma explicação estaparfúdia de quê os demônios vêm de marte, então, bem vindo, e brinde-nos com seu conhecimento.

E minhas comparações de demônios com saci, mulas sem cabeça, fadas, duendes etc, não é infantil. a figura dos demônios, seres representantes do mal absoluto, tem como base estes seres, e foi piorada pelo cristianismo que se baseou nos antigos mitos gregos, e aprimorada pelos pais da igreja. Mas continuam tão reais quanto os seres mitológicos mais simples.
Esdras Gregório disse…
Sim! Fico em cima do muro, pois realmente não sei se tivesse tanta certeza decidiria, mas assim como não sou nem evolucionista ou criacionista também tenho o direto de não formar posição por achar todas as alternativas insuficientes e pueris diante de muitas questões incógnitas da existência humana.

Isso é simplesmente agnosticismo, uma postura filosófica tão velha como também muito mais honesta do que os que têm “convicção” que existe uma explicação cientifica para tudo que ocorre, mesmo que por incapacidade nossa não as saibamos ainda.
Esdras Gregório disse…
Eis um pouco do gnosticismo enbebedado em alguns textos meus de teor deistas como: “verdade é subjetividade”, “um deus impotente”, “um deus a nossa imagem” , a “literalidfade do Eden” e “o legado religioso da humasnidade”:

“As bases filosóficas do agnosticismo foram assentadas no século XVIII por Immanuel Kant e David Hume, porém só no século XIX é que o termo agnosticismo seria formulado. Seu autor foi o biólogo britânico Thomas Henry Huxley numa reunião da Sociedade Metafísica, em 1876. Ele definiu o agnóstico como alguém que acredita que a questão da existência ou não de um poder superior (Deus) não foi nem nunca será resolvida.

Nas palavras de Huxley, sobre a reunião da Sociedade Metafísica, "eles estavam seguros de ter alcançado uma certa gnose — tinham resolvido de forma mais ou menos bem sucedida o problema da existência, enquanto eu estava bem certo de que não tinham, e estava bastante convicto de que o problema era insolúvel."

Desde essa época o termo "agnóstico" também tem sido usado para descrever aquele que não acredita que essa questão seja intrinsecamente incognoscível, mas por outro lado crê que as evidências pró e contra Deus não são ainda conclusivas, ficando pragmático sobre o assunto.

Se existem ou existiram deuses é considerada uma questão que não pode ser finalmente respondida, ou que no mínimo não foi suficientemente investigada antes que possa considerar satisfatoriamente respondida, pois muitas coisas tidas como relacionadas podem ser freqüentemente independentes. Mesmo com a comprovação e aceitação científica da ancestralidade comum universal e do mecanismo de seleção natural, não é possível afirmar que deuses não existam; isso apenas impede a interpretação fundamentalista de diversos relatos de criação. Ao mesmo tempo, uma hipotética refutação científica da ancestralidade comum universal, Big-bang e outros eventos da história do universo, ou mesmo uma eventual comprovação de algo como a vida após a morte, também não seriam provas da existência de algum deus em particular ou de deuses de modo geral.

O agnóstico opõe-se à possibilidade de a razão humana conhecer entidades nas linhas gerais dos conceitos de "deus" e outros seres e fenômenos sobrenaturais (gnose tem a sua origem etimológica na palavra grega que significa «conhecimento»). Para os agnósticos, assim como não é possível provar racionalmente a existência de deuses e do sobrenatural, é igualmente impossível provar a sua inexistência. Isso não é necessariamente visto como problema, já que nenhuma necessidade prática os impele a embrenhar em tal tarefa estéril.

Alguém que admita ser impossível ter o conhecimento objetivo sobre a questão — portanto agnóstico — pode com base nisso não ver motivos para crer em qualquer deus (ateísmo fraco), ou pode, apesar disso, ainda crer em algum deus por fé (fideísmo). Nesse caso pode ser ainda um teísta, caso acredite em conceitos sobrenaturais como propostos por alguma religião ou revelação, ou um deísta, caso acredite na existência de algo consideravelmente mais vago.”

Agnosticismo Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Marcio Alves disse…
DUZINHO 1

Kkkkkkkkkkkkkkkk

Eu, “desconstrutor-maníaco-obsessivo-contra-tudo-que-se-diz-Deus”? rsrsrsrsrss

E você é o defensor por excelência dos fracos, pobres, oprimidos e neuróticos religiosos, não é mesmo?? Kkkkkkkk

Eu não escrevo, e talvez – eu disse talvez, porque não sei o que serei quando for eu eu mesmo no futuro – nunca venha escrever sobre o lado positivo da religião, pois isto já tem bastante gente que o faça, como já antes disse, e torno a dizer, quero causar reflexão nas pessoas, principalmente nas religiosas.

Quanta a minha fala sobre os que estão de fora, eu não dei nomes aos bois, nem estava pensando em você quando disse isto, pois sei um pouco de sua historia que é muito parecida comigo, sendo a maior diferença é que ela se deu há um século atrás, sendo que a minha é mais recente de uns 20 anos para cá. Rsrsrsrsrsrsrs
Marcio Alves disse…
DUZINHO 2

Sua fala: “Marcinho, outra coisa: se você tem "experiências fantásticas para contar", bem que você poderia contar algumas e dizer por que hoje você acredita que as suas experiências não tiveram nada a ver com Deus e explicar "cientificamente" a origem delas, agora que você acordou do sonho ilusório da religião”.

Minha resposta: Duzinho, você acabou de dar um exemplo muito interessante da mulher que os médicos disseram que ela não engravidaria, mas por alguma razão desconhecida ainda, ele conseguiu engravidar e nem crente era.

Como tinha já escrito, e volto a colar aqui de novo minha fala sobre este assunto, pois acho que você não leu, ou se leu, não prestou muita atenção:

“Quanto sua fala sobre os sinais que deus tem operado na vida de muitos, é facilmente explicado como uma ponte onde o religioso fará com deus, tendo o mesmo como causa primaria.

Mas pense por um momento comigo neste exemplo que exponho agora a você:
“Se você estiver desempregado e orasse a deus com muita fé e fervor, você certamente conseguiria um emprego, mas se você não orasse também, você conseguiria da mesma forma o emprego".

A diferença esta do ponto de vista que partimos....o religioso sempre atribuirá a deus, mas o cético atribuirá a si mesmo ou a aleatoriedade os acontecimentos da vida”.

Precisa ainda responder mais alguma coisa????
Marcio Alves disse…
BILL


Nesta questão que o GRESDER levantou sobre o agnosticismo, eu concordo com ele, tanto, que vou colar aqui um texto que eu escrevi sobre este mesmo assunto, lá no meu blog “outro evangelho” o qual acredito que você não deve ter lido, ok?


Eis o meu texto para sua analise e reflexão, aguardando assim, seu comentário do mesmo:


(Fonte do texto extraído do: http://outroevangelho.blogspot.com/2010/08/meu-crer-na-descrenca-e-minha-descrenca.html)


“Não busco mais um ser fora de mim, que habita em luz imarcescível, onde olho nenhum conseguiu vê, pensamento imaginar, coração sentir, mãos a palpar, intuição perceber, se quer experimentar.
Mas também não sou contra as pessoas que vivem dizendo que sente, pensam, vê e até que escutam sua voz, afinal fantasma não existe, mas é uma coisa que muita gente jura ter visto.


Não vivo no extremo da convicção religiosa que afirma existir deus, mas também não me encontro no pólo da negação ateia de dizer que ele não existe.
Se por um lado é fantasia acreditar que um ser do nada surgiu para então do nada criar tudo, por outro, é mágica a idéia de que do nada tudo se fez sozinho através de uma explosão.


Creio e tenho fé na duvida, mas duvido da certeza da fé.
Creio no não saber, tenho como resposta a não resposta, minha convicção é a não convicção, meu caminhar é pelas sombras escuras do mistério da vida, navegando pelo oceano das incertezas, trilhando o caminho espinhoso e pedregoso da existência.


Continua.....................
Marcio Alves disse…
Continuação...................


Minha sina é não poder saber, se quer ter certeza do que acontecerá após a morte.
Mas ao mesmo tempo em que a morte é um enigma não desvendado por nós, apenas crido e esperado por uns, negado por outros, é por mim anulado tanto a certeza que diz para mim o que será, quando a negação que diz que nada depois existirá.


Tenhamos calma, não precisamos nos desesperar, cada coisa ao seu próprio tempo, um dia iremos morrer e ai, ou saberemos por continuar tendo consciência, ou saber por justamente não saber por não termos mais consciência, justamente por não mais continuarmos existindo.


Vivo uma vida de anulação de deus, não afirmando sua existência, como também não afirmando sua negação, mas antes, não pensando mais sobre ele, se quer vivendo preocupado ou tendo uma obrigação moral para com ele.
Acho até ser mesmo de sua vontade, se é que ele tem vontade, e ainda mais se é que ele é ele, pois não quis se revelar, mostrar sua cara, manifestar sua presença, fazer ouvir sua voz, compreendida sua existência.


Só sei que quando me dei conta do “meu crer na descrença e minha descrença no crer”, me tornei livre para pensar sem os cabrestos obscurecidos da religião. Agora nunca mais serei um escravo tendo um senhor e mestre para comandar minha vida, eu sou meu próprio deus, como meu próprio demônio, onde posso criar como também destruir minha vida. Meu destino, minha sorte, como meu trilhar pelos caminhos da vida, são totalmente de minha escolha e decisão. Assim sendo, fantasmas, deuses e demônios representam apenas mitos criados pela fértil imaginação humana.


A única coisa que agora espero mesmo, desejando ardentemente é demorar em descobrir isto tudo, pois isto significará que vivi bastante....deus, anjos, demônios, vida após a morte, podem esperar mais um pouco, agora o que eu quero é somente viver esta vida sem me preocupar com o que será depois dela, pois pode ser que nunca venha descobrir”.

Fonte do texto extraído do: http://outroevangelho.blogspot.com/2010/08/meu-crer-na-descrenca-e-minha-descrenca.html
Unknown disse…
Não vejo o agnosticismo como "mais honesto".

Também não vejo o ateísmo dogmático, daquele que diz ser absolutamente impossível a existência de algo como Deus (embora as definições para este termo sejam milhares), como algo absolutamente inteligente.

Adoto um Ateísmo cético. Explico: Não creio na existência dos deuses tais como definidos pelas teologias que conheço (pois não conheço todas, lógico), por simples falta de evidência. Descarto a figura mítica do deus cristão, do diabo, dos espíritos, da mesma forma que descarto a idéia do papai noel. Como há absoluta falta de evidências, e explicações racionais para os eventos que provariam a existência destes, considero a hipótese padrão como válida, a de que estes são apenas mitos, interpretações para eventos misteriosos, mas não são seres reais auto-conscientes exteriores à nossa mente.

Descobri o termo Ateísmo Cético aqui: http://wolfedler.blogspot.com/2010/08/proselitismo-ateista.html

Este meu breve relato, dos eventos que ocorreram naquela noite, a alguns séculos atrás seriam prova de bruxaria. Paralisia do sono, polução noturna seriam provas de atos sexuais com demônios. Eu seria provavelmente queimado na fogueira por causa disso.

Hoje SABEMOS que estas ocorrências, no limiar do sono, são ilusões, peças pregadas por nosso cérebro, e um mistério ainda em muitos aspectos. Mas certamente que os padres da Idade Média estavam enganados, e não haviam demônios em minha cama. Isto digo com convicção.

Mas eu poderia dizer: Ah, é possível que realmente tenham sido demônios, e eles me enganaram. Lógico, e voltemos à Idade Média. Vamos dar ouvidos aos medos, ao invés das evidências e ao conhecimento científico.

Meu ceticismo está em avaliar qual é a opção razoável: Uma falha em meu cérebro, que interpreta um evento errôneamente, e evoca medos infantís de monstros no armário (que é na verdade algo natural, pois na nossa história recente, os filhotes dormiam agarrados à mãe, e os terrores noturnos serviam como uma proteção para os pequeninos não sairem da proteção maternal à noite e serem comidos pelas feras. Como as crianças hoje em dia dormem sozinhas, elas ainda vêem os mesmos monstros, como um mecanismo natural de proteção), ou seres mágicos cuja única distração é brincar conosco, e eventualmente nos usar de fantoches, dos quais não há provas algumas de sua existência?

Quanto ao motor-primo, uma causa pré-Big Bang, não considero como argumento válido. Explico: O Big Bang não é uma explosão, e não é um evento necessariamente causado. Há muitos eventos que não necessitam de causa para ocorrer, como a física quântica tem descoberto. A noção de quê todo efeito tem uma causa se dá por nossa percepção dos eventos macroscópicos que nos cercam, que nos dão essa falsa impressão.

O Big Bang é tido como uma singularidade, e é bem verdade que aos eventos que ocorreram nos primeiros microsegundos do nosso Universo, os físicos apenas especulam. Mas isto não dá margem para afirmarmos, com certeza, que há um grande ser por trás disso. Pode ser que, afinal, o Universo seja eterno, como num ciclo de expansão e contração. Não há necessidad e de preencher as lacunas com um ser inteligente e consciente.
Hubner Braz disse…
Pessoal tenho uma novidade,

Fui na casa da minha sogra, quando estacionei o carro ela me chamou desesperadamente para expusar o demônio que estava manifesto na vida de uma jovem.

Pecebi que era legiões, elas espusaram alguns e sobrou o mais forte, infelizmente não consegui expusar o mais forte, porque esta casta só saia com jejum e oração, e confesso que estou em dívida na oração.

Mas, depois de tanta canseira, ela durmiu... e depois acordou perguntando onde estava.

Conclução de tudo isso é que tenho que me preparar para esses acontecimentos. Não tenho vergonha em dizer isso. São experiências que passamos na vida.

VOu trabalhar agora, abraços a todos.
Unknown disse…
Hubner, se quer fazer algo de realmente bom a essa menina, leve-a a um psicólogo, que vai analisá-la melhor, e talvez enviá-la para um psiquiatra. Caso contrário, você estará só brincando com a mente dela, e talvez piorando o estado da mesma.
Hubner Braz disse…
Isso aconteceu hoje, na volta da faculdade.
Hubner Braz disse…
Sr. Bill,

Eu não brinquei com ela.Jamais farei isso com coisas espirituais.
Unknown disse…
Hubner, você não brincou conscientemente, mas está a tratar de problemas mentais de forma medieval, coisa que a humanidade já deveria ter superado. O pensamento mágico pode ser sedutor, mas não passa de supertição, e traz muitos problemas reais para as vítimas.

Um tratamento real é muito melhor para a menina, do quê alguém gritando no ouvido dela. Já pensou que ela pode ter múltiplas personalidades, ou algum tipo de esquizofrenia? Em dar um ar espiritual a uma doença mental, você apenas reforça o problema. Ou até mesmo cria, pois ela pode estar apenas passando por muito stress.

Não é no grito que se cura esse tipo de problema.
Anônimo disse…
Hubner, Jesus disse aquilo sobre as "castas" naquela época, mas lembre-se que Freud não foi contemporâneo de Jesus...
Unknown disse…
E Jesus estava apenas repercutindo os mitos de sua época, sobre demônios, legiões (que na verdade é uma referência à dominação romana com suas legiões) e exorcismos. Só que desde lá a gente aprendeu um bocado, e pracitar exorcismos hoje é um atestado de ignorância.
Eduardo Medeiros disse…
Bill, você me deu um link para eu ler mas o texto parece um livro...ainda estou tentando acabar de lê-lo.

Me diz uma coisa, meu bom: existe por acaso ateísmo crente em oposição ao ateísmo cético? Estou perguntando na boa, ok? rssss

Bom, acho que sou meio ateu cético, se for assim, pois também não creio que deuses existam, sendo apenas representações de uma ideia metafísica a lá platão.

Achei interessante sua fala:

Quanto ao motor-primo, uma causa pré-Big Bang, 'não considero como argumento válido. Explico: O Big Bang não é uma explosão, e não é um evento necessariamente causado. Há muitos eventos que não necessitam de causa para ocorrer, como a física quântica tem descoberto...O Big Bang é tido como uma singularidade, e é bem verdade que aos eventos que ocorreram nos primeiros microsegundos do nosso Universo, os físicos apenas especulam. Mas isto não dá margem para afirmarmos, com certeza, que há um grande ser por trás disso. Pode ser que, afinal, o Universo seja eterno, como num ciclo de expansão e contração. "

Muito boas essas reflexões...

A causa primeira é para mim, exatamente, a questão mais forte para a necessidade de um "causa não causada". Para mim, ela é necessária, pois creio que o Big Bang precisou sim, de uma causa. E porque? Por causa do que veio depois dele: As leis da física, os sistemas planetários e por fim, a vida. E não só a vida, mas a vida consciente e inteligente.

Então para mim, quando houve o Big Bang todas as potencialidades para criar o que veio a ser criado já estavam lá, e isso requer, projeto e inteligência.

Ninguém pode negar que o "projeto do universo" é inteligente.

Não concebo de maneira nenhuma que a vida veio a existir de forma aleatória.

Pode ser que o universo seja eterno com ciclos de expansão e retração? Em português mais claro, com ciclos infinitos de criação-destruição-criação...por toda a eternidade.

Mas você concebe que em todos os ciclos de criação-destruição, a vida volta de novo a existir e depois a dasaparecer e então a existir de novo? A vida consciente também está sempre indo e vindo?

Bom, essa é uma hipótese que talvez nunca a ciência irá comprovar, pois ela me parece mais filosófica do que científica.

Aonde Deus se encaixa aí? Talvez não se encaixe. Talvez o universo em si seja autoconsciente; só assim, ele poderia ser eterno e poderia se recriar a cada ciclo.

O que você acha?
Eduardo Medeiros disse…
Bill, disseste bem. Nos evangelhos quando Jesus expulsa "legião" do corpo daquele garoto e manda para os porcos, este é uma atitude puramente política, não de Jesus, mas do autor que concebeu essa passagem. Bem, digo isso pois não vejo Jesus como um opositor aberto ao império romano, mas não se pode ter certeza.

Legião era a principal divisão do exército romano que era formado de 4 mil a 8 mil soldados. "expulsar a Legião" tem um significado simbólico poderoso e ainda mais afogá-la no rio dentro de porcos (animal imundo para o judaísmo) é simbolicamente ainda mais evidente.

Resumindo: Jesus nunca deve ter expulsado de fato um demônio chamado Legião, mas o autor do evangelho usou essa figura para dar um espetada meio camuflada no exército romano que deveria mesmo era ser "expulso" e que se afogassem no rio.

Quem disse que os autores bíblicos eram alienados politicamente...?
Guiomar Barba disse…
Levi, apesar de toda sua filosofada rsrs no fim eu entendi que você disse que a igreja é o próprio demônio.

Quanto ao Freud, será que ele fez esta analise sob o efeito de uma das suas viagens? rsrs

Abraço amigo.
Guiomar Barba disse…
Edu, sobre línguas estranhas por favor leia este comentário ue coloquei no blog do Levi:

Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos. Antoine de Saint- Exupéry

As coisas do Espírito, só se discernem pelo Espírito.

No quadro que vou descrever: temos três pessoas, que nunca se viram, totalmente estranhas entre si.

Cheguei na Ig. Batista Missionária de Salvador, numa manhã de oração e jejum, haviam apenas 4 pessoas ajoelhadas orando, ninguém me olhou quando entrei caladinha. Ajoelhei-me e em silêncio, apenas com a minha mente orava, como Ana, orava, ela balbuciava, eu não. Daí um pastor que também estava ali e não era daquela igreja, começou a falar em línguas, uma irmã começou a interpretar, para minha surpreza ela respondia a cada pergunta da minha mente. Não tendo dúvidas que Deus estava falando comigo, começei a perguntar sobre coisas muito minhas que eu estava vivendo, a todas Ele me respondeu da mesma forma, através da interpretação da língua do Pr. Mizael. Quando terminou, eu ainda estava com o coração muito triste, só Deus sabia disto, mas ainda ajoelhada aquela irmã falou: por que ainda estás triste? Consola-te com o que Eu já te disse.
Ao sair daquela reunião, fui a uma livraria e ali eu recebi um telefonema que começava confirmar o que Deus havia falado comigo. seguiram-se os fatos conforme Deus falou através daquela irmazinha quase analfabeta. Eu fui embora para Belo Horizonte, e a profecia continuou se cumprindo na minha vida de forma impressionante.

Jamais vou duvidar das profecias que têem se cumprido claramente em minha vida .
Com certeza já ouvi muitas "profetadas", que eu descartei na hora, mas essas não anulam a verdade de que Deus fala como quer, através de quem quer.

Quero apenas ter discernimento para saber o que vem de Deus e o que vem de paranóias ou falsidades.

Ninguém pode provar que não é verdade o que outro vivencia.

Abraços.
Anônimo disse…
Bill,

Li os posts, li os comentários até o do Gresder de "24 de agosto de 2010 20:45".

Antes de continuar lendo já vou comentar uma experiência que sempre tenho.

Toda vez que minha mulher está menstruada e eu a tranco no quarto da empregada (conforme o SENHOR revelou), eu fico sem poder tocá-la e nesta abstinência de sexo eu tenho altos sonhos com mulheres ultra-gostosas e às vezes abro os olhos e continuo vendo estas deusas cavalgando em mim. A questão é que na hora que acordo minha cueca fica lotada de esperma, o que seriam estas mulheres? Deusas, enviadas por Javé para suprir minha abstinência pelo fato de eu estar cumprindo com as ordens do Velho Testamento, ou seria uma enviada do diabo (Lilith) se aproveitando de meu órgão sexual para a produção de seres espírito-carnais? Será que sou pai de alguns anjos ou demônios?

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Unknown disse…
Ed, suas considerações são interessantes, mas não vou me ater a elas agora, preciso antes comentar a experiência da Gui.

Gui, se assim me permite chamá-la, sua evidência é anedótica. Contém elementos vagos demais, e só serve para você. Esse tipo de evidência, inclusive, é a usada pelos espíritas kardecistas para validar sua crença.

Algo que ocorre com frequência é o seguinte: Uma mãe perde seu filho em um acidente. Desolada, ela busca ajuda em um centro espírita, e passa a frequentar os cultos. Após alguns meses indo, em um dia qualquer, o médium diz estar se comunicando com um jovem (essas sessões são parecidíssimas com um culto evangélico), e a tal mãe identifica-o como sendo seu filho. Incrivelmente, tudo bate, e ela crê estar falando realmente com seu filho.

O quê explica isso? Um conjunto de fatores: Coincidência, natureza humana, leitura fria, padrão de comportamento etc. Acontece que há um padrão para as pessoas que frequentam estes lugares, e há uma grande chance, em anos frequentando um lugar destes, de em alguma vez o médium se "comunicar" com um personagem que se encaixa nas descrições de um dos parentes presentes.

Nós somos seres óbvios demais. Em minha antiga igreja, esse tipo de revelação, línguas, visões, eram comuns. Mas eles seguiam um padrão. Em um culto com dezenas ou centenas de pessoas, ao fazer a interpretação dizendo "Meu jovem, que passou por problemas na faculdade hoje, eis quê...", o restante torna-se óbvio, pois, um jovem crente que passou por dificuldades na faculdade, geralmente segue um padrão. Alguém questionou sua fé, ele se abalou, mas manteve-se firme, e ficou consternado.

Ou um homem que foi seduzido, mas manteve-se íntegro, ou uma mulher com dificuldades etc.

Ou seja, a partir do momento em que você se identificou com uma característica, dado o padrão, há uma grande chance de as seguintes se encaixarem. A questão da pergunta-resposta é outro padrão, pois todo crente, quando alguém começa a falar em línguas e se identifica como destinatário, faz perguntas mentais, e o locutor, inconscientemente, responde-as, pois ele mesmo as está fazendo.

Essa mulher que interpretou, provavelmente estava falando para ela mesma, e fazendo as mesmas perguntas que você.

Pergunte-se agora, de quantas vezes você foi para um culto, e contabilizando-as, em quantas você foi destinatára de uma mensagem? Eu posso dizer que, de 22 anos de igreja, considerando 12 sendo úteis (dos 10 aos 22 de idade), foram uns 3600 cultos (arredondando por baixo), e desses, me identifiquei umas 4 vezes como destinatário. Isso dá 0,01% de acertos, ou seja, pura coicidência, considerando que em cada culto desses haviam centenas de pessoas. Sempre haverá alguém que se identifica.

Sobre o "cumprimento" das profecias, novamente, somos seres óbvios e guardamos as boas "profecias". Você contabiliza as que não se cumpriram?

Somos 6 bilhões de pessoas, e nossas personalidades não variam muito. Somos seres óbvios em muitas coisas, e isso torna fácil adivinhar o futuro de muita gente.

Considere o seguinte: Diariamente, metade das pessoas dorme. 3 bilhões de pessoas. Digamos que 1/3 dessas sonhem, 1 bilhão de pessoas. Dessas, quantas você acha que sonharão com algum desastre, como a queda de um avião, a erupção de um vulcão, a morte de algum artista ou um atentado terrorista? Provavelmente milhões. Todos os dias. Um dia, um evento desses ocorre, e aí, você terá milhões de profetas.

Essa é a questão: Olhar para o evento de fora. Quando olhamos para nós, achamos que é "coincidência demais", mas na verdade, não é.
Atena disse…
Pensadores:
vocês são uma pândega! Só existe duas opções: ou explicações do espírito, deus, diabo ou da ciência? Não existe uma terceira opção?
Unknown disse…
Atena, brinde-nos com a terceira opção, surpreenda-nos.
Anônimo disse…
Bill,

Poderia vir alguma coisa boa de Atena[s] (acho q já li isto em algum lugar, rsrs).

De cara ela não sabe contar (rsrs).
Só existem 2 opções?
1) coisas do espírito.
2) deus
3) diabo
4) ciência

(Eu sei que ela está colocando deus e o diabo dentro da categoria coisas do espírito, mas, a frase ficou escrita de forma incorreta, ela colocou realmente 4 explicações).

Que venha Atena com a terceira (quinta?) explicação.

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Levi B. Santos disse…
Gabriel Nagib


Perfeita a sua explicação sobre a experiência profética no meio da igreja. Eu a endosso.

O ser humano é tendencioso a só contabilizar os acertos e desprezar ou esquecer os erros.
E quando a questão pende para o lado “inspiritual”, o negócio degringola de vez.

No meio pentecostal (sou testemunha) é assim que o crente se expressa à respeito das profecias: “Se for de Deus se cumpre; se não se cumprir, deixa para lá que não é de Deus”( simplório demais)

Eles relatam duas ou três profecias que corresponderam aos seus desejos, e, esquecem duzentas ou trezentas que passaram longe do gol, sem nem raspar as traves. (rsrssss)
Eduardo Medeiros disse…
Gui e Bill:

Eu também vivi muitos e muitos anos no meio pestecostal e já vi todo tipo de "idiotice espiritual", mas também já vi coisas que me deixaram espantados. Curas de doenças incuráveis principalmente, era e é o que mais me deixa fascinado.

Quanto às "profecias" em que o profeta fala a vida toda da pessoa eu nunca vi nenhum proveito nisso e achava que Deus não ia perder tempo "revelando" a vida de ninguém e nem mesmo direcionando alguém a fazer isso ou aquilo.

Bill, suas explicações têm fundamentos. Mas eu também sei que esse meio espiritual é capaz de produzir coisas realmente inexplicáveis, seja num culto pentecostal, seja na meditação transcendental de um hindu ou numa sessão espírita.

Para mim, a origem de todos os fenômenos religiosos e "para-normais" é a própria psiqué humana. Por que existem fenômenos, Bill, que não se enquadram dentro dos limites das suas explicações.

O nosso cérebro ainda tem muita coisa escondida esperando para ser descoberta. Ultimamente, vários estudos científicos têm analisado o poder da oração com resultados surpeendentes.

Um desses estudos, dizia que uma pessoa doente melhorou sensivelmente depois que um grupo de pessoas mentalizavam o doente e pedia ou determinava sua melhora.

Já li vários desses estudos. A conclusão que se estão chegando é a de que orações (independente de que religião seja quem ora) é capaz de alguma forma interagir com o corpo. Isso seria uma indicação de que a mente/consciência é capaz de influenciar ou mesmo "criar" o âmbito material.

Mas isso é SUPOSIÇÃO, ok?
Eduardo Medeiros disse…
Wolkeres, seu comentário da "esposa menstruada" está hilário, é o velho Wolkeres que está de volta...

Já que você tocou no assunto, eu ainda não consegui entender direito por que a religião javista decretava que a mulher menstruada ficava impura (impossibilitada de participar de qualquer rito religioso) quando estava neste estado.

Como sabemos, sangue era uma coisa quase sagrada na religião javista. Pecados eram perdoados pelo sacrifício de um animal sem defeitos. Em alguns casos, o sangue tinha que ser salpicado em algumas partes dos objetos do culto.

Era proibido comer sangue. (eles só não sabiam que qualquer carne por mais limpa que seja, sempre terá algumas partículas de sangue).

Não é de se espantar que o cristianismo elevou o "sangue de Cristo" à mesma função do sangue dos cordeirinhos que eram mortos no AT: lavar pecados.

Então, por que será que o sangue que saia das mulheres a deixavam impuras??

Essa nem tentando pensar e ver o mundo com a cabeça de um israelita de 1200 anos atrás eu consigo ver o xis da questão...

Quem sabe o Hubinho poderá me responder essa?

Bem, desculpem por sair tanto fora do tema, mas quem começou foi o Alemão. heeeeee
Eduardo Medeiros disse…
Como eu disse, Gresderzinho, qualquer carne possui sangue morto, burro!!!

E não é o sangue de alguém que foi morto que hoje purifica os pecados dos crentes?
Anônimo disse…
Edu,

Não posso crer (rsrs) que você não tenha a resposta para uma coisa tão simples como esta.
Na sociedade machista-javista-masculinizada-judaica qualquer coisa vindo da mulher era desprezível, enquanto os gregos desfrutavam xaninhas publicamente, exibindo deusas nuas, os judeus castradores estavam cobrindo suas mulheres dos pés à cabeça, deixando suas axilas cabeludas, suas sombrancelhas sem fazer, seus cabelos grandes ao ponto de encher de caspas, enquanto as mulheres gregas eram bem tratadas, cabelos cortados e deliciosas.

Uma coisa feia destas sangrando tem mesmo é que ficar trancada em casa (sanguidixristotempuder).

Quanto à menstruação da minha esposa foi só uma maneira que achei para montar a historinha da ejaculação noturna (este fato ocorre sim, rsrs), minha esposa é minha deusa grega (rsrs), eu não sou um judeu louco para fazer isto, mas creio que os evangélicos deveriam seguir a mesma linha, prender suas mulheres menstruadas dentro de casa já que o dízimo é sagrado.

Agora imagine se eles sacralizam a mulher novamente? Em vez de dizerem "sanduidixristotempuder" vão começar a falar "xoxotassangrentastempoder", aí a teologia terá que ser modificada totalmente.

Edu, agora, falando sério, a explicação mais sensata é que os judeus tentaram mudar tudo que outros povos faziam, assim, cometeram erros atrás de erros, por exemplo:
- Porra, os outros povos tem um monte de deuses.
- Nós teremos um único Deus fodão, responsável pelo bem e o mal.
- Anos depois.
- Rapá, Deus é bom, não podemos continuar acreditando que só tem um, pois este um não pode ser bom e mau ao mesmo tempo.
- Fudeu, então teremos dois deuses?
- Vamos chamar o outro de diabo e dizer que é subordinado, inferior, nojento, e estúpido ao ponto de querer tomar a gerência do céu.
- Boa, vai colar.

rrsrs.

Abraços sangrentos,

Evaldo Wolkers.
Eduardo Medeiros disse…
Wolkres, contenha-se meu filho, tem senhoras e senhoritas por aqui...rsssssss

Olha, eu realmente ainda não achei uma explicação satisfatória e a sua também não me satisfaz. Se é verdade que a mulher na cultura israelita antiga era de inferioridade (aliás, coisa comum no mundo patriarcal, os gregos, claro, eram uma bela exceção).

E também temos que equilibrar esse negócio que os judeus não gostavam de mulher bonita e não eram sensuais, é só ler Cânticos dos Cânticos no original hebraico e você verá a dose cavalar de sensualidade e até pitadas de luxúria que a tradição em português esconde. Não que eu tenha essa habilidade de ler fluentemente hebraico antigo, londe disso, só conheço o alfabeto, sei ler as palavras mas meu vocabulário é tão pobre quanto a de uma criança de dois anos de idade...

Mas já li livros que comentavam o teor do original, daí, minha citação. Meu professor maluco beleza Jonas Napoleão também me confirmou: o Cântico quase não entra no cânon devido seu conteúdo picante.

Mas aí, os escribas e sacerdotes resolveram tudo alegorizando o texto, dizendo que ali retrata o amor de Javé por seu povo Israel. O cristianismo antigo também tomou carona na alegorização e dizia que o texto era o amor de Cristo pela sua noiva - a igreja...ainda bem que hoje essa interpretação foi abandonada pelos pastores moderninhos.

Putz, no fim, acabei meio que concordando com o que você falou sem querer e perceber...kkkkkkkkkkkkkkkk

digamos então, que o distanciamento ritual era uma imposição mais da cúpula religiosa.

Mas é bom notar também outro fato. Um homem que tivesse a tal polução noturna, em bom português, aquele que tivesse ejaculado na cama por ter sonhos eróticos também ficava impuro para o ritual. Tudo bem que ficava impuro menos tempo que a mulher; mas como eu disse, sociedade patriarcal era assim.

Ufa, depois dessa verborragia poluta e sanguinária, ainda fico cá com minhas dúvidas sobre o real motivo da proibição, inclusive, da polução masculina.

vou pesquisar nos meus alfarrábios...
Eduardo Medeiros disse…
Agora, quanto ao monoteísmo hebreu eu não tenho crítica alguma. Os hebreus foram corajosos e no meio do politeísmo reinante, eles "desmitologizaram" os deuses, relegando-os a invenção humana, para inaugurar a ideia mais elevada e evoluída de que só havia um único Deus, o que é bem mais interessante e menos cansativo do que ter milhares de deuses para adorar a cada um deles.

Bom, prá falar a verdade, religiões politeístas antigas na verdade tinham também seu deus maior, seu deus principal e os demais em algumas culturas religiosas eram apenas manifestações desse deus maior (hinduísmo, por ex.) e Israel também passou por essa fase quando Javé era o DEus dos deuses.

Depois, ele reinou soberano. Ele não era mais o Deus dos deuses, e sim, o único Deus.

Bom, o diabo é outra história; ele só é realmente "diabo" na cultura cristã como esse adversário de Deus; no judaísmo, o diabo jamais foi um adversário de Deus, mas apenas um ente das hostes celestiais que tinha por função apontar os erros dos humanos e tentar convencer a Deus que sua criação maior não valia a pena (vide a estória de Jó).

Tá vendo como tudo isso é tão interessante quanto a trilogia Matrix???
Anônimo disse…
Edu,

O tarado escritor de cantares de "solamão" pode muito bem tê-lo escrito como exposição psicológica dos seus desejos obstruidos pela religião, o que quero dizer? Que o diálogo pode ser apenas poesia erótica de um hermitão que se isolou em uma caverna ao comparar as judias com as gregas (huahuahua).

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Anônimo disse…
Sei que o papo tá bom, mas por favor leiam esse comentário meu

http://cpfg.blogspot.com/2009/04/topico-permanente-de-discussoes.html?showComment=1282936299987#c1251801641587437501

e façam o que é necessário, ok? Tópico permanente de discussões.
Atena disse…
Evaldo:
Agradeço a correção, realmente não ficou bem claro. Contudo me chama a atenção como alguns aqui usam tanto a ironia como defesa ...
Quanto à terceira ou demais explicações é somente uma questão de manter a mente aberta para o desconhecido e o imponderável. É fato que este mundão está repleto de casos “estranhos” para os quais a ciência não dá explicações, encontra explicações falsas ou se limita a desconsiderar ou negar a existência.
A paralisia do sono é explicada pela ciência como uma fase pertencente ao estado REM. Não é nada disso: é a saída de do físico de um outro corpo nosso, tanto que pode acontecer quando a pessoa está perfeitamente acordada e em pé. Os cientistas até podem considerar uma alucinação, mas os desafio a passar por esta experiência e após análise isenta de preconceito continuar afirmando a mesma coisa. Ah, e essa experiência não tem nada a ver com espírito ou crença religiosa.
Anônimo disse…
Atena,

Ironia é meu segundo nome, rsrs.

Mas você está querendo dizer que sua experiência citada é de fato um "corpo saindo fora do seu corpo"?
Ou seja, cá estou olhando para mim e, como você disse que não é alucinação, não é espírito, mas sim um corpo físico, isto sim eu não posso acreditar.

Entendi errado?

Abraços,

Evaldo Wolkers.
Unknown disse…
@Atena
Você disse: "A paralisia do sono é explicada pela ciência como uma fase pertencente ao estado REM. Não é nada disso: é a saída de do físico de um outro corpo nosso, tanto que pode acontecer quando a pessoa está perfeitamente acordada e em pé"

UAU! Você já se candidatou ao prêmio Nobel? Cara, você provou a existência da alma! Como eu não pensei nisso antes? É só eu dizer: Os cientistas dizem que o Sol é uma estrela, mas não é nada disso, é na verdade o cú de um Deus com diarréia! Oh, vejam como eu sou sábio!

--Quando você tiver algo mais sólido do quê "Não é nada disso", volte aqui e nos dê explicações boas. Ah, e por mais que pessoas sob uso de drogas vejam as coisas mais loucas, sabemos que são apenas alucinações de suas mentes, e não existem de verdade, visto que conhecemos o processo que desencadeia nas alucinações de um drogado. Mas quem sabe, os cientistas podem estar errados, e duendes existem mesmo, sendo as drogas a porta de entrada para esse "universo".
Anônimo disse…
Gabriel,

Atena afirmou que não estava se referindo a espírito, alma ou alucinação.

Ela disse que seu corpo é projetado à sua frente e assim, você está simultaneamente em dois corpos diferentes (tipo uma clonagem momentânea).

Esquece física, biologia, mitologia, a teoria de Atena é inovadora.

Eu fiz um esforço danado ontem e consegui projetar um corpo pra fora do meu corpo, mas você não vai querer ver o resultado disto, acho que a experiência não deu certo, mas continuarei tentando.

Abraços,


Evaldo Wolkers.
Anônimo disse…
Bom dia Amigos, eu me chamo Bruno e moro em Paragominas no Pará. eu trabalho na fazenda e uma certa noite aconteceu algo muito estranho, pois durante a madrugada quando eu dormia do lado de fora da casa, acordei com um homem negro sem camisa e de olhar fixo em mim e muito mal encarado me olhando dormir, quando acordei que vi aquele homem me olhando logo sentir um grande arrepio e começei ora e repreende-ló pois deu disse: em meu nome espusaram demonios e curaram enfermidades e falaram linguas estranha. então comecei horar com muito fé e quando voltei a vista para o negro não encontrei mas ele! queridos amigos quero dizer a voçês que não a ninguem mas poderoso que nosso Deus, pois ele é quem criou o ceu e a terra. deixo aqui registrado meu depoimento

1 braço a todos
que deus os abenços e fiquem na paz do senhor amém.
Unknown disse…
Bruno, isso que você teve se chama pesadelo, junto com preconceito e talvez alguma fantasia escondida. Ou então era uma pessoa mesmo, e você o assustou.
Anônimo disse…
porque achas infantil religioes hoje adaptam Deus aos homens e que homem agrada a Deus com todo seu coraçao as coisas acontecem e nem percebe-se pois não distinguem a observancia da missão ainda tem tempo pois se estão te visitando é porque ainda não te ganharão o resto já se colocarão preço tudo que sai da missão é se vender...
Anônimo disse…
Se falarmos de mitologia culturas topografias as religioes ficam ainda mais complicadas mas a mitologia cristã foi a que falou de amor de viver não se pode colocar cristo como um martir e sim como um objetor de consciencia um exemplo e não so dizer eu acredito porque perdoa ou entao eu sou isso ou eusou aquiolo outro e nada tem de cristão a não o amor pelo sistema que se encontram e as pratica de suas regras...
Anônimo disse…
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